9/25/2024

Pormenores do colaborador "Nelas Vista por Mim"

 




DIA MUNDIAL DO SONHO: O PODER DE SONHAR JUNTOS


No dia 25 de setembro, o Dia Mundial do Sonho convida-nos a refletir sobre os nossos sonhos e a transformar ideias em realidade.

Esta data especial, criada em 2002, incentiva a partilha de sonhos, promovendo colaborações que impulsionam mudanças positivas no mundo. Sonhar é o primeiro passo para um futuro melhor, e este dia lembra-nos que podemos concretizar os nossos maiores desejos.

Motive-se, partilhe o seu sonho e faça parte de uma comunidade global que acredita na força dos sonhos para mudar o mundo!

"Você não precisa ver toda a escada, apenas dê o primeiro passo.” – Martin Luther King Jr

“Tenho em mim todos os sonhos do mundo.” – Fernando Pessoa

“O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos.” – Eleanor Roosevelt

“A esperança é o sonho do homem acordado.” – Aristóteles

“Sonhar é acordar-se para dentro.” – Mario Quintana

João Manuel

Amarelo Silvestre


Em Ponte de Sor para o segundo Diário de uma República, mas ainda a enviar postais da residência artística da terceira edição, que fizemos nos últimos dias, em Nelas, a vascular sobre o tema da habitação. O Fernando Giestas perguntou, ouviu, olhou bem, escreveu. O Nelson d'Aires foi fotografando as imagens que depois veremos feitas teatro.

Notas de Campo IV

Eles vivem no Bairro dos Engenheiros.

Ele também.

A casa deles era da empresa.

A dele também.

Eles compraram a casa da empresa.

Ele também.

A cara dele está por todo o lado.

Eles deitaram fogo à casa para tentar desalojá-los daqui.

Esta foi a primeira casa a ser construída.

Ele diz havia aqui a ruazinha.

Os pais já foram embora, mas o que o mantém aqui é o lado emocional da casa.

A cara dele está por todo o lado.

Ele diz a entrada principal da casa não é utilizada.

Ele tirou esta fotografia em África.

Ele deixou cair a máquina fotográfica no Oceano Pacífico.

A casa não tem exposição solar nas paredes principais.

A cara dele está por todo o lado.

Ele diz estas divisões são pequenas e eu gosto delas assim.

A vizinha deitou abaixo a parede entre a sala e a cozinha e ele diz que nunca vai fazer isso.


O filho deles está a trabalhar no quarto.

Eles vieram para esta casa em 1983. Não, 1985. Não, 1983. Não, 1985.

Eles dizem que o filho não quer sair daqui.

Ela diz o sol entra pelas janelas de manhã e à tarde.

Os amigos descerraram uma placa com o nome dele na travessa ao lado da casa.

Eles querem casas.

Ele diz não nos dão emprego por racismo.

Ele diz agende um protesto para nós irmos dizer à Câmara em que condições vivemos.

As pedras estão ali para que o telhado não voe.


Retrocesso



Parece que estamos cada vez mais no volta atrás 

Trazendo utopias sobre o homem bom

E sobre o significado da vivência em comunidade 

É certo que o individualismo mata

E nos desgarra da moral e compromisso 

Só que nada volta a ser como antes

Nem o antes que cabe nas representações era como se conta

Precisamos rasgar o ventre e as ideias

Em ruptura com velhas concepções 

Mas sem nunca desfazer laços e sem atropelar a memória

A política não pode ser o único caminho à transformação do homem

Nem a cobiça por dinheiro e poder 

A luta pela liberdade faz-se com empatia, fraternidade e sentimento 

Não são os egos mandantes que devem determinar obediência 

Como se o respeito fosse vassalagem ao senhor


José Gomes Ferreira

A URGÊNCIA DE UMA REFORMA FLORESTAL: O POVO MERECE RESPEITO E AÇÃO!


Já ouvimos promessas antes. Em 2017, António Costa falou em fazer uma reforma florestal que transformaria as nossas florestas e protegeria o país dos incêndios devastadores.

Prometeu mudanças, garantiu uma nova abordagem.

E onde estamos agora? As tragédias repetem-se, as promessas permanecem na gaveta e as palavras esmorecem ao passar dos dias.

Amanhã, tudo será esquecido novamente, mas o sofrimento de quem perdeu entes queridos e toda uma vida de trabalho jamais será apagado.

Os incêndios não são apenas uma catástrofe natural, são um reflexo da incompetência e da falta de respeito dos políticos que nos governam e que, ano após ano, falham em proteger o povo que os elegeu.

E não se trata apenas daqueles que estão no poder. A oposição, de direita a esquerda, não pode simplesmente lavar as mãos e assistir de longe. Todos têm uma palavra a dizer e uma responsabilidade a assumir.

O ciclo vicioso é sempre o mesmo: os incêndios destroem, os políticos comparecem nos funerais, fazem promessas de mudança e depois? O silêncio toma conta.

Quem perdeu familiares, quem viu os seus bens consumidos pelas chamas, fica esquecido, entregue à burocracia e à espera de um apoio que nunca chega ou que, quando chega, é insuficiente. São anos de promessas vazias, de planos que nunca saem do papel, enquanto o povo reclama e suplica por soluções reais.

É urgente uma reforma florestal verdadeira, mas mais do que isso, é urgente que os políticos voltem a ter respeito pelo povo.

Não basta palavras bonitas e discursos emocionados. É preciso ação, é preciso decisão. É preciso garantir que quem trabalha a vida toda para construir algo não vê tudo desaparecer em minutos por causa da negligência e falta de visão dos nossos líderes.

Aqueles que foram eleitos para nos representar devem estar à altura da confiança depositada.

O país não pode continuar a viver este ciclo de desespero, de dor e de destruição e da enorme, inquietante e perigosa incompetência dos políticos.

Precisamos de mudanças agora. O povo está farto de promessas vazias, de discursos de ocasião. O país exige ação, por políticas que realmente protejam as nossas florestas, as nossas casas e as nossas vidas.

Acordem, senhores políticos! Nao se sirvam da política, sirvam o país e os cidadãos! O tempo da inação já passou.

Chegou a hora de cumprirem com as vossas promessas e de finalmente darem ao povo o respeito e a segurança que merecem.

João Manuel

DIA MUNDIAL DO PULMÃO: RESPIRAR SAÚDE E VIVER MELHOR


As doenças pulmonares são hoje a terceira principal causa de morte no mundo. Neste Dia Mundial do Pulmão, refletimos sobre a importância de cuidar dos nossos pulmões.

Dizer não ao tabaco, vacinar-se, respirar ar puro e praticar exercício físico são passos essenciais para garantir uma vida saudável.

A saúde respiratória deve ser uma prioridade para todos, não apenas para evitar doenças, mas para viver com mais qualidade de vida.

Cuide dos seus pulmões, cuide de si. Juntos, podemos respirar melhor e viver melhor!

João Manuel

Amarelo Silvestre


Como é habitual, o Fernando Giestas escreveu-nos as suas notas de campo da residência artística do Diário de uma República III, em Nelas. Sobre a habitação, tema com todos os direitos tão rasgados como no papel, numa semana de caos também perto de nós, também longe de nós, em que muitos dos que conhecemos e dos que nunca vimos, tiveram de se colocar entre as suas casas e o indizível.

As notas do caos:

Há uma névoa de fumo no ar denso.

Há pessoas de máscara na boca e no nariz.

Há faúlhas no ar.

Diz-se faúlhas, fagulhas ou fopas?

Ele diz que a fagulha vinha incandescente quando caiu.

Será que a estrada está cortada por causa do fogo?

Estão aqui bombeiros de Avis, Ponte de Sor e Alter do Chão. 

Grou é uma ave.

Ela diz os grous vinham aqui beber água.

Este lar é privado. A mensalidade está ao nível de uma renda em Lisboa ou Porto.

O gato Tutu entra e sai.

Elas partilham um apartamento.  

Ela diz a minha irmã tem sido a minha mãe e é mais nova do que eu.

Ela chama-se Águeda.

Ela diz 86 já cá cantam.

Ela vem de Rio de Mel.

Ele diz fugi a salto, com um passador e trabalho prometido. O passador levou-me 7 contos e, quando chegámos lá, ele fez-me assim (e, ao dizer fez-me assim, ele faz um pirete).

Ela comprou apartamento, em 1998, por três mil contos. Hoje, o apartamento vale 300 mil euros.

Ela diz eu sofri um bocado para aprender a ladrar. Ladrar, para ela, é falar luxemburguês.

Ele diz as máquinas fazem a maior parte do trabalho na apanha das uvas.

Ele diz eles foram proibidos de apanhar uvas à noite, porque as máquinas sugavam pássaros.

No fim-de-semana o hotel estará cheio, se não houver cancelamentos.

O fogão é Meireles.

O guarda diz que não dá para passar.

Eles defendem a casa.

Dia 199/resto da vida (24.09.2024)


REnascidos do meu coração

Sintam esta reflexão, permitam-se sentir com o coração e viver com emoção! Sejamos livres para sentir sem receios nem medos.

"É preciso ter cuidado para não nos tornarmos pessoas frias e egoístas por estarmos rodeados de pessoas assim.

É preciso ter cautela quando se trata de sentimentos, você pode ver por um ângulo, o outro de outro.

Muitas vezes estamos feridos e machucados que qualquer palavra mal colocada se torna o veredito final.

Estamos a espera de um bom dia, de um SMS caloroso, de uma atitude... Mas nos esquecemos que também não o fazemos!

Ser alguém sensível nesse mundo cruel cheio de interesses é ter que se defender o tempo todo. Não querer se magoar ou sofrer, com isso acabamos colocando uma armadura para que nada ou ninguém nos atinja. Conseguimos? Sim. Para as desilusões, até que nos precavemos.

Mas, para sentir o que é bom precisamos tirar a armadura e nos entregarmos... Sem medo, sem traumas, e sem delírios .

É  deixar o coração leve, livre e aberto para as coisas que são de coração!!!"

Autora Thaís Fernanda

Que o amanhã nos traga mais sabedoria e confiança para ultrapassar todas as dores  que teimarem em permanecer na nossa vida!

#by AnaGomes

Paulo Seco e a sua consciência


Até onde o Crime vai ficar sem Punição

Nas últimas semanas, para não dizer últimos meses, o nível de criminalidade tem aumentado sem precedentes em plena Cidade de Coimbra.

A recorrência de assaltos à luz do dia e pela noite dentro, a habitações, espaços comerciais e até a espaços de cariz religioso, apenas se pode configurar como anarquia de segurança nesta cidade. A falta de respeito pelos bens das pessoas e a falta de respeito pelo próximo, tem destas nefastas consequências.

Ainda mais vergonhoso, e volto a referir VERGONHOSO, no espaço de dias, mais dois casos de violação praticado para com mulheres, o que a um cidadão comum, como eu, apenas pode trazer vergonha na sua condição como ser humano.

No espaço de um mês, é a terceira vez que escrevo sobre estes malefícios sociais e económicos, a que a nossa sociedade conimbricense se vê a braços no seu dia a dia.

Para quando se prevê uma tomada de posição das entidades maiores sobre esta questão, CRIME SOCIAL e CIVILIZACIONAL?

Não podemos mais compactuar com este tipo de situações e de inação, e face a esta tomada de posição, fizemos chegar ao Comando da PSP e ao Comando da GNR um pedido urgente de Audição no sentido de mostrar a nossa preocupação, que é a preocupação dos cidadãos comuns.

Para que seja mais evidente, o Grupo Parlamentar do Partido Político CHEGA, deu entrada nos Serviços da Assembleia da República no dia 18 de setembro, duma pergunta à Ministra da Administração Interna sobre a Extinção da 2.ª Equipa de Intervenção Rápida do Comando Distrital de Coimbra da PSP, aguardando as suas explicações e sobretudo, as suas diretrizes para a resolução desta situação.

Não podemos mais ficar calados perante esta falta de segurança que se vive na nossa cidade e em todo o País. É demais evidente no caos e bandalheira que se tornou a nossa sociedade. Não podemos, nem eu posso a título pessoal, mais compactuar com esta sociedade sem ética, moral e desprovida de valores sociais. O restabelecimento da ordem pública é premente, não podendo ficar apenas e só por palavras, há que chegar a atos efetivos, e nisso o Ministério da Administração Interna tem responsabilidade maior.

A falta de investimento e abandono das forças de segurança no nosso País deu e dará no futuro, origem a contínuos atos de vandalismo gratuito, crimes de ofensas verbais e pessoais contínuos e a atentados à condição da vida humana como temos assistido.

Por muito que custe ouvir, lugar de bandido é na prisão.

 

Paulo Seco

(Presidente da Distrital de Coimbra)