10/04/2024

Paulo Seco e a sua consciência

 


Em Defesa do Hospital dos Covões

Coimbra desde sempre, se pautou pelo bem-estar das pessoas e especialmente, por ser uma cidade de referência no que aos cuidados de saúde diz respeito. O que em 1932 começou por ser um Hospital Sanatório, contemplando 100 camas para tratar pessoas com problemas de Tuberculose, passados 40 anos, com a sua readaptação e reajustamento originou um hospital de referência, com 300 camas, que atendia as necessidades de grande parte da região centro do país. Alguns foram os seus serviços de referência, como Cardiologia, Pneumologia e Laboratório de hemodinâmica, mas que, com a reorganização dos serviços centrais dos Hospitais da Universidade de Coimbra vieram fazer com que a vida desta unidade de saúde passasse por momentos aflitivos, quer para os seus utentes, quer para os seus quadros clínicos.

Quando há muito se deveria trabalhar, no sentido da abertura duma 3.ª Unidade Hospitalar em Coimbra de referência nacional, continuasse a desmembrar, desmantelar e sobretudo desrespeitar quem nela todos os dias emprega todo o seu saber e o seu esforço profissional.

Já em 2020 e 2022, estivemos associados e presentes em iniciativas em defesa do Hospital dos Covões, tendo inclusivamente defendido em plena Assembleia da República a Autonomia do Hospital dos Covões, como Hospital Central de complementaridade diz respeito. É público, que todo este processo de reestruturação operado pelo Governo Socialista apenas adensou ainda mais a desorganização dos serviços, a baixa capacidade de assistência, o aumento da conflitualidade e degradação das condições laborais e sobretudo, a inquietação das populações no que à ida aos CHUC diz respeito, devido às horas e horas à espera por serem atendidas.

Não podemos continuar a assobiar para o lado, quando em 2022 o próprio Partido Socialista votou contra a Autonomia do Hospital dos Covões e correspondente fusão com os CHUC, bem como, o chumbo que operaram no reforço à capacidade assistencial do SNS em Coimbra.

Quando sempre se colocaram no pedestal como os pais do atual SNS, como estará a rolar na “tumba” o progenitor ao assistir a esta degradação a olhos vistos.

Na semana passada, com a notícia do encerramento das Urgências a partir de hoje (01/07/2024) entre as 20h e as 8h do dia seguinte no período de verão, o descalabro vai ser total.

Face a esta calamidade, o Partido Político CHEGA do Distrito de Coimbra, estará e mostrará todo o seu apoio a todas as iniciativas que ocorram como forma de protesto, bem como encetará todas as medidas necessárias na Casa da Democracia, para que seja medida de encerramento das Urgências seja anulada.

 

Paulo Seco

(Presidente Distrital de Coimbra)

Dia 208/resto da vida (03.10.2024)


E chegou ao fim este dia!

Amanhã se verá o que nos espera.

Que Deus com o seu poder se encarregue de nos oferecer dias melhores sem sofrimento, sobressaltos e ansiedades...

Gratidão a ele e a todos os REnascidos que tanto me têm apoiado e dado forças!

Que eu saiba retribuir em dobro!

Estou bem, dentro do possível e amanhã estarei melhor.

Esperança e fé em dias melhores!!!!

by AnaGomes

RE(foco) e o RE(nascer) !

by AnaGomes.

As “aguarelas” do Júlio Rodrigues

 


Santa Marta Light, Portugal

Micron 03 pen, Crazy Ideas Sketchbook, page 79


Pedro S. Ramos - Feira Medieval (tudo pronto)

 




Prefeito não é necessariamente perfeito, ida a votos no Brasil


No próximo Domingo o Brasil vai a votos em eleições municipais que prometem ser muito disputadas e já têm deixado marcas de violência e da chamada compra de votos, nada fora do normal. Aliás, não vamos apontar o dedo ao Brasil sem olhar para Portugal. Valentim Loureiro nos seus tempos de autarca ficou com a mesma fama.

A organização político-administrativa brasileira é um pouco diferente da nossa, aproximando-se dos EUA. Podemos sempre fazer críticas, da minha parte tenho defendido em aulas e palestras a necessidade de revisão da Lei Eleitoral e do chamado Pacto Federativo. A lei eleitoral por vários motivos, incluindo a maior integração dos candidatos a "vereadores" (os nossos deputados municipais) nas fileiras dos partidos. Mas também, ou sobretudo, uma aproximação a outros modelos que reforcem as prefeituras quanto a técnicos municipais (aqui ditos gestores públicos). Os municípios acabam por financiar carreiras políticas, sem grande prestação cívico-política, em detrimento do reforço de meios humanos.

A discussão do Pacto Federativo é mais ampla e exige municípios mais fortes e responsáveis.  O actual modelo é ao mesmo tempo local e centralista. Os municípios são entes da União, qualquer coisa tratam com o Governo em Brasília e não necessariamente com os governos estaduais. A pandemia mostrou uma enorme disfuncionalidade e desperdício de recursos, neste exemplo no município de Natal. O Governo do Rio Grande do Norte possuía meios humanos e equipamentos para um hospital de campanha, a prefeitura possuía um antigo hotel que poderia ser usado. Em vez do diálogo e cooperação cada um montou o seu hospital de campanha. 

Importa esclarecer que Prefeituras são as nossas Câmaras Municipais, que elegem um Prefeito e vice-prefeito (ou prefeita), que depois nomeia os secretários municipais à semelhança de um governo e cumprindo o papel dos nossos vereadores. Os vereadores no Brasil são eleitos para a Câmara Municipal, que no país corresponde às Assembleias Municipais e para a qual são eleitos os citados vereadores. Não vejo aí qualquer problema, qualquer país tem o seu modelo. A questão está em ocupar a vida pública com vereadores cujo salário é considerável, isto em municípios pequenos é um grande desajuste. Por outro lado, dezenas destes candidatos, milagrosamente, não obtêm qualquer voto, nem do próprio, o que levanta muitas questões de transparência. A própria independência dos vereadores candidatos face aos partidos pelos quais disputam a eleição também deixa muitas dúvidas, além de gastos exorbitantes, cujo dinheiro depois faz falta nos municípios para investir.