7/14/2024

CHUPA CHUPS

 


A Chupa Chups foi criada em Espanha, em 1958, pelo catalão Enric Bernat Fontladosa (1923-2003), mas poucos sabem que o lógo é da autoria de Salvador Dali que o fez em 1968.

Salvador Dali propôs também a Bernat que o lógo ficasse colocado na embalagem de maneira a que pudesse ser lido sempre a partir da cabeça do chupa. Ainda hoje é assim.

Já se venderam mais de 30 mil milhões de "chupa-chupas", como se diz em Portugal, para designar este tipo de guloseima.

Fonte: "Pessoas e Marcas na História do Mundo", Fernando G. Blázquez, Livros D'Hoje, 2014

Cenas pitorescas - descasca do milho

Tem água fresca no poço 

Onde penduro um pequeno garrafão

O vinho humedecerá as gargantas

E o canto pode seguir-se a uma recordação 

Um redemoinho leva pó e folhas soltas

Faz girar panos e plásticos de cobertura

O vento suão traz uma corrente de calor

Escutam-se os pássaros na circunstância 

Chego a colocar alguns costilos ao fundo do terreno

Agarro algumas bichas do milho numa lata

Uso-as como isco para os tralhões

As canas do milho foram cortadas e amontoadas pela manhã 

A palha está áspera, uso o regador para a amaciar 

As mulheres aglomeram-se em redor do amontoado 

Na família e vizinhança tem sobretudo mulheres

Um ou outro idoso participa da descasca 

Sou eu que despejo os baldes e sirvo algo para beber

Sou eu que carrego os sacos cheios de espigas

Subitamente o alvoroço, alguém encontrou uma espiga vermelha 

Segue a tradição, vai de roda com beijos e abraços 

Assim seguimos de monte em monte

Mesmo com o Sol já posto na luz que fecha o dia


José Gomes Ferreira 

A MUDANÇA NO TABULEIRO POLÍTICO: O FUTURO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

 


Na grande entrevista de esta semana, Sebastião Bugalho lançou uma análise que repercute com a actual conjuntura política de Portugal.

A saída de António Costa para o Conselho Europeu abre um novo capítulo no panorama político nacional.

Uma análise curiosa, fundamentada e repleta de racionalidade sugere que o centro-direita pode, afinal, aspirar a manter a Presidência da República, visto que Costa, ex-primeiro-ministro, era considerado um forte candidato a esse cargo.

A política é, por vezes, um jogo de xadrez, onde cada movimento pode alterar drasticamente a trajetória dos acontecimentos.

A ida de António Costa para o cenário europeu não é apenas um movimento estratégico para a sua carreira, mas também uma deslocação significativa no quadro político português.

Este movimento oferece uma nova perspetiva e esperança para o centro-direita, que vê uma oportunidade real de se consolidar na presidência.

Imagine-se a política como um grande teatro, onde cada ator desempenha um papel fundamental no desenrolar do enredo.

António Costa, com a sua presença carismática e liderança firme, era uma figura central, um protagonista cujo potencial para a presidência era quase incontestável.

A sua saída deixa um vazio que inevitavelmente será preenchido, mas por quem? E como?

O centro-direita, que há muito observa o cenário com estratégia e paciência, vê agora uma janela de oportunidade.

A ausência de Costa pode significar um campo de batalha mais equilibrado, onde as suas aspirações presidenciais não são uma utopia distante, mas uma possibilidade tangível.

É uma oportunidade de redefinir o rumo político do país, de trazer novas ideias e abordagens para a liderança nacional.

Contudo, este cenário não trata apenas de estratégias políticas, mas também de visões para o futuro de Portugal.

A disputa pela presidência transcende a simples ocupação de um cargo. É uma batalha de ideais, de projetos para o país, de como melhor servir os interesses dos portugueses.

O centro-direita, agora com renovado vigor, deve apresentar não só candidatos, mas também soluções que repercutam com as necessidades e aspirações da população.

Há uma lição pedagógica poderosa neste contexto: a política é dinâmica e imprevisível. Ensina-nos que mudanças inesperadas podem abrir portas antes consideradas fechadas.

A partida de António Costa para o Conselho Europeu ilustra como um único movimento pode reconfigurar todo o cenário político, criando novas oportunidades e desafios.

Para os cidadãos, esta é uma oportunidade de refletir sobre o que desejam para o futuro do país. É um momento para envolver-se, para ouvir, para participar ativamente no processo democrático.

A presidência da República é mais do que um símbolo; é uma posição de influência e liderança que pode moldar o destino da nação.

Por consequência, enquanto nos preparamos para os próximos capítulos desta narrativa política, lembremo-nos de que cada decisão, cada voto, cada voz conta.

O centro-direita tem agora uma excelente ocasião de se afirmar, mas o verdadeiro poder reside na vontade do povo.

E é essa vontade que, em última instância, determinará quem ocupará a presidência e como Portugal avançará para o futuro.

Até lá, correrá muita água...

Fiquem bem, um Santo e Feliz dia!

João Manuel Magalhães Rodrigues Fernandes

Meu querido mês de Agosto

Meu querido mês de Agosto, de tantas lembranças e desejos

Sei que estás para chegar e ainda não me preparei

Este ano não poderei ir aos bailes nas aldeias

Também não vou ver o Tony Carreira

Nem os políticos a saltar de alegria 

Não vou conseguir integrar o regresso dos emigrantes 

Faz muito tempo que não vejo o Sud Express cheio deles

Não ficarei à conversa nas tuas noites longas

A famosa sesta após almoço terá de ser adiada

São tantos os abraços que ficam em falta 

Gostava tanto de ti no meu tempo de adolescente 

Trazias chocolates e roupa nova

Trazias temporariamente os meus pais 

Geravas deliciosas espigas no milho verde

As uvas ganhavam pintor e ficavam maduras 

O próprio milho seguia dos lameiros para as lajes

Figueiras, pessegueiros e pereiras carregavam de fruta

As batatas eram retiradas da terra e davam lugar à couve portuguesa 

Tenho tantas saudades tuas, do som das cigarras e dos grilos

Das noites estreladas e do pensamento desprendido 


José Gomes Ferreira