9/24/2024

Fernando Neto relembra... Rosa Lobato de Faria

 


"Se eu morrer de manhã

Abre a janela devagar

E olha com rigor o dia que não tenho

Não me lamentes. Eu não me entristeço.

Ter tido a morte é mais do que mereço

Se nem conheço a noite de que venho.

Deixa entrar pela casa um pouco de ar

E um pedaço de céu

O único que sei.

Talvez um pássaro me estenda a asa

Que não saber voar

Foi sempre a minha lei.

Não busques o meu hálito no espelho.

Não chames o meu nome que não venho,

E do mistério nada te direi.

Diz que não estou se alguém bater à porta.

Deixa que eu faça o meu papel de morta

Pois não estar é da morte quanto sei... "

Rosa Lobato de Faria

In "Poemas Escolhidos e Dispersos"

Jorge Ferreira - 7 fotos do incendio no Folhadal

 







22 DE SETEMBRO - DIA MUNDIAL DA LEUCEMIA MIELOIDE CRÓNICA: UMA LUTA PELA VIDA


No dia 22 de setembro, o mundo se une em conscientização sobre a Leucemia Mieloide Crónica (LMC), um tipo de câncer do sangue que, apesar de seu avanço lento, afeta principalmente adultos acima dos 50 anos. Essa doença, marcada pela presença do cromossomo Philadelphia, desafia vidas, mas também revela histórias de superação.

Este dia é um apelo à importância do diagnóstico precoce e à busca por tratamentos eficazes, que trazem esperança a muitos pacientes.

Com o avanço da ciência, novos tratamentos estão a transformar a vida de quem convive com a LMC, trazendo a possibilidade de uma vida longa e com qualidade.

Hoje, mais do que nunca, é crucial que todos participem deste movimento de consciencialização e apoio.

Compartilhe informação, incentive a realização de exames e esteja ao lado daqueles que enfrentam essa batalha.

Juntos, podemos vencer a LMC!

Fiquem bem!

João Manuel Magalhães Rodrigues Fernandes

UMA HISTÓRIA DE GLÓRIA E EMOÇÃO: O LEGADO DO PENTACAMPEONATO DO FC PORTO


Neste ano de 2024, assinalamos uma das mais gloriosas conquistas do futebol português, o 25.º aniversário do Pentacampeonato do FC Porto. Uma data que marca um capítulo de ouro na história do desporto nacional e que nos lembra a força, a união e a mística de um clube que soube transcender os seus limites e atingir a imortalidade no panorama do futebol.

Reunidos no Museu FC Porto, nomes como João Pinto, Rui Barros, José Semedo e Fernando Bandeirinha, pilares dessa época inesquecível, voltaram a sentir o calor das vitórias e a emoção que cada jogo trouxe aos adeptos e à cidade.

Em cada palavra, em cada memória partilhada, ficou patente a grandeza do feito.

João Pinto lembrou a tragédia que marcou essa jornada de conquistas – a perda de Rui Filipe. Um jogador que deixou uma marca profunda e eterna no clube.

A sua força e espírito guiaram o plantel em direção ao título, como se cada vitória fosse uma homenagem ao seu legado.

Este é um dos momentos que reforça a verdadeira essência do futebol: uma história de superação, de companheirismo e de um amor incondicional ao clube.

Rui Barros recorda-nos que o futebol é feito de sonhos, e o penta foi a realização de um que parecia inatingível.

As memórias dos adeptos que enchiam as ruas de Porto para celebrar cada vitória demonstram como o futebol não é apenas um jogo, mas um movimento que une gerações, famílias, e que deixa um legado que transcende o tempo.

José Semedo e Fernando Bandeirinha destacaram as dificuldades e os sacrifícios que tiveram de enfrentar, desde lesões até o papel menos visível que alguns jogadores desempenharam, mas que foram igualmente fundamentais para o sucesso da equipa.

O futebol, tal como a vida, é feito de momentos altos e baixos, mas é o esforço coletivo que constrói vitórias imortais.

O FC Porto, está a celebrar os 25 anos dessa conquista, esta grande instituição faz um convite a todos os adeptos, jovens e veteranos, a relembrarem o que significa ser parte da família FC Porto.

Esta exposição temporária no Museu do clube é uma viagem no tempo, um convite para reviver os momentos de glória e para perceber que a grandeza do FC Porto não reside apenas nos troféus, mas na força do seu espírito.

Este foi um marco histórico. Venha reviver a  paixão que moveu esta equipa, os jogos inesquecíveis e as histórias de luta e vitória.

Mais do que um tributo ao passado, esta celebração é uma nota sobre a força de um clube que continua a fazer história dentro e fora das  quatro linhas.

Parabéns, FC Porto. Viva o espírito do penta!

João Manuel Magalhães Rodrigues Fernandes

POLÍTICA COM SERIEDADE: O FUTURO DE PORTUGAL DEPENDE DE UM ORÇAMENTO RESPONSÁVEL


Em tempos em que o país enfrenta desafios cruciais, o impasse político em torno do Orçamento de Estado surge como uma sombra que ameaça o progresso e o bem-estar de todos os portugueses.

O cenário atual, em que o Primeiro-Ministro e o líder da oposição endurecem as suas posições, é um claro sinal de que a política tem de reencontrar o seu caminho.

É um momento em que mais do que nunca, precisamos de líderes que coloquem o país à frente dos interesses partidários, e parece-nos que isso não está acontecer.

Com tantos desafios por resolver, na saúde, educação, economia, e justiça social,  Portugal não pode ficar refém de jogos políticos.

O Orçamento de Estado é mais do que um documento técnico; é o reflexo das prioridades da nação e da capacidade dos governantes de trabalhar para o bem comum.

A falta de consenso não afeta apenas os políticos,  mas sim milhões de portugueses que esperam respostas concretas para as suas vidas.

O chumbo do orçamento de estado representa uma crise política, mas não só, também económica, não podemos esquecer que vivemos numa conjuntura de exceção e de grande importância para o país, que é o PRR.

Mesmo assim, o sinal que nos expressam e anunciam neste momento, é de que o orçamento não será viabilizado.

A política deve ser um ato de cedência, de responsabilidade, de compromisso. A oposição e o governo têm de demonstrar seriedade, encontrar pontos comuns e avançar com as reformas necessárias, inspirando-se nos exemplos de maturidade política que vemos em outros países europeus.

Afinal, não podemos continuar num ciclo de eleições sucessivas que, longe de resolverem os problemas, apenas alimentam a desilusão dos cidadãos com o sistema democrático.

Portugal precisa de um orçamento, de estabilidade, de soluções. É imperativo que o debate parlamentar seja conduzido com responsabilidade e que a democracia mostre a sua força através do diálogo, da negociação, e não da imposição ou da estagnação.

O apelo é claro: é tempo de agir com seriedade, de colocar os portugueses e o país em primeiro lugar.

Este é um apelo a todos: façamos da política uma ferramenta de progresso, não de divisão. Seja na bancada do governo ou da oposição, a responsabilidade é de todos.

Que se faça política com a dignidade que ela merece.

João Manuel

Amarelo Silvestre


Há uma cantiga do Chico Buarque que, curiosamente, junta bem os dois temas dos Diários de uma República do ano passado, que ainda circula, e do do próximo ano, que começa a preparar-se agora. Na Construção de Buarque canta-se:

Subiu a construção como se fosse máquina

Ergueu no patamar quatro paredes sólidas

Tijolo com tijolo num desenho mágico.

Não sabemos bem quantos tijolos é preciso empilhar para construir uma casa de 3060 metros quadrados, mas os desenhos e a poesia das mãos que os empilham são mágicos como se canta aqui. Ainda sobre a residência artística do Diário de uma República III, em Nelas, que aconteceu entre o dia 16 e até ontem, o Fernando Giestas, que esteve com o Nelson d'Aires, conta-nos tudo mais um par de notas sobre o que ouve sobre a habitação num país com tantas casas vazias e, ainda assim, tantas por erguer.

Notas de Campo II

A cara dele está por todo o lado.

Ele vive no Bairro dos Operários.

Eles fizeram marquises atrás da casa.

Ele abdicou do quintal para construir mais uma divisão da casa.

Ele diz que quer mudar o telhado da casa, para o ano, se ainda cá estiver.

Ele diz que a Câmara não devia ter autorizado a fazer esta obra.

Ele deixou a cama por fazer.

Ele diz que vai fazer o almoço.

As três filhas dele estudaram naquela escola que já não funciona.

Ela apanha medronhos.

A cara dele está por todo o lado.

Ele diz que acorda com os corações.

Ele diz aqueles “Vês” debaixo da janela são o “V” de vitória dos Aliados.

Os primos não se entendem e a casa está a ir abaixo.

Ele diz o meu avô comprava sempre dois móveis iguais.

O castelo que o pai fez está no quarto dele.

Ele trouxe o castelo para esta casa na mala do carro.

Ele mostrou-nos a contracapa do álbum dos Téléphone: 3 homens e 1 mulher nus. Os homens têm vulva em vez de falo. Cospe o teu veneno, assim se chama o álbum de 1979.

Ele deu-lhe um vinil dos The Kings e uma capa da Joni Mitchel.

Ela diz a casa estava desabitada e os jovens vinham para aqui partir vidros.

Estão a passar quatro canadairs.

A cara dele está por todo o lado.

Pedro S. Ramos mostra-nos Canas de Senhorim de noite e de dia (parte 17)

 





As “Aguarelas” do Júlio F. Rodrigues

 



Dia 198/resto da vida (23.09.2024)

"Para cada pôr-do-Sol, há um dia que surge.


Para cada sonho que acaba, há um que nasce.

Para cada porta que se fecha uma abre-se.

Por cada amor que acaba, mais um começa.

Para cada fim, há um novo começo.

Para cada partida, há uma chegada.

Para cada derrota, há uma revanche.

Nada nunca acabou enquanto há a vida."

Paulo Coelho

Que assim seja meus queridos REnascidos!

Que a cada pôr-do-Sol aumente o nosso sonho e a cada dia recebamos o bom que merecemos!

#by AnaGomes