8/21/2024

Nortada



Sopra o vento nas cabeceiras

Chega nos corações que amam

Arrepia o peito e o costume

Sopra forte e latejante

Vive a paixão da realidade 

O amor tornou-se mais que carinho

Os laços que nos unem são desejo

Cada vez mais o sentimento é querer

Um vínculo formalmente registado

A metade do colchão por usar

Sopra o vento e voam os papéis 

Tudo se faz e desfaz para ficar na mesma

Sorrimos na interceptação da luz

Pintamos de cinzento o orgulho

Sopra o vento em delírio 

Mostra as virtudes e as veredas

Levanta as pernas e as suspeitas 

O romance começa no choque e na novidade

O povo fala na disposição e no escândalo 

Os amantes desconhecem qualquer episódio 


José Gomes Ferreira 

Digo não ao referendo sobre a imigração



Vejo tanta hipocrisia nesta rejeição da imigração que me custa entender que valores (in)formam algumas pessoas. Até parece que o não desenvolvimento do país se deve aos imigrantes, quando na verdade necessitamos uns dos outros e não faltam portugueses imigrantes em terra alheia. Obviamente que nem tudo é um mar de rosas: 

1) Sempre existiram fluxos migratórios, mas o contexto da globalização e das desigualdades do modelo capitalista fizeram explodir esse fluxo, por sua vez agravado por guerras e pela crise climática.

2) Portugal tem manifestado diversas incoerências na política migratória, quer agradar a todos, mas depois não cria as condições institucionais e define regras. O problema agravou-se no último governo socialista, mas tem raízes anteriores. O pior de tudo é que os governantes esquecem a regra número 1: em política que deu certo não se mexe. Desmontar o SEF foi um devaneio que custa caro ao país. No entanto, o problema é estrutural, pois se precisamos de imigrantes precisamos definir de quem precisamos, quais as regras de entrada, quem gere o processo e que fiscaliza e como os acolhemos.

Por outro lado, precisamos separar o que são imigrantes e o que são refugiados. E precisamos saber como actuar perante outros fenómenos. O que fazer com esses turistas desordeiros que invadem o Algarve? Não são imigrantes, mas são visitantes temporários, o que merece igualmente atenção. Não é por serem brancos e europeus que a política deve ser diferente.

A tentativa do Chega em referendar o tema é eleitoralista, não é séria e tem diferentes olhares em face da tipologia de imigrantes. Sou e serei contra. O mesmo não significa que o tema não merece melhor atenção. Precisamos de medidas concretas e de debater o tema na sociedade, porém, JAMAIS com esse posicionamento de "ele que venha cá, tenho uma moca atrás da porta". Sejamos sérios, imputar o não desenvolvimento e a criminalidade aos estrangeiros, em particular aos brasileiros, não é uma posição séria nem justa. A sociedade portuguesa necessita de paz, não de artilheiros.


José G. Ferreira.

VISEU TORNA-SE A CAPITAL MUNDIAL DO QUEIJO: PARTICIPE NOS ÓSCARES DO QUEIJO!

 


Cerca de 20 expositores internacionais confirmados nos Óscares do Queijo em Viseu!

A 36ª edição deste prestigioso evento decorre de 15 a 17 de novembro, prometendo transformar Viseu na Capital Mundial do Queijo.

Este é o momento perfeito para saborear a diversidade e a qualidade dos queijos, reunindo produtores e amantes deste delicioso produto.    

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA OS ÓSCARES DO QUEIJO: VENHA PROMOVER OS NOSSOS PRODUTOS LOCAIS

As inscrições estão abertas até 16 de setembro. Não perca a oportunidade de participar e promover os nossos produtos locais!

Venha fazer parte deste extraordinário evento, que destaca Viseu no mapa gastronómico mundial. 

DE 15 A 17 DE NOVEMBRO: VISEU CONVIDA PARA UM ENVENTO INESQUECÍVEL DE QUEIJOS

Junte-se a nós e celebre o sabor, a tradição e a excelência do queijo.

Viseu espera por você!

João Manuel

Dia 164/resto da vida (20.08.2024)

 


Meus lindos,

Nem sempre as coisas são o que desejamos, tantas vezes os nossos planos são arruinadas por causa de algo que acontece.

Muitas vezes tudo parece bem, e eis que surge algo que provoca um remoinho na nossa vida.

A verdade é que apesar disso temos que continuar a acreditar em dia melhores. E quantas vezes, deixando assentar a poeira, chegamos à conclusão que afinal a ruina dos nossos planos foi a nossa sorte?

ACREDITAR !

"Para cada pôr-do-Sol, há um dia que surge.

Para cada sonho que acaba, há um que nasce.

Para cada porta que se fecha uma abre-se.

Por cada amor que acaba, mais um começa.

Para cada fim, há um novo começo.

Para cada partida, há uma chegada.

Para cada derrota, há uma revanche.

Nada nunca acabou enquanto há a vida."

Paulo Coelho

Bom descanso meus REnascidos,  que a Fé que tanto necessitamos seja REnascida a cada amanhecer.

by AnaGomes.

Catarina Fonseca nas "Onda da Poesia"

 


Explosivo verão

Rosada a perfumada

 melancia servida em casca rija,

verde e fria

À talhada,

o sol maduro

e o figo quente da figueira

fazem tarde soalheira

Pera madura

raio perfumado

que a noite escura tarda ainda

e o coro dos grilos não finda.

(A)gosto por hora

dia 20

horas 23

ano 24

século 21

Catarina Fonseca

A URGÊNCIA DE AGIR: MADEIRA EM CHAMAS E A 9 NECESSIDADE DE RESPONSABILIDADE

 


A Madeira vive momentos de profunda aflição, com um incêndio devastador que assola a ilha, enquanto o povo enfrenta, de forma corajosa, o terror das chamas.

É nestes momentos que a população espera, com razão, uma liderança firme e eficaz, pronta para agir com todos os recursos possíveis.

Contudo, as declarações do secretário regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, afirmando que "nem 10% dos meios da Região estão a ser utilizados" e rejeitando apoio adicional, são incompreensíveis e alarmantes.                        

Esta postura, marcada por uma arrogância ridícula, inexplicável, incompreensível e que se apresenta e preconiza o inconcebível, coloca em risco a vida e os bens de milhares de madeirenses.

A população está em pânico, tentando, com todos os meios ao seu alcance, defender as suas casas e propriedades. Como podemos aceitar tal negligência? Como podemos admitir que, no meio de um cenário de catástrofe, os recursos existentes sejam subutilizados e o auxílio externo, recusado?                        

A situação exige respostas claras e rápidas. A falta de ação e a incompetência demonstrada são inaceitáveis, especialmente quando falamos de vidas em risco. As populações afetadas incluem idosos, crianças, pessoas acamadas, e famílias que, a cada minuto, veem o seu futuro ameaçado pela fúria das chamas.

É crucial que as autoridades sejam responsabilizadas pelas suas ações, ou pela falta delas, e que se tomem medidas imediatas para garantir a segurança de todos.                       

A Madeira já enfrentou tragédias similares no passado. Não podemos, não devemos, continuar a repetir os mesmos erros.

É urgente implementar uma política de prevenção que seja eficaz, apostar no ordenamento do território e garantir que os meios disponíveis, incluindo a aviação para combate aos incêndios, sejam suficientes e adequados.

A complexidade da orografia e dos ventos que caracterizam a ilha não pode ser usada como desculpa para a inação.

Pelo contrário, deve servir como um alerta constante da necessidade de estarmos sempre preparados.

Este é um apelo urgente. Precisamos de líderes que compreendam a gravidade da situação e que estejam dispostos a fazer tudo o que for necessário para proteger a Madeira e o seu povo. Não é momento para orgulho ou para minimizar os perigos. É hora de agir, de unir forças e de garantir que nunca mais veremos a nossa terra ser consumida pelas chamas enquanto aqueles que deveriam nos proteger permanecem inertes.

MADEIRA EM CHAMAS: UM APELO À  RESPONSABILIDADE E À AÇÃO IMEDIATA.

Que esta tragédia sirva como um ponto de  viragem, para que nunca mais enfrentemos a devastação sem os meios necessários para combatê-la.

A proteção da vida e do património da população madeirense deve ser sempre a prioridade máxima.

Que Deus Proteja estas populações que vivem situações de grande aflição, ansiedade e angústia, com este flagelo das chamas.

João Manuel Magalhães Rodrigues Fernandes