7/13/2024

Catarina Fonseca nas "Onda da Poesia"

 



Fortaleza de opiniões – Cristiano Ronaldo (parte I) opiniões de Carlos Silva e Carlos Alves

 


Na  sua opinião deverá Cristiano Ronaldo continuar na Selecção Nacional de Futebol?

Carlos Silva - Na minha opinião a resposta é NÃO, o Cristiano Ronaldo é sem dúvida um ícone do futebol, um jogador que marcou uma era em Portugal e no Mundo, mas tudo tem um fim, e o CR7 merece sair pela porta grande sem se andar a arrastar no campo, e dar lugar a novos jogadores, como se viu neste Europeu sem golos, e o Gonçalo Ramos no banco,   e sim está na hora de abandonar...

Carlos Alves - RONALDO, SELEÇÃO, SIM OU NÃO, sem qualquer dúvida o melhor jogador de futebol português de todos os tempos e de certeza estará entre os dez melhores do mundo de sempre. Muitos dirão que os tempos são outros, as condições muito diferentes para melhor, as técnicas de treino e as metodologias também muito mais bem planeadas e organizadas, assim como os cuidados com a alimentação, mas tudo isso é muito importante, mas só conseguem os feitos de Ronaldo os predestinados e os obstinados.  Concorde-se ou não com o as escolhas do selecionador, penso que não haveria nenhum treinador com um mínimo de dignidade que pusesse um futebolista a jogar, apenas porque ele se chama Ronaldo e não pela sua mais valia pela abnegação e tudo o que ele demonstra dentro das quatro linhas. Jogadores como Ronaldo ou outro qualquer fora de série aparecem de muitos em muitos anos e claro que por questões clubistas às vezes as análises que lhes são feitas não são totalmente isentas. Claro que as capacidades físicas do Ronaldo já não são iguais às que possuía à cinco ou dez anos atrás, mas o selecionador tem saber olhar para o que vê e quem tem e decidir em conformidade e aí eu pergunto: tem Portugal algum jogador neste momento capaz de desempenhar melhor a sua função? O adeus à seleção não estará muito distante, mas Ronaldo de certeza saberá fazê-lo, mas não caíamos no erro de não sermos reconhecidos e gratos pelo que ele tem feito por esse mundo fora e reconhecido por milhões como um desportista de eleição um exemplo para os mais jovens e  elevado o nome de Portugal. Deixem que seja o Ronaldo a decidir quando deve deixar de jogar na seleção, ele já demonstrou muitas vezes o quanto ama a camisola das quinas, para que tenhamos dúvidas das suas intenções.

Festas de Verão

Trazem luz e cor

Barraquinhas de petiscos

Stands de exposição

Levam pessoas das aldeias 

Emigrantes e viajantes

Parentes e apaixonados

Algumas cheiram a sardinha assada

Outras mostram adubos e tractores

As festas de verão chegam a todos os lugares

Algumas são livres, são para o povo se divertir

Nas outras a bilheteira é quem manda

Ainda assim o que mais marca não é a cor da pulseira

Mas os ritmos dos artistas escolhidos

Tem os grandes festivais, que escolhem artistas de outra fama

Raramente se repetem as festas para dançar 

Querem artistas para fazer bater o coração

Chamam famosos da televisão 

Nem todos sabem cantar como o povo gosto

As festas nas aldeias eram as mais aguardadas

O amor poderia acontecer nas escolhas da noite

Slow agora não é nada, outrora era balada

Corpos colados e olhos fixos a esconder a multidão 

E o Verão de calor intenso a pedir um brinde


José Gomes Ferreira

Cultos e endeusamentos..!!

 


O meu velho amigo, de que tenho falado com justificado orgulho, enviou-me este pequeno texto, não sem que primeiro procurasse ter a certeza de que eu o iria entender...

Sabes, Sampaio, muitas pessoas praticam o culto da personalidade. Não sabendo bem porque o fazem, vêm estendido ao sujeito muitas vezes cicatrizes de alguma deceção pessoal..

Eu lá fui adiantando. Sabes que algumas vezes esse culto é justificado, quanto mais não seja pelo sentido de reconhecimento por isto ou por aquilo.

Mas a isso chama-se dever de gratidão, o que não é concerteza a mesma coisa.

Olha,adiantou, deixo-te aqui um pequeno exercicio que fiz há alguns dias atrás.

“Há uns anos existia um cirurgião de renome internacional. As suas operações, bem dificeis, eram geralmente coroadas de êxito. Certamente que da sua equipa  obtinha ajuda insubstituível. Mas eram as sua mãos , as suas milagrosas mãos, como alguns diziam, que faziam acontecer o milagre, os milagres.

Contudo, com o passar dos anos a sua infabilidade começou a diminuir. Viam nas suas mãos alguns pequenos sinais de tremura. Os seus olhos já não tinham a luz que iluminava as suas intervenções.

Mas ainda assim poucos questionavam a sua posição no bloco operatório. Aqui e ali talvez algum pequeno sinal de inquietação, não mais do que isso.. Mas a devoção que a generalidade das pessoas continuava a atribuir-lhe ia protelando no tempo aquilo que seria inexorável. .

Todavia o quase endeusamento pelo senhor, fazia com que esse momento tardasse e fosse adiado..

Até que um dia, mau grado alguns reparos, o senhor doutor falhou. Não uma, nem duas vezes. Mas muitas vezes. E com esses falhanços aconteceram perdas de vida...Que iam sendo justificados com todo o resto, incluindo tudo o mais

E então aconteceu o que seria antecipável..

Os seus seguidores, mais cegos que ele, continuavam, a bajulá-lo. E as vitimas continuavam a acontecer...

E então, um certo dia, acordei...

Tudo não tinha passado de um mau sonho...”

Percebeste, meu caro Sampaio?

Fiz o meu melhor, porque também eu já quase idolatrava o grande cirurgião. Mas não foi difícil

dizer-lhe que sim. Tinha percebido muito bem o meu caro amigo.

 

E com um sorriso amarelado, atirei-lhe...Não importa, afinal era apenas um sonho..

António Sampaio Fernandes

As pinturas do Nelson Santos