8/05/2024

CONCELHO DE NELAS: UMA JÓIA HISTÓRICA E NATURAL ENTRE OS RIOS DÃO E MONDEGO

 


O concelho de Nelas, banhado pelos rios Dão e Mondego, é uma região de rara beleza e vasto património histórico, arqueológico, arquitectónico, religioso e paisagístico.

A sua história remonta ao período Neolítico, com monumentos megalíticos como a Orca de Pramelas em Canas de Senhorim e o Outeiro do Roque na Lapa do Lobo.

A via Romana de Santar e de Vilar Seco, bem como os túmulos das Pedras da Forca, são testemunhos da rica herança cultural desta área.

O Dão, tanto o rio como o vinho, percorre esta região. As quintas e solares dedicados à produção de vinho dominam a paisagem, integrando Nelas na Região Demarcada do Vinho do Dão.

Esta região também faz parte da Região Demarcada do Queijo da Serra, oferecendo uma combinação perfeita para os amantes da gastronomia tradicional.

Eventos anuais como o Carnaval, a Feira do Vinho do Dão e a Feira Medieval são oportunidades ideais para explorar o concelho em profundidade, aproveitando para conhecer a sua história e paisagem.

Nelas, formada pelas reformas liberais do século XIX, resultou da união dos antigos concelhos de Senhorim e Canas de Senhorim, por decreto de 9 de dezembro de 1852, durante o reinado de D. Maria II.

Com uma localização geográfica privilegiada, no cruzamento de estradas importantes e servida pela linha ferroviária, Nelas emergiu como um centro industrial significativo no distrito de Viseu, especialmente com as Minas da Urgeiriça e os Fornos Eléctricos em Canas de Senhorim.

Hoje, Nelas continua a afirmar-se como um motor de desenvolvimento, beneficiando das potencialidades da região do Dão. A produção de vinhos de alta qualidade, o Queijo da Serra e um moderno lagar de azeite são alguns dos produtos de excelência que caracterizam esta área.

Além disso, a sua paisagem deslumbrante e o património arquitectónico, como os solares e casas solarengas, tornam Nelas um destino turístico de eleição.

O turismo é potenciado pela riqueza natural e termal das Caldas da Felgueira e pelo património arquitectónico.

A indústria local, fruto de uma política inteligente de industrialização, e graças  ao empreendedorismo dos empresários locais, continua a gerar emprego e dinamizar a economia local.

As festividades e romarias em várias freguesias, desde São Sebastião a Nossa Senhora de Fátima, refletem a vida cultural e religiosa vibrante do concelho.

Festas mensais, como as feiras de Canas de Senhorim, Nelas, Carvalhal Redondo e Santar, enriquecem a vida comunitária, oferecendo oportunidades para visitantes e moradores apreciarem produtos locais e tradições.

Em suma, o concelho de Nelas, com a sua rica história, património diverso, belezas naturais e produtos de excelência, é um tesouro a ser descoberto e explorado, proporcionando assim, experiências inesquecíveis a todos que o visitam.

Visitem este fantástico Concelho.

João Manuel



Estará a Venezuela num impasse pela liderança?



A pergunta que se pode colocar é se a Venezuela estará num impasse pela liderança após a contenda eleitoral? Friamente digo que não. Como qualquer ditador, de esquerda ou de direita, Maduro sabia que estava a perder popularidade, nesse sentido ameaçou os eleitores com um banho de sangue. E como qualquer ditador prevenido manipulou o que poderia manipular. A oposição vê pela primeira vez a luz ao fundo do túnel, no entanto, salvo qualquer brecha nas forças armadas, Maduro não vai ceder e vai matar quem se atravessar à frente. 

É certo que no reconhecimento da sua aparente vitória faltam apoios. Aqueles que o aplaudem são igualmente ditadores, não se esperava outra coisa. O que causa irritação é a persistência de leituras da opinião pública que juram a pés juntos que Maduro é comunista. O comunismo enquanto forma de governo e/ou ideologia política caiu com o Muro de Berlim. Tudo o que existe são rótulos para continuar a separar o que é ou não influência dos EUA, só que a Guerra Fria terminou. O que persiste é a social-democracia e comunismo de base intelectual, mas mesmo essas correntes são a outra face do neoliberalismo.

Voltando a Maduro, só uma traição ou a resistência popular em larga escala o derruba. É tão agarrado ao poder que não tem problema em matar ou em morrer. Ora, não é disso que a Venezuela precisa. Perante a miséria do povo existe alguma incerteza, mas é essa miséria, o medo de sair à rua e o facto de nada sobrar para comer, que manteve o mesmo povo até agora calado. Por outro lado, as tentativas de intromissão dos EUA acabam por reforçar o poder do ditador. Vamos esperar para ver. A oposição tem um perfil de luta política, o que é bom, porém, só um episódio específico derruba o presidente auto-eleito por actos corruptos.  Vai certamente governar isolado e fechado a enfrentar o medo que causa, mas teimará em matar para não cair.

José G. Ferreira

Fortaleza de opiniões – Venezuela (Opiniões de Miguel Santos, Rui Cardoso e João Manuel)



Venezuela país mega diverso, encontra-se num grande empasse politico. Qual a sua opinião acerca dos últimos desenvolvimentos?

Miguel Santos - A Venezuela passou de uma das maiores economias da América Latina para com o "Chavismo" tornar se uma das mais pobres.

A situação política atual na Venezuela é, no mínimo, alarmante. É um país que enfrenta há largos anos uma crise política e social profunda, exacerbada por uma economia em colapso, com uma inflação descontrolada, desemprego elevado e com uma evidente escassez de bens essenciais.

 No passado dia 28, a Venezuela realizou eleições presidenciais num clima de crescente tensão e desconfiança. Por um lado, Maduro procura, a todo o custo, manter-se no poder. Por outro, Edmundo González Urrutia, representa uma forte oposição ao regime, e encabeça uma vontade de mudança que parece existir no povo daquele país.

 O processo eleitoral foi pouco transparente e já existem inúmeras acusações de fraude. Desde logo, os observadores internacionais já manifestaram publicamente preocupações sobre a manipulação do resultado e a intimidação de eleitores. Além disso, o Conselho Nacional Eleitoral é amplamente controlado por aliados de Maduro, o que levanta suspeitas acerca da imparcialidade destas eleições.

 Importa dizer que, no que diz respeito ao contexto político, desde que Nicolás Maduro assumiu a presidência, em 2013, o país tem vivenciado um declínio acentuado no que concerne à robustez das suas instituições democráticas, bem como na qualidade de vida dos seus cidadãos.

Outro exemplo da falta de transparência deste ato eleitoral, prende-se com a questão da diáspora. São mais de 8 milhões de venezuelanos no exterior, pelo que, no decorrer deste processo eleitoral, a sua inclusão foi crítica e logisticamente muito complexa. Com efeito, a maioria deles foi excluída do atual sistema de voto, fazendo crescer o sentimento de desconfiança em relação a todo o processo eleitoral.

 No que alude à diplomacia internacional, quer a União Europeia, quer os EUA, além do Brasil que tem sido um dos aliados de Maduro  já demonstraram estar preocupados relativamente ao resultado das eleições, bem como com todo o processo eleitoral. A cada dia que passa, aumenta a lista dos países que não reconhecem a legitimidade das eleições, o que terá, naturalmente, consequências nefastas para aquele país.

O mau exemplo é o Partido Comunista Português ter aceite esta situação não democrática o que mostra a sua pouca vivência com a mesma.

 O futuro da Venezuela é dúbio. Este é um momento absolutamente determinante para o país. No entanto, uma coisa parece-me certa: se Maduro se mantiver no poder, é provável que a crise humanitária e política se adense, acentuando o sofrimento da população venezuelana.

Rui Cardoso - Mostrem as listas que o povo escolheu … e aí sim temos um país democrático.

João Manuel - QUERER SOL NA EIRA E CHUVA NO NABAL: A HIPOCRISIA DAS POTÊNCIAS OCIDENTAIS

Defender a Democracia ou os Próprios Interesses?

A expressão "querer sol na eira e chuva no nabal" retrata bem a hipocrisia das potências ocidentais, como os EUA e a França, que proclamam defender a democracia enquanto se aproveitam das ditaduras, especialmente quando há interesses petrolíferos em jogo.

A Venezuela é um exemplo gritante dessa contradição.

VENEZUELA: RIQUEZA EM PETRÓLEO, POBREZA EXTREMA

 Com um das maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela já produziu 3,5 milhões de barris de petróleo por dia, mas atualmente, essa produção caiu para 1 milhão.

Um país outrora próspero, agora enfrenta uma crise humanitária com mais de 70% da população vivendo abaixo do limiar da pobreza.

As pessoas passam fome e muitas dependem do regime para sobreviver, e esse é outro problema.

HIPOCRISIA INTERNACIONAL: UM OBSTÁCULO AO PROGRESSO

A defesa da democracia pelos EUA e pela França parece seletiva. Enquanto condenam a ditadura na Venezuela, mantêm relações próximas com regimes autoritários, por exemplo, nações ricas em petróleo.

Esta hipocrisia alimenta um ciclo vicioso, onde o sofrimento do povo venezuelano é ignorado em prol de interesses geopolíticos e económicos.

A NECESSIDADE DE AÇÃO VERDADEIRA E APOIO INTERNACIONAL

 Para mudar este cenário, é fundamental que a comunidade internacional deixe de lado a hipocrisia e ofereça apoio genuíno à Venezuela. Medidas concretas são necessárias para aliviar o sofrimento do povo e promover uma verdadeira transição democrática.

CONCLUSÃO: CHEGA DE HIPOCRISIAS

Neste contexto, é urgente que as potências ocidentais sejam coerentes nas suas políticas externas.

A defesa da democracia deve ser universal, sem seletividade. Somente assim poderemos começar a ver mudanças reais na Venezuela e no mundo.

A situação da Venezuela, não é fácil, a ajuda internacional tem de ser uma realidade, julgo que ninguém pode acreditar na credibilidade destas eleições, a bem da credibilização deste ato eleitoral era importante que as atas fossem revistas ao pormenor,  junto de pessoas credíveis e idóneas acompanhados por observadores internacionais,  que não sejam unicamente russos ou chineses. Tudo isto tem ser feito com  a maior lisura e transparência.

O PAÍS DOS DOUTORES

 


Dentro de dois meses irá começar um novo ano lectivo e mais uma vez se vão repetir todas aquelas festas e praxes do costume com a ilusão de que os nossos filhos irão ter uma vida melhor daquela que tiveram os seus progenitores, mas será que é assim?

Em Portugal sempre se deu muita importância ao canudo e à cartola, que em tempos era símbolo de sabedoria, mas que actualmente já não passa de mais um papel para juntar ao cv, para quando alguém vai responder a uma qualquer vaga de emprego.

Estamos na era da IA e em Portugal os políticos sendo grande parte deles possuidores do dito canudo mas sem a sabedoria, continuam a pregar que Portugal precisa de mais alunos universitários, quando o que Portugal precisa é de ter uma boa formação profissional, com competências diversificadas e pagar ordenados decentes a quem trabalha e não a quem tem um canudo. Quando em muitos países da Europa já há  muito tempo se investe principalmente na formação, no nosso país continua-se a persistir nas centenas de cursos universitários, quando parte deles nem sequer tem aplicação na prática e muito desses formados acabam na caixa de um hipermercado lá perto de casa, não reparando que até isso está a ser substituído por caixas automáticas. Não é ouvindo os gritos na assembleia dos pequenos partidos que apenas o fazem para continuarem a comer as migalhas do tacho que o problema é resolvido, tem que ser o PS e o PSD a entenderem-se e implementarem novas políticas de educação e não fazerem alterações de cada vez que chegam à governação. Se não mudarmos rapidamente e radicalmente as políticas de educação, corremos o risco de estarmos a imprimir diplomas para os nossos jovens imigrarem e irem por essa Europa fora procurar emprego e não vale a pena dizer que os nossos jovens chegam a esses países e arranjam logo trabalho e ordenado compatível porque teem boa formação, porque isso não passa de balelas, até porque já nos anos 60/70/80 ou 90, os portugueses apenas com a quarta classe lá chegavam e tinham empregos e ordenados compatíveis, não é por terem o dito canudo. Até à próxima…


Carlos Alves

Dia 148/resto da vida (04.08.2024)

 


Meus Renascidos

"Não sou a mesma... nunca voltarei a ser

Mas não será a primeira vez que mudei.. ao longo da vida, ao longo de todas as adversidades, já mudei tanto....

O meu sorriso já não é aquele que eu tanto gostava, o meu olhar já não é brilhante como outrora...

Quando olho para o espelho vejo essas mudanças e relembro a mulher que fui e a mulher que sou.

Se por um lado sou mais forte, tenho mais conhecimentos, sou uma pessoa melhor mas por outro não sou tão pura, nem tão natural...

Sou agora o resultado de tudo que tenho passado, de todas as adversidades da vida que me tem feito crescer...

Sou também um conjunto de cicatrizes por dentro e por fora. São elas a prova visível do meu percurso ao longo do tempo.

Tenho hoje tantas saudades do meu sorriso e dos olhos cintilantes e inocentes ... só me resta acreditar que todas as mudanças são para melhor "

Vamos lá para mais uma noite com esperança de que  Deus sempre nos vai ajudar a renovar a RE(força), o RE(foco) e o RE(nascer) !

by AnaGomes

ARTEM NYCH: O HERÓI DA 85ª VOLTA A PORTUGAL

 


Artem Nych, de apenas 29 anos, após a reviravolta na etapa da Senhora da Graça, o ciclista da Sabgal-Anicolor confirmou o favoritismo com que entrou para o último dia da prova e celebrou a maior conquista da sua carreira.

Alcançou um feito memorável ao vencer a 85ª Volta a Portugal em bicicleta.

Este jovem talentoso, oriundo de Kemerovo, uma região de minérios da Rússia, chegou ao nosso país há dois anos fugindo da guerra.

Superando adversidades, Nych provou a sua determinação e força no contrarrelógio final em Viseu, completando os 26,6 quilómetros em 34.36 minutos e garantindo a vitória.

A trajetória de Nych é uma verdadeira história de resiliência. De uma terra marcada pelo minério de carvão, onde trabalhou, ele trouxe consigo um espírito inquebrável.

A sua vitória não é apenas um triunfo desportivo, mas também um símbolo de superação e esperança, inspirando todos aqueles que enfrentam desafios.           

O desfecho da Volta a Portugal deste ano sublinha a importância do evento, que não apenas celebra o ciclismo, mas também a capacidade humana de transformar adversidades em conquistas extraordinárias.

Artem Nych é, sem dúvida, um nome que ficará gravado na história do ciclismo e no coração de todos aqueles que acreditam na força da perseverança e persistência.

João Manuel