7/30/2024

Oração poética



A poesia é uma oração

Livre para quem quer acreditar

Troca a fé pelo coração 

Encanta-se na ilusão de amar 


A poesia é esperança 

A consciência que não se nega

É futuro com confiança 

Na vida de jogo de cabra cega


A poesia leva-nos a viajar 

A conhecer um pouco do mundo

A lembrança de como é bom beijar

E levar cada pensamento a fundo


José Gomes Ferreira 

RE-nascer by AnaGomes- Transplante Cardíaco “Dia 142/resto da vida (29.07.2024)”

 


Amigos REnascidos hoje deixo-vos este pensamento:

"Vive de acordo contigo.

De acordo com o que te faz feliz. Não vivas para dizer que sim ao que queres negar ou para dizeres que não ao que queres afirmar.

Não queiras fazer de conta. Faz com que contes.

Só há uma coisa com que não podes contar. Nunca serás do agrado de todos.

Nunca conseguirás aprovação por unanimidade. Sobretudo se fores muito bom em alguma coisa. Na vida, reprovam-se as pessoas originais. Aquelas que não copiam estão sempre a ser examinadas.

Sempre.

A corrida ao ouro já deu o que tinha a dar, mas a corrida ao erro tem sempre o que peneirar.

Podes ser excelente numa vasta área que haverá sempre quem procure nessa vastidão um erro milimétrico. Os erros milimétricos das pessoas grandes são os mais procurados pelas pessoas pequenas. Sentem-se crescer com as falhas dos outros, já que falhas suas não têm.

Como podem falhar na sua vida aqueles que passam a vida metidos na vida dos outros?

By lado.a.lado

Com muita FÉ  e esperança de que  Deus sempre nos vai ajudar a renovar a RE(força), o RE(foco) e o RE(nascer) que aguardamos pelo amanhecer!

Bom descanso, e que esta Fé que tanto necessitamos seja REnascida a cada amanhecer.

by AnaGomes

O mar está tão zangado que até os pelicanos acharam por bem mudar de "ares"...

 

Fotos - António Sampaio Fernandes

Os quadros do pintor António Dias - I






 

Tristes Jogos Olímpicos



Até ao momento a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos não produziu resultados em termos de medalhas, as quais são sempre uma incógnita. Para muitos vencedores de bancada é fácil chegar e vencer, porém, as coisas não se passam dessa forma. Factores com a inexperiência dos atletas, o encanto com a atmosfera do evento, a falta de preparação psicológica, a falta de apoios na preparação prévia, podem interferir com os resultados. Sem esquecer que todos nós temos dias bons e maus. E sem esquecer, igualmente, que obter os mínimos para participar já é uma vitória. Portugal é um micro país, temos campeões em algumas áreas, mas a nossa escala não é de grandes vencedores de medalhas. Mas vamos aguardar, precisamos exigir menos dos nossos atletas e estar na claque de apoio. Somos exigentes, porém, sem manifestar apoio e se possível estar presentes.

Um dos acontecimentos, graves pela forma como são colocados, diz respeito à presença desses vencedores de bancada nas redes sociais. Dizem os tais de patriotas que os portugueses não são racistas nem xenófobos. Dizem, mas é conversa fiada. Basta dar uma leitura por alguns comentários nessas mesmas redes sociais para se ficar atento a uma realidade extremamente desagradável. Destaco o caso da tenista de mesa Jieni Shao, que teve a proeza de chegar aos 16 avos de final da competição, mas tem sido enxovalhada por ter, obviamente, nome e origem chinesa. É lamentável tudo isto e vai agravar-se no caso de Pedro Pichardo. O caso de Jieni Shao é mais grave ainda, pois a família veio para Portugal vai para uns 20 anos e a atleta está casada com um português. Ainda me pergunto o que lhe falta para ser portuguesa. Esses senhores fulanos ainda a acusam de oportunismo, que bem poderia representar o país de nascimento. É muito descaramento nosso. Não só o país ganha directamente com as duas vitórias como o seu trabalho pode inspirar outras gerações. Mesmo com Pichardo não vejo motivo para o alarido, essa mudança de país é uma prática comum.

Estas situações não deveriam ocorrer. A falta de controle dos comentários das redes sociais autoriza as pessoas a dizerem todo tipo de disparates. Até parece que quando os portugueses vão trabalhar para outro país não torcem por esse novo país, pelo menos desde que a competição não tenha Portugal como adversário. Como um mal nunca vem só, ontem parte dos comentários sobre a contratação de professores estrangeiros para o ensino secundário seguia a mesma toada. Alguém, absurda e hipocritamente, defendia que esses portugueses deveriam fazer prova de que falam português de Portugal. Não sei para onde vamos, mas este caminho não vai dar bons resultados. Sou professor no Brasil desde Janeiro de 2016, se for para falar português do Brasil também estou excluído. Sabemos que uma coisa são as conversas de café e de redes sociais e outra são as políticas públicas, mas este crescendo xenófobo é preocupante.

Pedro S. Ramos mostra-nos Canas de Senhorim à noite (parte 5)

 







A CAMINHO DA DESCOLONIZAÇÃO: O PAPEL CRUCIAL DE SPÍNOLA E OS DESAFIOS DA LIBERDADE


Com a Revolução de Abril, o fim da ditadura trouxe consigo o início de um complexo e muitas vezes tumultuoso caminho para a descolonização de Portugal.

A declaração de Spínola a 27 de julho de 1974 marcou um ponto de viragem na história das colónias portuguesas, abrindo portas para um futuro de autodeterminação e independência.

SPÍNOLA E O RECONHECIMENTO DA AUTODETERMINAÇÃO

A 15 de maio de 1974, António de Spínola assumiu a presidência da República com um compromisso firme: reconhecer o direito dos povos ultramarinos à autodeterminação e explorar todas as vias para alcançar a paz.

A sua visão, contudo, enfrentou resistência tanto na metrópole quanto nos territórios coloniais. A maioria dos partidos e movimentos políticos portugueses concordava na necessidade de pôr fim à guerra colonial, mas divergiam quanto ao método de descolonização.

DIVERGÊNCIAS INTERNAS E EXTERNAS

Os partidos de extrema-esquerda, como o MRPP e o PCP-ML, exigiam independência imediata para as colónias. O PCP, sob a liderança de Álvaro Cunhal, adotou uma postura mais cautelosa, defendendo negociações com movimentos de libertação como o PAIGC, MPLA e FRELIMO.

O PS de Mário Soares rejeitava a solução federalista de Spínola e defendia negociações diretas para a independência.

A chegada de Spínola à presidência trouxe uma esperança de mudança, mas também expôs profundas divisões políticas.

Spínola propôs a regionalização das estruturas políticas dos territórios ultramarinos e a participação dos seus naturais na gestão pública, mas encontrou oposição tanto do MFA quanto dos movimentos de libertação.     

AS NEGOCIAÇÕES E OS PRIMEIROS PASSOS

Na Guiné-Bissau, Mário Soares iniciou negociações informais com o PAIGC em Dakar no mesmo dia da posse do I Governo Provisório.

Este gesto de boa vontade levou à suspensão temporária das hostilidades pelo PAIGC e pressionou o governo português a reconhecer a independência da Guiné-Bissau e o direito à autodeterminação de Cabo Verde.

Em Moçambique, as negociações com a FRELIMO em Lusaca foram igualmente tensas.

A FRELIMO exigia o reconhecimento da independência e do seu papel como representante legítimo do povo moçambicano antes de concordar com um cessar-fogo.

Apesar dos desafios, o abraço histórico entre Mário Soares e Samora Machel simbolizou a determinação de avançar para a independência.

O DESFECHO DO FEDERALISMO

Spínola, ao tentar impor uma descolonização gradual com referendos sobre a independência, enfrentou crescente oposição.

A reunião de 8 de junho na Manutenção Militar revelou a falta de apoio à sua proposta, consolidando a decisão de um cessar-fogo imediato.

O seu discurso de 27 de julho de 1974, no qual reconheceu o direito dos povos ultramarinos à autodeterminação, marcou o fim do seu projeto federalista.         


APOIO INTERNACIONAL E A CAMINHO DA INDEPENDÊNCIA

A visita de Kurt Waldheim, secretário-geral da ONU, a Lisboa e as subsequentes negociações reforçaram o compromisso de Portugal com a independência dos territórios coloniais.

O comunicado final prometia um reconhecimento imediato da independência da Guiné-Bissau, negociações aceleradas com a FRELIMO em Moçambique, e a abertura de contactos formais com os movimentos de libertação em Angola.

CONCLUSÃO

A descolonização portuguesa foi um processo complexo e emocionalmente carregado, marcado por intensas negociações e profundas divisões políticas.

A determinação de líderes como António de Spínola e Mário Soares, aliada ao apoio internacional, permitiu que Portugal desse passos decisivos rumo ao reconhecimento da autodeterminação dos povos ultramarinos. Este período histórico, embora repleto de desafios, é um testemunho da capacidade de transformação e do compromisso com a liberdade e a justiça.

E sssim se passaram 50 anos... Uma Abençoada e Feliz tarde com muita saúde. Fiquem bem!

João Manuel Magalhães Rodrigues Fernandes

DESCUBRA O SABOR AUTÊNTICO DO GAIADO MADEIRENSE

 


O gaiado é uma verdadeira iguaria da Madeira, muito parecido com o bacalhau que conquista os paladares locais.

Este petisco tradicional é preparado com carinho: o peixe é escalado,  golpeado, salgado e deixado a secar ao sol com “os pés para o ar”, pelo menos um mês.

O resultado é um produto de sabor único e autêntico, pronto para ser apreciado.

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Convidamos todos a experimentar esta delícia madeirense, que representa a riqueza gastronômica da nossa terra.

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GAIADO: A DELÍCIA TRADICIONAL QUE CONQUISTA PALADARES

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EXPERIMENTE A IGUARIA MADEIRENSE: O INCOMPARÁVEL GAIADO

Conviva, participe e deixe-se seduzir pelo irresistível gosto do gaiado!  

João Manuel