8/18/2024

SOLIDARIEDADE EM CHAMAS: UNIÃO E RESPEITO EM TEMPOS DE CALAMIDADE

 


Em tempos de calamidade, como os incêndios que assolam a Madeira, a solidariedade e a união devem prevalecer sobre todas as diferenças.

Não podemo-nos permitir ser arrogantes ou esquecer que, como seres humanos, dependemos uns dos outros.

Em momentos críticos, o que a população mais precisa é de apoio, não de discursos demagógicos que apenas alimentam divisões.                      

É lamentável que alguns políticos tentem aproveitar-se de uma situação tão dramática para tirar proveito pessoal.

A dor e o medo das populações não podem ser usados como ferramenta de propaganda/campanha política; essa atitude é indecente e imoral.

Precisamos de liderança que inspire confiança, que una as comunidades e que se concentre no bem-estar de todos.                     

Neste momento difícil, não devemos renunciar às ajudas, sejam de onde forem. Vivemos em comunidade, e todas as ajudas são bem-vindas e necessárias.

O nosso agradecimento sincero vai para todos os que, de perto ou de longe, estendem a mão em solidariedade para combater este flagelo.

Que Deus proteja a população da Madeira e que o esforço conjunto de todos os envolvidos seja abençoado.

Este é um apelo à consciência coletiva: precisamos nos unir, valorizar cada esforço e priorizar o bem comum acima de interesses pessoais.

Que a força dos madeirenses e a solidariedade dos portugueses se sobreponham às adversidades e que juntos possamos superar este desafio.

Vamos erguer a cabeça, fortalecer o espírito de comunidade e continuar a lutar, com respeito e dedicação, pelo bem de todos.

João Manuel Magalhães Rodrigues Fernandes

Pormenores do colaborador "Nelas Vista por Mim"




 

Fazer ver



É só para informar 

O que não se pode dizer

É só para revelar

Que tem muitas formas de viver


Não importa o aperto

Se existir força no coração

Tudo dará certo

Mesmo sem mostrar aos críticos de plantão 


Quando revelam o que não se pode

Não escolhem as nossas opções

Tentam nos dar um bigode

No gosto que têm das provocações 


O que importa não é o que os outros querem

E tanto falam nos seus fracassos

Deixa-os estar para verem

Como se desfazem e apertam os laços 


José Gomes Ferreira

A morte de Sílvio Santos



Não é normal a morte de um comunicador e empresário brasileiro ter tanta repercussão em Portugal, mas no caso de Sílvio Santos não chega a fazer jus ao seu exemplo. Por outro lado, o facto de estar ligado ao mundo da televisão e comunicação dão amplitude à sua morte, como deram à sua existência e ao seu enorme legado. Não vou falar do administrador do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), nem da sua mestria na condução de programas de entretenimento e diversas outras competências como homem de negócios. Vou falar um pouco desse Brasil em que Sílvio Santos foi vencedor.

O povo diz que quem tem unhas é que toca viola, mas, por vezes, alguns exemplos mostram que não deveremos perder a esperança. Sílvio Santos não tinha unhas, mas tocou todos os instrumentos, representa um Brasil que para muitos não existe mais, se é que existiu. Comparando com o sonho americano (dos EUA), representa o sonho brasileiro, de quem começa por baixo e vence na vida. Mais ainda, como descendente de imigrantes e judeus sefarditas, mostra igualmente que esse sonho brasileiro estava ao alcance de todos.

Num pais de profundas desigualdades e marcado por mordomias coloniais, o percurso de Santos é único também na ética e na vontade em se entregar à transformação brasileira. A forma como preparou a morte reflecte isso mesmo. Rejeitando pompa, reforçando o papel da sua televisão junto das crianças, traduzindo a partida num gesto doce de quem todos reconhecem. Santos nas suas várias actividades chegou a todos, foi inclusivo. Teve olho para transformar tudo em negócio e agregar

Não pensem que esta postura é normal pelos trópicos. Prevalece o jeitinho, a presunção da posição hierárquica e de classe, a informalidade como contrapoder, a narrativa da origem europeia na genealogia pura, a narrativa do "sabe quem eu sou?", o esbanjar de recursos para actos públicos duvidosos, mas a fazerem lembrar as celebrações do Império. Sem esquecer, nos últimos anos, a intolerância política e religiosa. A repulsa por pobre é congênita. Homem que se preza deve ter maneiras, ser "cheiroso" e frequentar os melhores locais.

JUSTIÇA CEGA, MAS SÓ PARA ALGUNS: A DESIGUALDADE NO TRIBUNAL DA VIDA

 


Num país onde a justiça deveria ser o alicerce da igualdade, as longas décadas de espera por julgamento em casos de grande visibilidade levantam questões perturbadoras sobre a real imparcialidade do nosso sistema.

Como pode a Justiça erguer-se como símbolo de equidade quando cidadãos comuns observam, perplexos, a interminável novela jurídica de figuras poderosas, como o caso Sócrates?

Décadas passam-se, crimes prescrevem, e a sensação de impunidade instala-se, corroendo e desgastando a fé dos cidadãos num sistema que deveria protegê-los.

O cidadão comum, que se vê esmagado pelo peso da burocracia e das despesas jurídicas, só pode perguntar: existe realmente uma justiça igual para todos?

Ou vivemos num sistema onde a riqueza compra tempo e, eventualmente, a liberdade?

Os intermináveis recursos e manobras legais disponíveis apenas para quem pode pagar criam uma ferida profunda na credibilidade do sistema jurídico, fazendo-nos questionar se a balança da justiça está, de facto, equilibrada.

É hora de repensar o nosso sistema de justiça, exigir transparência, celeridade, e garantir que a justiça não seja um privilégio dos ricos, mas um direito fundamental para todos.

Porque um país que permite a justiça para uns e a impunidade para outros, não é um estado de direito, mas uma sociedade cega pela desigualdade.

A justiça deve ser para todos, sem exceções. E é este o grito que devemos erguer, pela dignidade de um sistema que verdadeiramente proteja e sirva  todos os cidadãos.

João Manuel

Catarina Fonseca nas "Onda da Poesia"

 


Sabe-me a pouco

o café gelado

em chávena nova.

E que bom seria

um raio de sol.

À sobremesa

palavras leves e silêncios agudos.

Memória curta e indelicada

da lição de piano à beira da estrada.

E era uma casa

Agora uma asa

um redondo desabafo de amores perfeitos

no centro da rua

talvez um sopro de vento a varrer-me as faces,

acordando histórias vazias de gente.

Pardais entre ausências

saltam das cuidadas roseiras.

Fecham-se os portões

no silêncio dos campos.

 

Catarina Fonseca

17 de agosto de 2021

Dia 161/resto da vida (17.08.2024)

 


Meus Queridos

Tenho feito ao longo destes últimos dias o que durante algum tempo pensei nunca mais poder fazer...

Ou porque poderia não sobreviver ao Transplante, ou porque pensava que a minha condição médica não iria permitir.

Felizmente as coisas têm sido um pouco diferentes, embora não sendo fáceis,  mas a pouco a pouco vou tendo essas oportunidades que julgava não voltar a ter.

Se tudo vai continuar a melhorar? Não sei...

Se vou ficar livre de todos estes transtornos e cuidados? Não,  nunca.

Mas pelo menos sei que vivi um milagre e que ainda sigo nesta jornada dia após dia.

Sejamos todos nós REnascidos, a continuar no bom caminho, e que a nossa vida melhore a cada nova oportunidade de cada dia.

Gratidão a todos que continuam a enviar força e esperança dia após dias.

Que chegue este novo domingo com esperança de que Deus  vai continuar a  ajudar a renovar a RE(força), o RE(foco) e o RE(nascer) !

#by AnaGomes.