Já ouvimos promessas antes. Em 2017, António Costa falou em fazer uma reforma florestal que transformaria as nossas florestas e protegeria o país dos incêndios devastadores.
Prometeu mudanças, garantiu uma nova abordagem.
E onde estamos agora? As tragédias repetem-se, as promessas
permanecem na gaveta e as palavras esmorecem ao passar dos dias.
Amanhã, tudo será esquecido novamente, mas o sofrimento de
quem perdeu entes queridos e toda uma vida de trabalho jamais será apagado.
Os incêndios não são apenas uma catástrofe natural, são um
reflexo da incompetência e da falta de respeito dos políticos que nos governam
e que, ano após ano, falham em proteger o povo que os elegeu.
E não se trata apenas daqueles que estão no poder. A
oposição, de direita a esquerda, não pode simplesmente lavar as mãos e assistir
de longe. Todos têm uma palavra a dizer e uma responsabilidade a assumir.
O ciclo vicioso é sempre o mesmo: os incêndios destroem, os
políticos comparecem nos funerais, fazem promessas de mudança e depois? O
silêncio toma conta.
Quem perdeu familiares, quem viu os seus bens consumidos
pelas chamas, fica esquecido, entregue à burocracia e à espera de um apoio que
nunca chega ou que, quando chega, é insuficiente. São anos de promessas vazias,
de planos que nunca saem do papel, enquanto o povo reclama e suplica por
soluções reais.
É urgente uma reforma florestal verdadeira, mas mais do que
isso, é urgente que os políticos voltem a ter respeito pelo povo.
Não basta palavras bonitas e discursos emocionados. É
preciso ação, é preciso decisão. É preciso garantir que quem trabalha a vida
toda para construir algo não vê tudo desaparecer em minutos por causa da
negligência e falta de visão dos nossos líderes.
Aqueles que foram eleitos para nos representar devem estar à
altura da confiança depositada.
O país não pode continuar a viver este ciclo de desespero,
de dor e de destruição e da enorme, inquietante e perigosa incompetência dos
políticos.
Precisamos de mudanças agora. O povo está farto de promessas
vazias, de discursos de ocasião. O país exige ação, por políticas que realmente
protejam as nossas florestas, as nossas casas e as nossas vidas.
Acordem, senhores políticos! Nao se sirvam da política,
sirvam o país e os cidadãos! O tempo da inação já passou.
Chegou a hora de cumprirem com as vossas promessas e de
finalmente darem ao povo o respeito e a segurança que merecem.
João Manuel
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