Vivemos num País onde, infelizmente, a relação com o campo/Interior, designadamente o mundo
agrícola que se foi diluindo, apenas nos restando uma memória longínqua, que
tão só é embalada num romantismo e alguns corajosos.
O português moderno tornou-se citadino, perdendo quase a
ligação com as raízes agrícolas que sustentaram o nosso País durante séculos.
Os campos agrícolas no passado formaram uma paisagem física
deslumbrante.
Hoje através da mão
humana criminosa, os campos são vistos
como um cenário desolador e catastrófico.
Com o isqueiro, o campo deixou de ser o pilar da sociedade
para se tornar um parque temático, onde alguns mandam uns slogans pomposos e
ganham uns cobres.
Parque temático para os habitantes da cidade, ou um modo de
sustentabilidade e subsistência vantajosa de alguns.
Tudo isto, merece um repensar e não podem os Velhos do
Restelo, os acomodados a troco de uns cobres que ganham, serem as mentes
perfeitas nestas decisões, que pouco ou nada sabem da matéria.
No passado eram os madeireiros, os Pastores da Serra que
deitavam os incêndios.
Hoje quem são?
Já não há arvores;
Já não há pastores na Serra.
Se o Senhor Ministro da Administração Interna, quiser
escutar a minha opinião, estou disponível para o efeito.
Pois que, os Pastores sempre foram e serão os guardiões da
floresta e do Interior.