29 junho 2024

Entender o que é felicidade

Felicidade é quando estamos tristes e chega um abraço

Felicidade é quando não encontramos saídas e abrem-se muitas portas

Felicidade é também quando os nossos amigos e parentes têm sucesso

Felicidade é quando a saúde ajuda e o amor coordena

Felicidade é quando a luz supera as sombras

Felicidade é quando os nossos olhos brilham por se alcançar cada meta

Felicidade não é necessariamente ficar rico

Felicidade também não é conquistar a mulher mais bonita da festa

Felicidade é a exteriorização de toda a existência na remissão dos laços e do esforço

Felicidade não é ser eleito, é ser escolhido

Felicidade é quando a alma encontra o corpo e não hesitam desfrutar


José Gomes Ferreira 

É TUDO COINCIDÊNCIA?


Primeiro a substituição da PGR, depois o divórcio com os partidos de esquerda, seguida de novas eleições, a seguir o recado do PR, que diz (se por alguma razão o Sr. António Costa saísse do governo este caía automaticamente), uns meses depois o ministro Pedro Nuno Santos, lembra-se de apresentar o novo aeroporto sem o conhecimento do primeiro-ministro e como comete um erro “imperdoável”, pede a demissão. Não tendo passado muito tempo, começa a falar-se que era candidato à liderança do PS, até que passado um tempinho António Costa é apanhado numa escuta telefónica que não o compromete em coisa nenhuma, mas que por coerência apresenta a demissão e logo de seguida, apresenta uma solução, (esquecendo-se do discurso do PR na última tomada de posse). O Presidente aceita a demissão como era de prever, convoca eleições como tinha dado a entender na tomada de posse do mesmo governo, o PS perde por poucochinho, mas por coincidência, à eleições para a UE, que ninguém estava à espera e por consequência para presidente do Conselho da UE. O Sr. António Costa vai  à Procuradoria-Geral como qualquer cidadão e lá dizem-lhe que ele não é arguido em coisa nenhuma e nesse caso pode candidatar-se ao que quiser. Ele que não tinha pensado nisso, lembrou-se de se candidatar à presidência do Conselho Europeu, entretanto a Sra. PGR vai-se embora no fim do mandato e não é que o Sr António Costa ganhou!

 

Se não ganharmos o Europeu, pelo menos a Presidência do Conselho ninguém nos tira…

 

Carlos Alves


A noite em Canas de Senhorim

 






Fotos de Pedro Ramos


MANUEL FERNANDES; UM GRANDE LEÃO PARA SEMPRE NOS NOSSOS CORAÇÕES, UMA REFERÊNCIA QUE FICARÁ PARA SEMPRE NA HISTÓRIA.

28/06/2024

 

Manuel Fernandes, o eterno Capitão do Sporting, partiu ontem, aos 73 anos, deixando um vazio imenso no coração dos sportinguistas e de todos os amantes do futebol.

Sabíamos da sua batalha pela vida, mas nunca deixamos de ter esperança. Nascido em Sarilhos Pequenos, no Ribatejo, em 1951, Manuel Fernandes iniciou a sua carreira no Desportivo da CUF.

Em 1975, chegou ao Sporting Clube de Portugal, onde rapidamente se tornou uma figura emblemática. Ao longo de mais de uma década, vestiu a camisola leonina em mais de 400 jogos, marcando mais de 250 golos. Durante esse período, conquistou dois Campeonatos Nacionais (1979/1980 e 1981/1982), duas Taças de Portugal (1977/1978 e 1981/1982) e uma Supertaça (1982).

O seu Sportinguismo era inegável, e ele afirmou diversas vezes que, mesmo se, só tivesse jogado apenas um jogo pelo Sporting, ficaria feliz na mesma.

Para muitos, a memória mais viva de Manuel Fernandes é o lendário jogo contra o Benfica, em dezembro de 1986, quando marcou quatro dos sete golos na histórica vitória por 7-1, ainda hoje recorde.

Apesar de ser considerado um herói, nunca exibiu tiques de vedeta, mantendo sempre uma humildade notável.

Após pendurar as botas, treinou várias equipas, Estrela da Amadora, Santa Clara, Campomaiorense, União de Leiria, entre  outras.

Manuel Fernandes regressou ao Sporting como treinador e dirigente. Em 2000/2001, como treinador principal, conquistou mais uma Supertaça.

Também teve um papel importante na equipa B e no departamento de scouting do clube.

Nos últimos anos, trabalhou como comentador na Sporting TV e como embaixador do clube, continuando a partilhar o seu amor pelo Sporting.

A sua ligação ao futebol português e ao Sporting ultrapassou rivalidades.

Manuel Fernandes era conhecido pela sua amizade com jogadores de outros clubes, como António Oliveira e Humberto Coelho, mostrando sempre uma grande capacidade de união e desportivismo.

Não podemos esquecer este Nobre gesto do Sporting, Varandas e Gyökeres foram ao hospital brindar o antigo Capitão com a taça de Campeões Nacionais.

"Foi muito bonito", assume Tiago Fernandes.

Filho de Manuel Fernandes agradece gesto do Sporting: «Esta direção foi a que respeitou mais o nome e a figura do meu pai»

Manuel Fernandes também deixou a sua marca em Leiria, onde, na época de 2008/2009, levou a União de Leiria à subida de divisão. Durante a sua estadia em Leiria, manteve o hábito de frequentar a Praia do Pedrógão para saborear o peixe grelhado, uma tradição que partilhava com amigos e jogadores.

O legado de Manuel Fernandes vai muito para além dos títulos e recordes.

Ele era um ser humano excecional, um verdadeiro exemplo de liderança e paixão pelo desporto.

Aos familiares, nomeadamente ao Tiago Fernandes, amigos e a todos os sportinguistas, desejo muita força e coragem. Forte abraço!

O nosso querido Capitão Manel, será sempre uma referência para todos nós, um verdadeiro Leão, tanto dentro como fora do campo.

Até sempre, Grande Capitão!

João Manuel Magalhães R. Fernandes


28 junho 2024

O mito da sustentabilidade e a crise climática

Deveríamos falar seriamente sobre a crise climática, mas falar com vontade de transformar. Infelizmente estamos a perder essa guerra. Tem uns que argumentam que, além da terra ser tão plana quanto a cabeça deles, que esse é um tema da agenda neoliberal, tal como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, então no seu negacionismo anarquista acham que não se deve fazer nada. No outro extremo, principalmente os cientistas e ambientalistas, consideram ser um grande problema que coloca em causa o futuro da humanidade. Pelo meio fica clara a dificuldade da informação ser interiorizada para se passar à prática e do tema ser mais do que pronúncia de política pública. Assim, a população que antes se mostrava muito preocupada está agora dividida e engolida pela febre do "não quero saber".

É urgente actuar, mas aqui confesso o meu cepticismo. Naturalmente que não é um cepticismo relacionado com a dimensão descomunal do problema, não tenho qualquer dúvida que é urgente tomar medidas concretas e articuladas. A complexidade da crise climática convoca-nos a todos a agir e de forma integrada na mitigação e adaptação dos impactos nas suas várias dimensões. 

A questão é a seguinte: se não fomos capazes de resolver problemas ditos de primeira geração, que se arrastaram nas últimas décadas, agravando a degradação do planeta, quem nos garante que agora vamos assistir a uma mudança de paradigma na resposta das políticas públicas, da economia e cidadania? Não existe essa garantia, pelo contrário, o sistema capitalista avança ferozmente na exploração da natureza ao mesmo tempo que o desperdício e as desigualdades aumentam.

Precisamos ir para além da agenda tecno-económica das alterações climáticas, de que a ciência também se beneficia, e implementar uma resposta efectivamente transformadora. Para tal precisamos de agências multilaterais internacionais fortes e com capacidade de coordenação com os governos nacionais nos mais diversos níveis. A comunicação social e a cidadania jogam aqui, igualmente, um papel importante, pois nada se faz sem informação credível, em rede e descodificada para todos os públicos-alvo. A agenda de cidadania é crucial, na medida que pode pressionar as políticas e pode levar a uma mudança de práticas, por exemplo, de mobilidade, de mobilidade e lazer.

A aposta nas energias renováveis e na mobilidade está a dar mostras de fazer parte dessa agenda neoliberal. Falar aqui em sustentabilidade é uma verdadeira falácia. Não exclusivamente por causa dos impactos nas comunidades mais vulneráveis, mas pela corrida a metais preciosos e pelo facto de se apostar, no caso da mobilidade, em automóveis de alto padrão. Quem identificar aí qualquer laivo de transição energética e redução de desigualdades não estará a ver bem a coisa. A crise climática não tem retorno, mas este caminho não nos serve.

História e memória ...

 Dia Mundial do Refugiado




Dia 20 de junho de 1940, Dalí e sua mulher Gala viram a sua vida trilhada para a liberdade, através de um visto de Aristides de Sousa Mendes. Deixo-vos, no dia "Mundial do Refugiado", com a obra “Vidas de Cristal, Aristides & Dalí”.

#DeverdeMemória

Josefa Reis
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Fragmentos

Escuto e reajo ao labirinto de ideias

Chego a vacilar perante a imensidão

Nem toda a complexidade pode ser síntese

Nem todo o amor pode ser compreendido

Escuto e fragmento os instantes

Tapo-os com a luz da alma

Apimento beijos e escolhas

Recorro à memória para me citar

Tem tanta chuva que se esquece

Pusemos os pés na lama, mas tudo isso esquece

Comemos pão e azeitonas

Não chegámos a ver o diabo

Nem a confirmar se amassou esse pão

De um momento para o outro é o destino

O suor que cansa o riso

O trajecto para narrar peripécias

Adoramos acrescentar pontos

Mesmo quando os olhos brilham

A intensidade da vida vivida é mágica

Escuto e acalmo o coração

Não que viva aflito em permanência

Apenas precisa do sentir macio das flores

Dos aromas profilácticos do desejo

Não vale a pena correr de angústia

A existência é mais curta que o ar

Precisamos respirar fundo

Iremos sempre chegar ao mesmo destino


José Gomes Ferreira

Fortaleza de opiniões – António Costa (presidente do CE)

 


O que pensa da eleição de António Costa como presidente do Conselho Europeu?

António Machado - Todo o processo é manobra de diversão.

Dores do Carmo - Relativamente à questão, acho que se António Costa for eleito Presidente do Conselho Europeu, será prestigiante para o nosso país.  É sempre um motivo de orgulho termos portugueses em lugares de destaque ao nível europeu e internacional. Considero que o nosso ex- Primeiro Ministro é um político bem preparado e conhecedor dos assuntos europeus e, por conseguinte, capaz de exercer este cargo com competência. Obviamente que o seu papel será presidir a um órgão da União Europeia e representá-la em cimeiras e organizações internacionais e, portanto, teremos um interveniente importante no cenário internacional, o que não deixa se ser honroso para Portugal e reforça a nossa posição no seio dos 27.

João Manuel - António Costa como presidente do Conselho Europeu representa um marco histórico, não apenas para Portugal, mas para toda a União Europeia. É com grande orgulho e esperança que vemos um líder português assumir um dos mais altos cargos europeus, trazendo consigo uma vasta experiência e um compromisso inabalável com os valores europeus. António Costa, antigo Primeiro-Ministro de Portugal, destacou-se ao longo da sua carreira política por uma liderança firme, uma visão progressista e uma capacidade única de construir pontes. Durante os seus anos no governo português, implementou políticas que promoveram o crescimento económico sustentável, a coesão social e a inovação.

Estas conquistas não passaram despercebidas aos seus pares europeus, que agora depositam nele a confiança para guiar a Europa em tempos desafiadores. A escolha de Costa para este prestigiado cargo não poderia ser mais acertada. Com um currículo que inclui um vasto leque de responsabilidades políticas e uma profunda compreensão dos mecanismos da União Europeia, António Costa está bem posicionado para enfrentar as complexas questões que a Europa enfrenta.

Desde a recuperação económica pós-pandemia até à transição verde e digital, passando pela gestão de crises internacionais, o novo presidente do Conselho Europeu terá um papel fundamental na definição do futuro do continente.

Para Portugal, a nomeação de António Costa é motivo de enorme orgulho e esperança. Representa o reconhecimento do valor dos políticos portugueses no panorama europeu e abre novas oportunidades para o país. A liderança de Costa no Conselho Europeu poderá fortalecer a posição de Portugal nas negociações europeias, trazendo benefícios tangíveis para os portugueses.

O mandato de António Costa será marcado por desafios, mas também por oportunidades inéditas.

A sua capacidade de diálogo, a habilidade em construir e gerar consensos, e a sua determinação em promover uma Europa mais justa e solidária serão fundamentais. António Costa, tem uma enorme facilidade em gerar pontes, e isso é determinante.

Os europeus podem esperar uma liderança que combina pragmatismo com idealismo, e que coloca o bem-estar dos cidadãos no centro das decisões.

A expectativa é alta, e com razão. António Costa tem demonstrado ao longo dos anos uma capacidade ímpar de superar adversidades e de promover um desenvolvimento inclusivo e sustentável. A sua visão para a Europa é de uma união mais coesa, resiliente e preparada para os desafios globais. Em suma, a nomeação de António Costa como presidente do Conselho Europeu é uma excelente notícia para Portugal e para a Europa. Com uma experiência vasta e uma dedicação comprovada, Costa está preparado para fazer um mandato exemplar, guiando a Europa para um futuro próspero e equitativo. Este é um momento de celebração e de renovada esperança, na certeza de que António Costa continuará a honrar o seu compromisso com os valores europeus e a trabalhar incansavelmente pelo bem comum.

27 junho 2024

Partilha de bens

Parcela por parcela, lote por lote

Sempre houve zanga nas partilhas

A resignação nem sempre foi estipulada

Nem sempre os herdeiros têm igualdade no tratamento

O mesmo acontece fora da herança

O amor nem sempre é igual

Pode um filho ter tratamento diferencial 

Não necessariamente em termos materiais 

Por vezes ocupa determinado lugar à mesa

Tantas vezes a diferença está na distribuição da comida 

Um recebe o peito do frango

Outro pode ter o privilégio das coxas

São meras subtilezas marcadas

Isso não significa que não exista reconhecimento do outro

Pode acontecer por mera protecção 

Nem sempre o efeito é reconhecido e gera o impacto pretendido

Proteger em demasia não é necessariamente educar

Gera mais bloqueios que forças 

Depois tudo se agrava na diferença em dividir os bens

É tão difícil agradar quando a vida repousa no conteúdo material 

E estrebucha na ilegalidade do benefício 


José Gomes Ferreira 

Fluxo de emoções


 

Primeiro vieram pelos judeus


Primeiro eles vieram pelos judeus

e eu não falei

porque eu não era judeu.

 

Então eles vieram pelos comunistas

e eu não falei

porque eu não era comunista.

 

Então eles vieram pelos sindicalistas

e eu não falei

porque eu não era sindicalista.

 

Então eles vieram por mim

e não havia ninguém

falar por mim.

        Martin Niemöller


26 junho 2024

O que faz ser O CRISTIANO RONALDO

 










Cuspir no prato

Sou filho de emigrantes 

Sou igualmente emigrante

Perdi muito cedo o meu pai para a emigração 

Depois fez-se luz e vaga memória

Obviamente que tudo tem regras

Já andei com a vida às costas para as cumprir 

Quase desisti desta persistente epopeia

Detesto feras acossadas de latidos

Gente que destila veneno e prescinde de opinião

Usa a praça pública para se mover contra os imigrantes

São ensinadas e repetitivas essas vozes 

Muitos fracassaram no percurso

São argumentos de ódio a partir do conforto

Atiram pedras a estranhos que lutam por uma vida melhor

Depois batem no peito e declaram-se a Deus


José Gomes Ferreira 

25 junho 2024

Do teu ventre Maria

Em alguns aspectos somos tão iguais 

Sobretudo na disponibilidade e na paz do silêncio 

Foi do teu ventre Maria que eu nasci

Daí que não me espante ou me assegure por necessidade 

São genes e ensinamentos herdados

Estou grato pela transformação e estima

O gosto insistente em acreditar que tudo se recompõe

Perante a adversidade tudo se recompõe

O esforço e as lágrimas não são em vão

O silêncio cura, a esperança cura

A superação não encontra barreiras 

Dando a mão ao querer a vida tem outra luz

A motivação espalha-se como glória

Inspira almas puras e pensamentos

Foi do teu ventre Maria que aprendi

Hoje fica tão fácil ensinar e escolher 

Trouxe de ti toda a chama e tranquilidade 

A culpa que na caminhada se faz razão e emoção 


José Gomes Ferreira 

24 junho 2024

São João de Canas de Senhorim na maquina do Pedro Ramos

 





DIA NACIONAL DO CIGANO; UMA CELEBRAÇÃO DA CULTURA E TRADIÇÕES CIGANAS EM PORTUGAL

 


O Dia Nacional do Cigano, celebrado em Portugal a 24 de junho, é uma data especial dedicada à valorização e reconhecimento da rica herança cultural cigana.

Este dia coincide com a festa de São João Baptista, um Santo tradicionalmente venerado pelos ciganos portugueses.

As comemorações são marcadas por festividades espontâneas que ocorrem por todo o país, repletas de música, dança e comida típica, características distintivas da vibrante cultura cigana.

O objetivo principal desta celebração é não só exaltar as tradições ciganas, mas também chamar a atenção para as dificuldades e a exclusão social que esta comunidade enfrenta.

O cigano representa a maior minoria étnica na Europa, com uma população de aproximadamente 8 milhões de pessoas.

Este dia serve, portanto, para chamar  a atenção para a necessidade de inclusão e respeito pelos direitos desta comunidade.

A IMPORTÂNCIA DA CONSCIENCIALIZAÇÃO  E INCLUSÃO

A celebração do Dia Nacional do Cigano é uma oportunidade para refletir sobre os desafios que os ciganos enfrentam, tais como discriminação, pobreza e exclusão social.

É um momento para promover a solidariedade e incentivar políticas públicas que visem a inclusão social e a melhoria das condições de vida dos ciganos.

OUTRAS DATAS COMOLEMORATIVAS RELACIONADAS

Além do Dia Nacional do Cigano, há outras datas significativas que celebram a cultura cigana. No Brasil, o Dia Nacional do Cigano é comemorado a 24 de maio.

Internacionalmente, o Dia Internacional dos Ciganos é celebrado a 8 de abril, sendo uma data de grande importância para a comunidade cigana em todo o mundo.


CONCLUSÃO                                                                   

O Dia Nacional do Cigano em Portugal é mais do que uma celebração cultural, é uma data de reconhecimento e solidariedade.

Ao celebrarmos este dia, promovemos a diversidade cultural e lutamos por uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.

Este ano, a celebração ocorre segunda-feira, e nos próximos anos seguirá no mesmo dia, 24 de junho, independentemente do dia da semana que seja. Que este dia seja sempre uma oportunidade de união e valorização da cultura cigana, contribuindo para a construção de um futuro mais inclusivo, civilizado e respeitador das diferenças.

 

João Manuel

FESTA DE SÃO NA MADEIRA; TRADIÇÃO E SABOR COM ATUM FRESCO

 


A ceia de São João na Madeira é uma celebração rica em tradições, sabores e comunhão. Na ausência das sardinhas típicas dos santos populares no continente, os madeirenses adaptaram a ementa com maestria, aproveitando os recursos abundantes da ilha.

O atum, pescado em fartura durante o mês de junho, tornou-se o protagonista desta ceia especial, acompanhado por uma seleção de legumes da época que complementam o prato com cores e sabores frescos.

EMENTA TRADICIONAL DA CEIA DE SÃO NA MADEIRA

ATUM SALPRESADO: O atum, cozido e salpresado, é o centro desta ementa. Preparado com temperos locais, o atum ganha uma textura e sabor únicos, tornando-se a estrela da mesa.

MAÇAROCAS: As maçarocas de milho, cozidas, são um acompanhamento indispensável. Com a sua doçura natural, contrastam deliciosamente com o sabor robusto do atum.

FEIJÃO MADURO: O feijão maduro, cozido, acrescenta uma riqueza nutritiva ao prato. Este legume, comum nas hortas locais, é um elemento essencial da ceia.

BATATA E BATA DOCE: As semilhas (batatas) e batata doce são outros componentes tradicionais. Cozidas até à perfeição, oferecem uma textura suave e um sabor reconfortante, complementando os restantes ingredientes.

SALADA DE LEGUMES FRESCOS:Uma salada fresca de alface, tomate, cebola e pepino traz leveza e frescura à refeição. Estes legumes, cultivados na ilha, garantem que todos os sabores são autênticos e locais.

UM RITUAL DE COMUNHÃO E MEMÓRIAS

A ceia de São João na Madeira não é apenas uma refeição; é um ritual que une famílias e amigos. Na noite de 23 de junho, a tradição é cumprida com entusiasmo em cada lar, restaurante e encontro comunitário.

As mesas são preparadas com carinho, onde a comida serve de elo entre o presente e as memórias do passado.

O restaurante do chefe Dúlio Freitas, na Camacha, é um exemplo de como os produtos regionais são celebrados nesta data.

Tudo o que é servido vem da terra e do mar madeirense, fazendo com que cada mordidela seja um tributo à riqueza natural da ilha.

UM MOMENTO DE PARTILHA

Na zona velha do Funchal, a ceia de São João é particularmente vibrante. Ali, o atum salpresado, a maçaroca, o feijão maduro, as semilhas, a batata doce e a salada são acompanhados por um bom vinho local.

Este cenário de partilha e alegria é um reflexo da hospitalidade madeirense e da importância da tradição na vida insular.

CONCLUSÃO

A ceia de São João à moda da Madeira é um testemunho da resiliência e criatividade do povo madeirense.

Transformar uma necessidade numa nova tradição enraizada nas riquezas locais é um feito notável.

Celebrar São João com atum, maçaroca, feijão e batatas é celebrar a Madeira em toda a sua essência. Este prato não só alimenta o corpo, mas também a alma, evocando memórias e fortalecendo laços entre todos os que se reúnem à mesa.

João Manuel


23 junho 2024

Ensaio sobre o amor

O amor é um delito 

Que ultrapassa a compreensão

Quem não se sente aflito 

Não fará uso do coração 


O amor é perfume de magnólia

Que não chega a toda a gente

Não chama os dizeres da bíblia 

Vive pleno em corpo ardente


O amor é o princípio da relação

Iludido pelo carinho e ternura

Nunca se conhece a duração 

Nem quem escreve a partitura


Todo o amor tem contragosto

Que deixa os amantes babados

Nos excluídos provoca desgosto

Os eleitos são os afortunados 


O amor é a parábola da razão 

Para construir a felicidade 

Sonha em elevar a paixão 

Ao princípio da pura reciprocidade 


José Gomes Ferreira

Português sem tradução

Por vezes repito-me por incompreensão

Sou português em terra alheia

A língua dizem ser a mesma

Só quem não conhece cai em equívocos

No próprio Nordeste são claras as diferenças

A identidade não está apenas na pronúncia 

Está na construção e significados

Repito-me sem perder a gentileza 

E sem deixar de mostrar a proveniência

O que importa é manter activa a comunicação

Sem nenhum exercício imperialista

Nem ego para desfrutar de aparência 


José Gomes Ferreira

As minhas fotos escolhidas (Portugal vs Turquia)






 

Opinião de João Marques


Senhor Kepler de Maceió, que a magia duma bola transformou no conhecido português Pepe:

Hoje, estou aqui para lhe tirar o meu chapéu pela exibição contra a Turquia. Apenas, soberba!

O senhor tem um «feitiozinho» do carago, mas joga como o catano!

 Mas, diga-me a verdade: Tem mesmo 41 anos? Desculpe, mas não parece. Correu tanto, ou mais, do que os seus colegas com metade da sua idade.

Com a exibição de ontem, você estragou o S. João aos novos dirigentes do FCP a quem ninguém vai perdoar por «despacharem» um elemento da sua valia, independentemente das fortes razões que conduziram à decisão.

Parabéns.

P.S. Diga aí ao outro velhinho que aquela jogada do 3-0 me faz penitenciar pelas muitas vezes que o chamei egoísta.

João Marques

Mãe das gémeas diz que nunca conheceu ou se dirigiu ao PR ou ao seu filho

 


À comissão de inquérito, Daniela Martins, a mãe das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse que nunca conheceu ou se dirigiu pessoalmente ao Presidente da República ou ao seu filho, Nuno Rebelo de Sousa.

A mãe das gémeas disse esta sexta-feira à comissão de inquérito que nunca conheceu ou se dirigiu pessoalmente ao Presidente da República, ou ao filho, e indicou que mentiu quando falou numa rede de influência que favoreceu as crianças.

"Nunca conheci nem me dirigi pessoalmente ao senhor Presidente da República ou ao seu filho, Dr. Nuno Rebelo de Sousa", afirmou Daniela Martins.

A mãe das duas crianças está a ser ouvida esta sexta-feira na comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com o medicamento Zolgensma.

 "Numa conversa, supostamente informal, vangloriei-me e afirmei ter havido uma rede de influências em que os médicos começaram a receber ordens de cima. Sobre isso, só posso pedir imensa desculpa a toda a gente de Portugal. Fui parva, errei, e errei porque disse algo que não era verdade por vaidade naquele momento", afirmou.

A mãe das gémeas disse também ter sido uma "frase falsa e infeliz" ter dito que conhecia a mulher de Nuno Rebelo de Sousa.

"Afirmei que conhecia a nora do Presidente da República, mas a verdade é que somente a conheci num evento de Natal em São Paulo, anos depois da medicação", referiu.

Na sua intervenção inicial, Daniela Martins recusou ter vindo para Portugal "fazer turismo de saúde", salientando que é cidadã portuguesa "há mais de 15 anos". Quanto às meninas, indicou que são cidadãs portuguesas desde setembro de 2019 e que o processo foi iniciado junto do Consulado português de São Paulo em abril desse ano. "Nessa época, não havia suspeita de doença", indicou, assinalando que as crianças receberam o diagnóstico "no dia 9 de setembro de 2019".

Daniela Martins referiu também que o plano da sua família era mudar-se para Portugal assim que as crianças "tivessem autonomia para isso", mas que essa intenção foi antecipada por conta da possibilidade de tratamento em Lisboa.

Fonte – Sic Noticias

Foto - ANTÓNIO COTRIM