8/31/2024

Galanteio



O galanteio não precisa agarrar-se a segundas intenções

E nem sempre é desagradável quando se escuta

Pode resultar de digna simpatia

E ser verdadeiro para cumprir a ocasião 

Ontem elogiaram-me e cresci um pouco

Foi uma mulher casada ao lado do marido

Agiu por honras ao primeiro contacto tido

O marido é um colega por qual nutro respeito mútuo

A reacção aconteceu após um acto público e um jantar restrito

Gosto de chegar às pessoas sem pedras na mão 

E com a humildade que a ciência também me merece 

A elegância das minhas palavras é de gratidão pelo caminho percorrido

Vivo no silêncio de quem se protege

Mas expresso a paixão e delicadeza das horas felizes


José Gomes Ferreira 

Este não é o Emplastro...

 


Este não é o Emplastro... é o Sr. Fernando dos Santos. Como todos nós, ele também tem um nome, uma família e uma história, é muito mais do que a sua simples alcunha.

Fernando Jorge da Silva dos Santos nasceu na Madalena, Vila Nova de Gaia, a 25 de Abril de 1971, no seio de uma família muito pobre. Filho de Alfredo, que faleceu quando ainda era criança e Laura, trabalhadora numa fábrica de cerâmica e de tijolos, em Coimbrões. Depois de enviuvar ainda teve um segundo companheiro, Joaquim, que vendia ferro-velho. Laura faleceu há cerca de 10 anos.

A sua peculiar maneira de estar na vida rendeu-lhe muitas alcunhas: "Emplastro" para a generalidade do país, "Animal" para os Super Dragões, "Palhinhas" para os seus amigos de infância (alcunha que herdou da mãe), "Pintas" para os seus irmãos ou simplesmente "Nando", para os vizinhos e conhecidos.

Fernando tem 4 irmãos: Manuel, Paulo, Luís e Fátima. As dificuldades de aprendizagem foram detectadas logo no momento em que entrou para a escola primária da Madalena. Também os seus irmãos Manuel e Paulo tinham dificuldades, sendo que nenhum deles terminou sequer a primeira classe. Foram os três encaminhados para a CERCI de Vila Nova de Gaia que, na altura, funcionava no antigo palacete Marques Gomes, em Canidelo. Por esta altura já o seu pai Alfredo tinha falecido.

Na CERCI aprendeu sobretudo serralharia, enquanto Paulo estava na carpintaria e Manuel se dedicava aos estofos. Laura era muito dedicada aos seus filhos e nunca faltava a uma reunião. Depois da CERCI e com pouco mais de 10 anos de idade, Fernando foi trabalhar para uma empresa de máquinas da indústria panificadora, na Rua da Rasa, em Vilar do Paraíso. A colocação não foi feita pela instituição, foi fruto de esforços da mãe, que tinha feito limpezas na casa de um dos patrões. Para além dos rendimentos que obtinha na fábrica, conseguia mais uns trocos pedindo esmola, todos os fins de tarde, na Igreja dos Congregados, na Praça de Almeida Garrett. Entregava todo o dinheiro que conseguia arrecadar à sua avó.

Uma das suas grandes aventuras foi meter-se num avião com destino a São Miguel, Açores. Ninguém sabe porquê, nem sequer os seus irmãos que disseram apenas que "O Pintas vai regressar um dia destes". Quando regressou disse simplesmente que lhe tinha apetecido "ir ver as vacas." Um dia tentou apanhar um passarinho em dificuldades num poste de alta tensão na estação das Devesas, em Gaia. Ficou gravemente ferido, ainda hoje tem as marcas de uma queimadura na zona lombar. Assim que saiu dos cuidados intensivos, a primeira coisa que disse foi "Como está o passarinho?"

Fernando e os seus irmãos Manuel e Paulo possuem uma pequena casa nas traseiras da Igreja da Madalena, herdada dos pais. Fernando raramente lá aparece, prefere um banco do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde dorme com uma almofada feita de bolas de papel higiénico dentro de um saco de plástico. É meigo, tranquilo e costuma ajudar as empregadas a arrumar os tabuleiros. Manuel e Paulo almoçam e jantam na casa do irmão mais novo Luís, que trabalha por conta própria na construção civil e mora num apartamento não muito longe. Luís é o tutor dos três irmãos, mas não consegue ter qualquer controle sobre Fernando. Já Manuel faz umas horas numa roulote de bifanas em Valadares e Paulo é o verdadeiro biscateiro, sempre pronto a fazer recados ou pequenos serviços que vão aparecendo. Da irmã Fátima pouco ou nada se sabe.

Fernando sabe de cor a sequência de todas as estações do Metro do Porto, onde, curiosamente, foi bastantes vezes multado por não ter bilhete. Entretanto resolveu este problema, tirando o passe. Adora doces, especialmente pudins. Não sabe ler, nem escrever (apesar de assinar o seu nome e reconhecer alguns números), mas era bom a cortar, colar e pintar. É fumador (Marlboro, sempre que pode), sustentando esse vicio com o rendimento das selfies que lhe pedem (um euro por cada uma).

Mas Fernando sempre teve outros planos para a sua vida: Queria ser famoso. E conseguiu-o! Hoje em dia sustenta-se com a sua fama, e chegou mesmo a aparecer num dos programas mais vistos da MTV norte-americano, o "Ridiculousness". Sobre ele, @tio.jel afirmou: «O Nando é alguém que marca esteticamente o nosso panorama audiovisual sem dizer uma palavra. E o que é interessante é que há uma coerência, algum tipo de racionalidade, nas suas aparições»

A insensibilidade dos nossos dias leva-nos a colocar-lhe alcunhas ou pagar-lhe para promover comportamentos humilhantes. O Fernando é um ser com história, é feliz assim, é uma eterna criança.

Por Vanessa Oliveira.

A suspensão da rede X no Brasil


Podemos usar o nosso entendimento e valores para apoiar ou rejeitar a suspensão da rede social X (Twitter) por Alexandre de Moraes, juiz do Supremo Tribunal Federal. Provavelmente estamos mais a opinar sobre a conduta do juiz e menos sobre o caso que envolve a empresa de Elon Musk. Não vou aprofundar o tema, mas Alexandre de Moraes tem sido acusado de politizar à esquerda muitas decisões. Xandão, como é conhecido, está no centro da polarização que coloca de um lado Lula e outro Bolsonaro. Acresce a isso o papel que a justiça brasileira tem protagonizado na vida política do país.

Deixando essas questões de lado, importa ir aos antecedentes desta suspensão e deste braço de ferro Moraes-Musk. O juiz tem determinado o encerramento de várias contas no X no contexto da disseminação se notícias falsas. O X, pelo seu claro posicionamento político, tem rejeitado essa suspensão. Em resposta a justiça tem aplicado multas à empresa, exigindo também que seja designado um representante no Brasil. Ontem, outra empresa de Musk foi afetada, a empresa Starlink, que fornece Internet via satélite, viu as contas congeladas, tentou recurso, mas foi rejeitado. 

Fica claro que a questão é política e jurídica. Todavia, o que Musk tenta fazer no Brasil já outras redes sociais e o X foram impedidos de fazer na Europa e EUA, onde é exigida transparência e respeito institucional. Não se trata de uma divergência esquerda versus direita, isso é areia para os olhos. É pura intromissão na esfera da soberania dos países. Os portugueses que defendem Musk mudariam de opinião caso esta disputa fosse em Portugal, sendo que de imediato apresentariam as vacilações do costume: que a justiça não funciona, que os nossos políticos são frouxos, etc., etc.

Tem quem tenha dificuldade em sair da bolha protectora para analisar os factos, limitando-se a criticar o juiz e/ou a criticar o governo brasileiro com o rótulo de ser comunista. Sinceramente, tenho as minhas dúvidas quanto às lideranças, mas o governo é ao centro, além de que a oposição tem maioria na Câmara e no Senado. Precisamos ir para além dessa polarização para se promover o debate e aliviar o país de tensões. A minha convicção é a que tenho defendido: capitalismo e comunismo são duas faces da mesma moeda que é o neoliberalismo. Por outro lado, nem os partidos mais à direita representam efectivamente a direita nem a esquerda dita progressista é efectivamente progressista. 

Manuel Marques sem papas na língua.

 


A COERÊNCIA POLITICA!!!!

Nunca tive vergonha de assumir que fui militante do PSD, do PS e agora do CDS, partido que em 2017, o tornei o segundo partido de NELAS.

A memória curta de alguns, por evidente interesse pessoal, esquecem-se identificar outros, que por respeito não os identifico.

Mudei efetivamente de partido político!

Como referi outros também o fizeram!

Agora duas coisas que não fiz nem farei:

a) Arrogar-me militante de um partido, participar nos seus eventos partidários e depois vir para a rua crucificar os seus companheiros que exercem os seus cargos, lutando mesmo contra eles;

b) Incompatibilizei--me politicamente, por razões do interesse das Populações e convicções e não pelos interesses pessoais ou envelopes cheios de euros.

"Os cães ladram"! Certo é que tudo me fizeram, tudo vasculharam nos serviços municipais para me 'agarrarem', não o conseguiram, prevaleceu a minha honestidade de berço, que um velho Pastor da Serra da Estrela, me ensinou.

Dele herdei a dureza, contra aqueles que nos provocam.

Nunca fui condenado, quer pelo Tribunal de Contas, quer pelos Tribunais Judiciais, por razões de vigarices pessoais ou autárquicas, e já lá vão mais de 50 anos de vida pública, considerando a

 associativa.

É esta e será a grande diferença que me separa daqueles detratores.

Desde já autorizo, que nesta minha página, com factos  e não insinuações ou cobardia, contraditem aquilo que aqui afirmo.

ISTO E COERÊNCIA POLITICA E PESSOAL.

Fernando Cunha - Era uma vez…

 


Era uma vez um fazendeiro que tinha um galinheiro com 180 galinhas e estava a procura de um bom galo para produzir ovos...

Um belo dia o fazendeiro vai até à vila entra na cooperativa agrícola e diz para o vendedor:

-Boa Tarde! Procuro um bom galo capaz de cobrir todas as minhas galinhas.

O Vendedor responde:

- Quantas galinhas tem ?

- No total são 180. - diz o fazendeiro.

Então o vendedor vai buscar uma gaiola com um galo enorme, musculoso, com a crista de pé, olhos azuis e uma tatuagem no peito dos Rolling Stones, e diz para o fazendeiro:

- Leve este aquí, o Humberto, ele não falha.

O Fazendeiro leva o galo e, no dia seguinte, pela manhã, solta o galo no galinheiro.

O Galo sai numa corrida desenfreada, pega na primeira galinha, dá duas sem tirar; pega na segunda, dá a primeira e quando estava na segunda... cai para o lado.

O Fazendeiro olha e diz:

-Aquele vendedor aldrabou-me! Este galo apenas comeu duas galinhas e capotou.

Então, pegou no galo pelo pescoço, levou-o até ao vendedor e explicou-lhe o que se tinha passado.

O vendedor desculpou-se e foi buscar um outro galo.

Este era preto, de crista amarela, olhos cinzentos e ténis Nike. E disse para o fazendeiro:

-Este aqui é o Fernando.

O fazendeiro volta para a fazenda com o galo e repete a manobra: solta o bicho no galinheiro, o galo sai alucinado, come a primeira galinha de pé, pega a segunda e traça, com a terceira faz o 69 e quando está em cima da quarta, cai morto no meio do galinheiro.

O fazendeiro, completamente lixado, pega o galo pelas patas e volta à vila.

Entra pela cooperativa, quase rebentando com a porta, e diz para o vendedor:

- Escute aqui seu sacana, este é o segundo galo que você me vende e também não presta para nada. É melhor vender-me um galo decente ou deito esta cooperativa abaixo.

Então o vendedor vai buscar o galo velho, sem crista nem penas, com olheiras, corcunda, com ténis de lona já meio rebentados e uma camisa azul clara.

- Olhe, é só o que me resta. O nome dele é Tito e chegou, por coincidência, num barco que vinha do Algarve.

O Fazendeiro, ainda furioso, leva o galo, pensando:

- Mas que raio é que eu vou fazer com este galo?

Chegando à fazenda solta o Tito no Galinheiro.

O Galo despe a camisa, atira-a para o lado e sai enlouquecido comendo as 180 galinhas de um fôlego. Pára para respirar e come as 180 de novo. Sai do galinheiro a correr e enraba o pastor alemão.

Aí o fazendeiro agarra-o, dá-lhe dois sopapos para acalmar e tranca-o na gaiola.

-Porra, este galo é um fenómeno!!, pensa o fazendeiro.

E as galinhas todas doidas só comentam que " o Tito isto ", "o Tito aquilo"... loucura total.

No dia seguinte o fazendeiro voltou a soltar o galo; o Tito sai a levantar poeira do chão, dá duas voltas ao galinheiro aviando tudo o que é buraco com penas que lhe aparece no caminho.

Sai disparado e come o cão, o porco e duas vacas.

O Fazendeiro corre atrás dele, agarra-o pelo pescoço, dá-lhe uns abanões para o acalmar e volta a fechá-lo na gaiola.

-Que galo infernal! Vai-me cobrir a fazenda toda!!!, diz o fazendeiro.

No dia seguinte vai buscar o galo e encontra a gaiola toda rebentada.

- O Tito fugiu!

Sai a correr para o galinheiro e encontra as galinhas todas de barriga para o ar, fumando e assobiando, regaladas.

Lá fora estava o porco com o rabo virado pró ar, as duas vacas deitadas no chão e a falarem das perfomances sexuais do Tito, o cachorro com a bunda arruinada e pensa:

- Ele vai comer o gado dos vizinhos, vão-me matar!

Então pega no cavalo e a galope segue as pistas deixadas pelo Tito (Cabras a suspirar, bodes a passar gelo no rabo, uma tartaruga que perdeu a carapaça na trancada, um touro a experimentar lingerie, três gazelas a coxear, um pónei sentado num alguidar com gelo, um bambi curado das hemorroidas...)

Até que, de repente e à distância, vê o Tito caído no chão. Uma cena tristíssima!!!

Os abutres já voam em círculos, a babar-se com fome.

Quando viu os abutres o fazendeiro entendeu a situação.

- Nãããããooo, Titooooo.... Morrreeeeuuuuuu o Titoooooo! E logo agora que eu tinha encontrado um galo de verdade....

No meio destas lamentações, cuidadosamente o Tito abre um olho, olha para o fazendeiro e, assinalando os abutres, pisca-lhe o olho e diz:

- SShhhhhhhh! Cala-te...deixa-os pousar

Dia 174/resto da vida (30.08.2024)

 


Hoje ao final do dia fomos com a melzinha dar uma pequena caminhada, ela fazia chichi e eu apanhava um pouco de ar...

Rápido demos a volta ao quarteirão, e já estávamos a chegar a casa quando me apercebi que foi muito fácil.

Antes do transplante para fazer esta volta tinha que parar a descansar várias vezes.

Depois do transplante também não era fácil,  mas a verdade é que dia após dia é mais fácil e rápido.

A esta facilidade não será alheio o facto de antes o meu coração estar doente, e por me cansar bastante evitava fazer caminhadas, e agora além de ser com  um coração saudável,  também todos exercícios que tenho feito para aumentar a resistência estão a resultar .

E assim devagarinho, dia após dia, começo a sentir as melhoras, o efeito de vitória sobre todas as tormentas!

Gratidão meu Deus, por esta oportunidade!

Apesar de sentir ainda várias contingências causadas por todo este processo, a verdade é que já vivi estes 174 dias desde o meu REnascer!

Nada é por acaso, e nada será em vão

Vamos lá então entrar no fim de semana com a certeza que Deus vai  Renovar a RE(força), o RE(foco) e o RE(nascer) !

#by AnaGomes