A Madeira vive momentos de profunda aflição, com um incêndio
devastador que assola a ilha, enquanto o povo enfrenta, de forma corajosa, o
terror das chamas.
É nestes momentos que a população espera, com razão, uma
liderança firme e eficaz, pronta para agir com todos os recursos possíveis.
Contudo, as declarações do secretário regional de Saúde e
Proteção Civil, Pedro Ramos, afirmando que "nem 10% dos meios da Região
estão a ser utilizados" e rejeitando apoio adicional, são incompreensíveis
e alarmantes.
Esta postura, marcada por uma arrogância ridícula,
inexplicável, incompreensível e que se apresenta e preconiza o inconcebível,
coloca em risco a vida e os bens de milhares de madeirenses.
A população está em pânico, tentando, com todos os meios ao
seu alcance, defender as suas casas e propriedades. Como podemos aceitar tal
negligência? Como podemos admitir que, no meio de um cenário de catástrofe, os
recursos existentes sejam subutilizados e o auxílio externo, recusado?
A situação exige respostas claras e rápidas. A falta de ação
e a incompetência demonstrada são inaceitáveis, especialmente quando falamos de
vidas em risco. As populações afetadas incluem idosos, crianças, pessoas
acamadas, e famílias que, a cada minuto, veem o seu futuro ameaçado pela fúria
das chamas.
É crucial que as autoridades sejam responsabilizadas pelas
suas ações, ou pela falta delas, e que se tomem medidas imediatas para garantir
a segurança de todos.
A Madeira já enfrentou tragédias similares no passado. Não
podemos, não devemos, continuar a repetir os mesmos erros.
É urgente implementar uma política de prevenção que seja
eficaz, apostar no ordenamento do território e garantir que os meios
disponíveis, incluindo a aviação para combate aos incêndios, sejam suficientes
e adequados.
A complexidade da orografia e dos ventos que caracterizam a
ilha não pode ser usada como desculpa para a inação.
Pelo contrário, deve servir como um alerta constante da
necessidade de estarmos sempre preparados.
Este é um apelo urgente. Precisamos de líderes que
compreendam a gravidade da situação e que estejam dispostos a fazer tudo o que
for necessário para proteger a Madeira e o seu povo. Não é momento para orgulho
ou para minimizar os perigos. É hora de agir, de unir forças e de garantir que
nunca mais veremos a nossa terra ser consumida pelas chamas enquanto aqueles
que deveriam nos proteger permanecem inertes.
MADEIRA EM CHAMAS: UM APELO À RESPONSABILIDADE E À AÇÃO IMEDIATA.
Que esta tragédia sirva como um ponto de viragem, para que nunca mais enfrentemos a
devastação sem os meios necessários para combatê-la.
A proteção da vida e do património da população madeirense
deve ser sempre a prioridade máxima.
Que Deus Proteja estas populações que vivem situações de
grande aflição, ansiedade e angústia, com este flagelo das chamas.
João Manuel Magalhães Rodrigues Fernandes