No dia 26 de setembro de 2024, celebrou-se o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, uma data que nos faz refletir sobre o futuro da humanidade. Num mundo que parece cada vez mais distante da paz e da harmonia, a concretização desse sonho parece, muitas vezes, uma utopia.
No entanto, o sonho de um planeta livre de armas nucleares
não é apenas necessário, é urgente.
Se, por um instante, conseguíssemos vencer as barreiras da
ganância e do egocentrismo, teríamos a chance de construir um futuro seguro
para todos, para nós e para as futuras gerações.
Mas infelizmente, o
ser humano, cego pelo poder e pela destruição, parece estar em marcha acelerada
para sua própria extinção.
O uso desenfreado da tecnologia nuclear, tanto em testes
quanto em armas, é a expressão mais clara dessa autodestruição, afetando não
apenas o homem, mas a natureza e todo o equilíbrio do planeta.
A ONU, com a criação desta data em 2013, alerta-nos para os
perigos que essas armas representam.
Não são apenas explosivos de destruição, são ameaças à nossa
própria existência, símbolos de um mundo que coloca a violência e o medo acima
da cooperação e do progresso.
O atraso nas negociações para a eliminação dessas armas é um
sintoma de um problema muito maior: a falta de compromisso com a paz duradoura.
Desde o primeiro teste nuclear, em 1945, a humanidade já
realizou cerca de dois mil testes, e hoje há aproximadamente 15 mil dessas
armas no mundo.
Cada uma delas possui o potencial de devastar cidades,
países e civilizações inteiras. E, no entanto, continuamos a acumular essa
capacidade de destruição como se fosse um troféu de poder, ignorando os custos
incalculáveis.
O Secretário-Geral da ONU, a cada ano, reforça a urgência
dessa luta. Asua mensagem repercute entre as nações, lembrando-nos que o tempo
está passando, e que cada momento perdido aproximamo-nos de uma ação sem
retorno. Precisamos agir agora, enquanto ainda temos a oportunidade de mudar a
trajetória da história.
Que esta data seja um alerta poderoso: estamos à beira do
abismo, mas ainda há tempo para dar um passo para trás.
Ainda podemos abrir os olhos e unir esforços para desarmar
as ameaças que nos cercam. Precisamos, juntos, construir um futuro onde a paz
seja mais valiosa que o poder, onde a preservação da vida e do planeta supere
qualquer ambição destrutiva.
A eliminação das armas nucleares é uma tarefa global, e cada
voz conta. Vamos caminhar lado a lado, na certeza de que um mundo sem essas
ameaças é um mundo onde o ser humano pode prosperar, viver, conviver e coabitar
em harmonia com a natureza.
O tempo é agora, antes que seja tarde demais...
João Manuel Magalhães Rodrigues Fernandes