9/20/2024

𝐀𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐚 𝐧𝐨𝐯𝐚 𝐞𝐪𝐮𝐢𝐩𝐚 𝐝𝐚 𝐂𝐨𝐦𝐢𝐬𝐬𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐏𝐫𝐨𝐭𝐞𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐂𝐫𝐢𝐚𝐧𝐜̧𝐚𝐬 𝐞 𝐉𝐨𝐯𝐞𝐧𝐬 (𝐂𝐏𝐂𝐉) 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐞𝐥𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐍𝐞𝐥𝐚𝐬!


É com grande entusiasmo que anunciamos a formação da nova equipa da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) do concelho de Nelas. Este momento marca um passo importante no nosso compromisso em assegurar o bem estar e a proteção das crianças e jovens da nossa comunidade. Agradecemos a todos o apoio e a confiança depositada na nossa Missão.

𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐬𝐨𝐦𝐨𝐬:

A nossa equipa é composta por profissionais dedicados e empenhados, cada um trazendo uma vasta experiência e conhecimento em áreas essenciais para a proteção e apoio aos mais jovens. A equipa é formada por:

𝐌𝐚𝐫𝐜𝐞𝐥𝐨 𝐌𝐨𝐧𝐭𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐂𝐨𝐬𝐭𝐚 – Presidente e representante das IPSS

𝐌𝐚𝐫𝐠𝐚𝐫𝐞𝐭𝐭 𝐁𝐫𝐚𝐠𝐮𝐞̂𝐬 – Secretária e representante dos serviços do Ministério da Educação

𝐑𝐨𝐬𝐚́𝐫𝐢𝐨 𝐃𝐚𝐯𝐢𝐝 – Representante do Município de Nelas

𝐅𝐞𝐫𝐧𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐀𝐧𝐭𝐮𝐧𝐞𝐬 – Representante da GNR

𝐌𝐚𝐧𝐮𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐨𝐫𝐫𝐞𝐢𝐚 – Representante da Segurança Social

𝐏𝐚𝐭𝐫𝐢́𝐜𝐢𝐚 𝐅𝐨𝐫𝐭𝐞𝐬 – Representante da ACeS Dão Lafões

𝐈𝐬𝐚𝐛𝐞𝐥 𝐂𝐫𝐢𝐬𝐭𝐢𝐧𝐚 𝐆𝐚𝐫𝐜𝐢𝐚 – Designada pela Assembleia Municipal

𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐦𝐨𝐬:

A nossa missão é trabalhar de forma colaborativa para identificar e responder às necessidades das crianças e jovens do concelho, promovendo ambientes seguros e saudáveis. Estamos aqui para oferecer apoio e assegurar a aplicação dos direitos legais que protegem os mais vulneráveis.

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐚𝐣𝐮𝐝𝐚𝐫:

Se há algo que o preocupa ou precisa de assistência, não hesite em contatar a nossa equipa. Estamos disponíveis para ouvir, apoiar e encaminhar recursos conforme necessário. Acreditamos que cada criança e jovem merece uma oportunidade justa e um ambiente seguro para crescer e prosperar.

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐚𝐜𝐭𝐨𝐬:

Para mais informações ou para entrar em contacto connosco, por favor, utilize os seguintes canais:

Telefone: 232 944 849 | 963 708 738

Email: cpcj.nelas@cnpdpcj.pt

Endereço: Edifício Multiusos – Piso 1, Largo do Município, 3520-001 Nelas

Juntos, podemos construir um futuro mais seguro e promissor para todos!

Com os melhores cumprimentos,

𝐀 𝐄𝐪𝐮𝐢𝐩𝐚 𝐝𝐚 𝐂𝐏𝐂𝐉 𝐝𝐞 𝐍𝐞𝐥𝐚𝐬

PROMESSAS AO VENTO: A LENTA AGONIA DOS QUE PERDERAM TUDO

 
Quando as chamas consumiram tudo à sua volta, a família Silva mal teve tempo de salvar a própria vida.

O aviário, as máquinas agrícolas, os campos, os animais... tudo se transformou em cinzas. Durante anos, aquela terra tinha sido o seu sustento. Agora, restava apenas a esperança, alimentada pelas promessas dos políticos de que a ajuda viria rapidamente.

"Vamos reconstruir juntos!", diziam eles nas entrevistas, no calor do momento.

Mas os meses foram passando e, em vez de ajuda, o que chegou foi a burocracia. "Precisamos de mais um documento", "Agora é só aguardar pela aprovação", diziam os técnicos.

E assim, a família Silva, que antes sustentava-se do suor do seu trabalho, passou a depender da solidariedade dos vizinhos, da boa vontade de quem pouco tinha, mas oferecia o que podia.

O Estado? Esse parecia distante, preso numa rede de papéis e promessas vazias.

Sete anos se passaram, e o apoio nunca veio. Quando chegou, já era tarde demais. O que restava da antiga vida tinha desaparecido, e os poucos recursos recebidos não compensaram nem de perto as perdas.

Esta não era a única história de dor e desdém. Outros, como a dona Maria, uma senhora que perdeu o vale da reforma no incêndio e guardava em casa o pouco dinheiro que tinha, viram as suas vidas virarem pó, sem qualquer resposta.

Ficou apenas com a roupa do corpo, enquanto aguardava um auxílio que nunca chegou.

A verdade é dura e implacável: no calor das tragédias, os discursos são inflamados, promessas de esperança soam por toda parte. Mas, quando a fumaça se dissipa, o que sobra é a incerteza e o desespero.

Quem perdeu tudo fica à mercê de um sistema que deveria estar ao seu lado, mas que falha repetidamente.

É hora de sermos sérios e rápidos. O Estado tem o dever de ser célere e eficiente, porque cada dia de atraso é uma vida que se desfaz um pouco mais. Não podemos continuar a brincar com a desgraça alheia.

Este é um apelo para que as promessas deixem de ser meras palavras ao vento e se tornem ações concretas, que realmente ajudem quem precisa, no tempo em que precisa.

Não podemos permitir que histórias como estas continuem a ser repetidas.

João Manuel

Ética na informação

Dizem que o inferno passa

Mas nem tudo é sonho 

Se fosse futebol os incendiários ganhavam a taça 

Só eu não sei se a tal me disponho


Acompanho muitas notícias 

Quero dar credibilidade aos jornais

O problema são as mensagens fictícias

E as mentiras com impactos fatais


Tem muito fogo posto na informação

E muita vontade de atrair leitores

Exploram ao máximo sofrimento e emoção

Tem na disputa interesses superiores 


Precisamos de paz na terra

E empatia entre as aldeias

Tudo isto tem cheiro a guerra

E tem muita política nas ideias


José Gomes Ferreira

SABEDORIA DO TEMPO: ACEITAR, VIVER E DEIXAR IR


A vida, com o passar dos anos, revela-se de uma forma mais leve, sem o peso dos dramas e das pressões que costumávamos carregar.

Com a maturidade, aprendemos que tudo se resolve naturalmente, no seu tempo, e que o que parecia impossível, de repente, se desfaz como nuvens ao vento.

A paz vem quando percebemos que não temos o controle de tudo, e que a vida guia-nos com maior força, à qual só nos resta agradecer.

A grande lição é valorizar o que realmente importa: a paz interior, os verdadeiros amigos, aqueles que nos aceitam como somos, com defeitos e qualidades, virtudes e sem comparações ou julgamentos.

Aqueles que não se encaixam nessa simplicidade, aprendemos a deixar ir. Afinal, a vida é curta demais para nos moldarmos aos rótulos alheios.

Neste caminhar, falamos apenas o que sentimos no coração, e seguimos com gratidão, aceitando o que o tempo nos ensina; viver com autenticidade e sem peso, carga e desconforto...

Que esta sabedoria toque a todos, guiando-nos numa uma caminhada com suavidade, frescura, aceitação e verdade.


João Manuel

Desabafo de Renato Fernandes


Há muito para dizer deste setembro de 2024…

Muitas injúrias, muita desinformação, muita ignorância…

Há sempre muito mal a falar dos bombeiros mas há também muitas inscrições abertas e fardas por preencher!

O voluntariado dos bombeiros!

Homens e Mulheres que deixam o que é deles e os deles para irem para onde os mandarem! Salvar o que podem, de quem, muitas vezes, não os reconhece nem como seres humanos!

Tenham noção! Se as decisões tomadas em horas de calamidade não são as melhores lembrem se também, que, quem manda, também é outro ser humano que não vê tudo nem sabe tudo ao minuto com os olhos de DEUS!

Há falhas de todos!

Mas a primeira falha começa também por quem tem terrenos e não tem a responsabilidade de os limpar ou que às vezes troça das informações dadas para o fazerem!

Mas termino dizendo, que é triste o que se voltou a repetir depois do tão lembrado 15 de outubro de 2017! Triste para todos! Tenhamos noção no futuro e lembremos nos todos de que os bombeiros não são de ninguém mas que são de todos!

Manuel Marques sem papas na língua.


DIZ SABIAMENTE O AUTOR!!!!

O limite é aquilo que a mente cria com o medo do desconhecido.

Confia e serás traído!

Descuida-te e serás estucado!

Sê audaz e inteligente, não vires as costas ao teu adversário!

Executa evitando a execução!

Quem trai uma vez, trairá mil.


Luís Alves - Pessoas lindas e maravilhosas


Hoje vou SÓ falar deles os profissionais que me recolheram, ensinaram, apoiaram, e deram TODOS o seu melhor, em prole de minha saúde.

Tudo aconteceu na madrugada de sábado, e senti que tinha que ter uma consulta online com a médica da AdvanceCare, que após me ouvir, insistiu para que eu fosse visto nas urgências hospitalares imediatamente...

Achei que com um copo de água com limão e descanso a coisa passava. Mas DEUS, sempre no comando obrigou me a ligar para o INEM,

Após poucos minutos, chegaram a minha casa um super enfermeiro e um maqueiro/motorista.

Estiveram em minha casa uns 20 mn e depois uns 25 minutos na rua, a tomar conta de mim...

Lá seguimos em urgência intensa para o Hospital de São José, aonde me esperava 2 equipas de médicos, uma delas cardiologistas.

Segui para uma zona de acesso limitado, aonde tive 5 médicos e três enfermeiros exculsivo para mim...

Após uns testes

de despiste e diagnóstico, perguntaram-me, oh

Sr Luís Alves, mas você não de queixa de nada?

Ao que eu respondi...

Como me posso queixar se estou nas mãos dos melhores cardiologistas do país , e... Deus, Nosso Pai do Céu, vos está a orientar para os senhores fazerem o melhor do melhor, logo... Só posso agradecer a Deus e aos senhores, obrigado meus senhores doutores.

Olharam uns para os outros e suou o alarme, vamos levar já o Luís, para o Hospital de Santa Marta,

Luis, tem algo a opor?

Meus senhores todos nós, eu e vocês somos instrumento do MÉDICO DOS MÉDICOS, siga-se a SUA vontade...

Fui transportado numa ambulância especial e entrei direto para o SU

eram 14h45m

Tive de novo TODOS os médicos e muitos enfermeiros à minha volta, com elétrodos e sondas por todo o lado...

Daí a 45 minutos veio falar comigo o cirurgião chefe que me disse,

Oh Alves vou precisar muito de si, pois preciso da sua vaga para um jovem que vem a caminho com 4 paragens cardíacas, enquanto fazia a sua hemodiálise, como vi a intensidade de seu olhar, e ele fez uma chamada para dois outros colegas cirurgiões que estavam de folga, para reforçarem o quando daquele paciente ...

Olhei para o médico chefe e disse lhe,

DOUTOR, não fique tenso pois tudo vai correr bem com esse jovem, pois eu deixo aqui neste lugar A MELHOR DA MINHA ENERGIA POSITIVA.

Resposta do médico, oh  Alves mais só que nós, ele precisa dessa energia.

Sai, fui para o espaço em frente ao SU, e tinha acesso visual a tudo.

O jovem salvou-se, e eu como estou cansado de escrever isto, vou ficar por aqui...

Noutra altura contarei o resto, pois ainda só estamos na tarde de sábado.

Amarelo Silvestre


Não tememos o clichê de um clássico: «o essencial é invisível aos olhos». A frase é de Antoine de Saint-Exupéry no seu sábio «O Principezinho». E lembramo-la porque na semana passada fizemos mais uma residência artística para a criação do nosso espectáculo Mapa do Património Humano Invisível, que abreviamos para MAPHI, e na nessa viagem inconstante que fizemos, movediça como uma busca como esta pode e deve ser, andámos à procura do que não se vê, do que não está não para, do que não sabemos que procuramos, sequer, do que não será necessariamente o essencial, mas estará nos seus arredores.

Antes de explicarmos o livro desta imagem, uma história em forma de apelo, quase irónica, quase poética, talvez totalmente irónica, possivelmente poética. Temos procurado desesperadamente e sem qualquer sucesso o livro "Como ver coisas invisíveis", da Isabel Minhós Martins, com ilustrações da Madalena Matoso, editado pela Planeta Tangerina. Vimo-lo na Feira do Livro do Porto, inteiro, vísivel, mas não chegámos a tempo de deitar-lhe as mãos. Agora, procuramo-lo esperançosos de que  volte a tornar-se - isso mesmo - visível. Se souberem dele, agarrem-no como quem o vê. E digam-nos que vamos atrás de vocês.

Quanto ao livro no chão, cortesia da Ana Madureira e do Vahan Kerovpyan, que sabiam depois de ver o Diário de uma República II que andávamos à procura do que não se vê naquilo para que estamos a olhar. Mais ainda neste MAPHI, em que vamos mais longe porque viajamos, sobretudo, nas nossas cabeças. A residência artística é permanente quando procuramos ver o que está para além do óbvio. Visível. Palpável. E essencial é continuarmos a procurar. Curiosos, inquietos, na dúvida.

O início do processo de uma criação passa por este lugar: de voltarmos a ser crianças, espantados com a possibilidade do mundo. A ver dinossauros, dragões e princesas em Nelas.

Concurso de Escrita Criativa Lugares de Memória: Encantos da Nossa Terra



Biblioteca Municipal Ant.º Lobo Antunes | Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 3520-071 Nelas

Unidade Orgânica de Educação, Cultura e Desporto – Serviço de Biblioteca Municipal, Arquivo e Património Cultural

232 940141 | geral.biblioteca.municipal@cm-nelas.pt| facebook | youtube

Catálogo: https://redebibliotecas.cm-nelas.pt/Opac

Dores do Carmo - História Pedagógica


Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversava, descontraído, com o enfermeiro e o motorista da ambulância.

 Nisso, uma senhora elegante chega e de forma ríspida, pergunta:

 - Vocês sabem onde está o médico do hospital?

 Com tranquilidade o médico respondeu:

 - Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil? Ríspida, retorquiu:

- Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou a procurar pelo médico?

 Mantendo-se calmo, contestou:

- Boa tarde, senhora! O médico sou eu, em que posso ajudá-la?!

 - Como? O senhor?! Com essa roupa?!

 - Ah, Senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse à procura de um médico e não de uma modista …

- Oh! Desculpe-me doutor! Boa tarde! É que...vestido assim, o senhor nem parece um médico...

 - Veja bem as coisas como são - diz o médico - as vestes parecem não dizer muita coisa, pois quando a vi chegar, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos e depois daria um simpatiquíssimo "boa tarde!". Como se vê, as roupas nem sempre dizem muito …

 Moral da História: UM DOS MAIS BELOS TRAJES DA ALMA É A EDUCAÇÃO.

(A roupa faz a diferença, mas o que não se pode negar é que a falta de educação, a arrogância e a falta de humildade derrubam qualquer vestimenta).

Dores Fernandes

Catarina Fonseca - É relativo


Por tudo o que aprecio e vou lendo, estou cada vez mais convencida que é tudo mesmo muito relativo.

Ideias tão brilhantes como a de Albert Einstein são, afinal, ideias bastante simples.

A teoria da relatividade é, certamente, uma das ideias mais brilhante de todos os tempos - e nem sempre bem entendida.

Ainda o século XX dava os primeiros quando em 1905,o genial físico alemão Albert Einstein afirmou que tempo e espaço são relativos e intimamente ligados.. Complicado?

...a ideia pode parecer sofisticada, mas, ao contrário do que imediatamente se possa pensar, entender a relatividade é quase tão fácil como tirar um doce a uma criança. Bom, depende do doce e da crianças. Também aqui tudo será relativo.

Em primeiro lugar, deveremos entender o tempo como uma espécie de lugar, o cenário onde as pessoas se passeiam, pois mesmo aparentemente parados, os corpos estão sempre em movimento, nem que seja apenas no tempo.

Os segundos estão a passar ( e nós por eles),sempre de uma maneira constante. Até aqui nada de novo, imagino.

Mas o que Einstein também descobriu foi algo surreal - ele constatou  que esse tal tempo que passa de um modo constante como uma carruagem de um comboio pode ser alterado, isto é, passar de um modo mais rápido ou mais lento como se alguém tivesse travado.

Em verdade, o que é diferente mesmo é a maneira como cada um de nós sente o tempo passar. Uma hora de diversão foram uns breves segundos e... acabou depressa, mas uns minutos de tristeza fazem sentir-nos o peso de algo bem mais difícil de medir... a eternidade.

Algo que agora parece muito importante poderá já não o parecer daqui a poucos minutos. Pensemos num teste escolar.

Enquanto esperamos pelo momento em que o professor dá ordem para virarmos a folha, achamos esse o pior momento, porém,depois do teste feito, a espera pelo resultado é um momento que se revela ainda mais penoso.

Tudo depende do momento em que estamos e da posição em que nos encontramos. No caso do teste escolar, professor e alunos terão sentimentos muito diferentes.

Caímos, assim,  em erros muito vulgares, tentando medir o que se sente e fazendo comparações entre assuntos e momentos que não se podem comparar. E é tudo mesmo relativo.

Pontos de vista?

É uma fatia de pão?

É uma refeição?

Ou será a única coisa que alguém tem para comer durante o dia?

Acharam esta crónica longa, chata? Pois...preparem-se para outras

 É relativo.

Catarina Fonseca

Num dia relativamente frio e de poucas palavras

Fernando Cunha - Toca o telefone…


- Estou? mãe? Posso deixar os meus filhos contigo hoje à noite?

– Vais sair?

– Vou.

– Com quem?

– Com um amigo.

– Não entendo porque é que te separaste do teu marido, um homem tão bom..

– Mãe! Eu não me separei dele! ELE é que se separou de mim!

– Pois … ficas sem marido e agora sais com qualquer um…

– Eu não saio com qualquer um. Posso deixar ai os meninos?

– Eu nunca te deixei com a minha mãe para sair com homem que não fosse o teu pai!

– Eu sei, mãe. Há muita coisa que a mãe fez e que eu não faço!

– O que é que queres dizer com isso?

– Nada, mãe ! Só quero saber se posso deixar ai os meninos.

– Vais passar a noite com o outro? E se o teu marido vier a saber?

– Meu EX-marido!! Não acho que se importe, ele não deve ter dormido uma única noite sozinho desde a separação!

– Então sempre vais dormir com o vagabundo!

– Não é um vagabundo!!!

– Um homem que sai com uma divorciada com filhos, só pode ser um vagabundo, um oportunista!

– Não vou discutir, mãe. Posso deixar ai os meninos ou não?

– Coitaditos dos miúdos … com uma mãe assim …

– Assim como?

– Irresponsável! Inconsequente! Por isso é que o teu marido te deixou!

– Chega, mãe!

– Ainda por cima gritas comigo! Aposto que com o vagabundo com quem vais sair, tu não gritas.

– Agora estás preocupada com o vagabundo?

– Eu não disse que era um vagabundo!? Eu percebi logo!

– Tchau, mãe!!

– Espera, não desligues! A que horas é que trazes os meninos?

– Já não vou. Não vou levar os meninos. Também já não me apetece sair!!!

...

– Não vais sair? Vais ficar em casa? E estás à espera de quê?! Que o príncipe encantado te vá bater a porta?

Uma mulher na tua idade, com dois filhos, pensas que é fácil encontrar marido?

Se deixares passar mais dois anos vais ficar sozinha a vida toda!

Depois não digas que não te avisei!

Eu acho um absurdo, na tua idade, ainda precisares que EU te empurre para sair

Dia 194/resto da vida (19.09.2024)


Meus lindos REnascidos,

Esta linda reflexão traduz muito do que todos nós conseguimos ultrapassar!

"És fénix.

Fazes dos obstáculos motivo de superação. Continuas a caminhar mesmo que o caminho pareça não continuar. Consegues encontrar força dentro de ti quando não consegues encontrar logo a saída.

Fazes das desilusões uma forma de aprendizagem e de cada não que a vida te dá uma oportunidade de afirmação. Renasces das mágoas com vontade redobrada de ser feliz.

Renasces das noites escuras com sede de claridade e fazes do desalento a véspera da coragem.

És fénix.

Das nuvens carregadas fazes céu limpo e do coração ferido fazes ombro amigo. Renasces das cinzas para atear a paixão pela vida. Renasces sempre para morrer de amor pela vida mais uma vez."

By lado.a.lado

Que o dia de amanhã nos traga mais esperança nos próximos dias, que venham mais leves e carregados de amor!

#by AnaGomes.

 

INCÊNDIOS FLORESTAIS: UM GRITO DE ALERTA QUE NÃO PODE SER IGNORADO


Todos os anos, a tragédia volta a golpear as nossas florestas e, com ela, a perda irreparável de vidas humanas, casas destruídas e o colapso de economias locais.

Embora a catástrofe de 2017 não possa ser diretamente comparada com os incêndios que vivemos agora, o sentimento que se apodera de nós, cidadãos, é o mesmo: pouco foi aprendido desde então.

Mais uma vez, enfrentamos o inferno das chamas, e as soluções parecem tão distantes como antes. O tempo passa, mas o problema permanece.

É impossível não nos sentirmos angustiados ao perceber que, passados sete anos, continuamos a lidar com a falta de ordenamento do território, a escassez de medidas preventivas eficazes e uma desorganização que se reflete na coordenação entre bombeiros, autarquias, proteção civil e governo central.

Estes são desafios imensos, e sabemos que não são resolvidos da noite para o dia, mas o que dói profundamente é perceber que pouco ou nada mudou.

As medidas implementadas após 2017, como a obrigação dos proprietários em limpar terrenos, foram acompanhadas de ameaças de multas, mas sem a devida consideração para com aqueles que simplesmente não têm condições financeiras para o fazer.

Como pode um proprietário de uma pequena parcela de terra arcar com os custos da limpeza florestal? Muitos com reformas que não chega sequer para os medicamentos.

Passaram a responsabilidade para as Câmaras Municipais, mas estas, não dispõem dos recursos financeiros necessários para gerir vastas áreas de terreno, e o poder central, como sempre, põe-se de fora.

Isto cria um ciclo vicioso, em que ninguém é capaz de agir, e o país arde ano após ano.

Não podemos ignorar o problema de fundo: a desorganização e a falta de articulação. A falta de entendimento entre autarquias, bombeiros, proteção civil e o poder central continua a colocar em risco a segurança das populações.

Quando uma Câmara Municipal e o Comandante dos Bombeiros não se entendem, quando os bombeiros não cooperam com a proteção civil, ou vice versa, ou ainda quando o governo central não articula eficazmente com as autarquias, o preço que pagamos é elevado demais. Estamos a falar de vidas humanas, será que ainda não entenderam?

É essencial que se ponha a política de lado e que se olhe para as verdadeiras vítimas: as populações afetadas, que perdem tudo, desde os seus entes queridos até aos bens que levaram uma vida inteira a construir.

O sofrimento destas pessoas não pode continuar a ser usado como arma política. O foco tem de estar nos cidadãos, na sua proteção e na prevenção eficaz deste flagelo que teima em destruir tanto a nossa natureza como a nossa esperança.

Depois de tantas tragédias, parece que o país ainda não aprendeu o suficiente. E isso é desolador.

Não podemos continuar a fechar os olhos a um problema que se repete de forma cíclica. Chega de fingir que não existe uma crise séria de gestão do território e da nossa capacidade de enfrentar as mudanças climáticas.

A cada ano que passa sem soluções efetivas, aproximamo-nos de mais tragédias, com mais vidas perdidas e mais sonhos destruídos.

Este é o momento de agir com seriedade, de parar de empurrar responsabilidades e de começar a fazer as mudanças estruturais que tanto faltam.

O futuro das nossas florestas, das nossas comunidades e, acima de tudo, das nossas vidas, depende disso.

Chega de promessas vazias e de medidas ineficazes. É hora de aprender com o passado para proteger o futuro.

Que cada um de nós, enquanto cidadãos e governantes, se juntem nesta causa tão premente e necessária.

A natureza está a gritar por socorro. Que saibamos ouvi-la, antes que seja tarde demais.

João Manuel Magalhães Rodrigues Fernandes