8/05/2024

O PAÍS DOS DOUTORES

 


Dentro de dois meses irá começar um novo ano lectivo e mais uma vez se vão repetir todas aquelas festas e praxes do costume com a ilusão de que os nossos filhos irão ter uma vida melhor daquela que tiveram os seus progenitores, mas será que é assim?

Em Portugal sempre se deu muita importância ao canudo e à cartola, que em tempos era símbolo de sabedoria, mas que actualmente já não passa de mais um papel para juntar ao cv, para quando alguém vai responder a uma qualquer vaga de emprego.

Estamos na era da IA e em Portugal os políticos sendo grande parte deles possuidores do dito canudo mas sem a sabedoria, continuam a pregar que Portugal precisa de mais alunos universitários, quando o que Portugal precisa é de ter uma boa formação profissional, com competências diversificadas e pagar ordenados decentes a quem trabalha e não a quem tem um canudo. Quando em muitos países da Europa já há  muito tempo se investe principalmente na formação, no nosso país continua-se a persistir nas centenas de cursos universitários, quando parte deles nem sequer tem aplicação na prática e muito desses formados acabam na caixa de um hipermercado lá perto de casa, não reparando que até isso está a ser substituído por caixas automáticas. Não é ouvindo os gritos na assembleia dos pequenos partidos que apenas o fazem para continuarem a comer as migalhas do tacho que o problema é resolvido, tem que ser o PS e o PSD a entenderem-se e implementarem novas políticas de educação e não fazerem alterações de cada vez que chegam à governação. Se não mudarmos rapidamente e radicalmente as políticas de educação, corremos o risco de estarmos a imprimir diplomas para os nossos jovens imigrarem e irem por essa Europa fora procurar emprego e não vale a pena dizer que os nossos jovens chegam a esses países e arranjam logo trabalho e ordenado compatível porque teem boa formação, porque isso não passa de balelas, até porque já nos anos 60/70/80 ou 90, os portugueses apenas com a quarta classe lá chegavam e tinham empregos e ordenados compatíveis, não é por terem o dito canudo. Até à próxima…


Carlos Alves

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