Dentro de dois meses irá começar um novo ano lectivo e mais
uma vez se vão repetir todas aquelas festas e praxes do costume com a ilusão de
que os nossos filhos irão ter uma vida melhor daquela que tiveram os seus
progenitores, mas será que é assim?
Em Portugal sempre se deu muita importância ao canudo e à
cartola, que em tempos era símbolo de sabedoria, mas que actualmente já não
passa de mais um papel para juntar ao cv, para quando alguém vai responder a
uma qualquer vaga de emprego.
Estamos na era da IA e em Portugal os políticos sendo grande
parte deles possuidores do dito canudo mas sem a sabedoria, continuam a pregar
que Portugal precisa de mais alunos universitários, quando o que Portugal
precisa é de ter uma boa formação profissional, com competências diversificadas
e pagar ordenados decentes a quem trabalha e não a quem tem um canudo. Quando
em muitos países da Europa já há muito
tempo se investe principalmente na formação, no nosso país continua-se a
persistir nas centenas de cursos universitários, quando parte deles nem sequer
tem aplicação na prática e muito desses formados acabam na caixa de um
hipermercado lá perto de casa, não reparando que até isso está a ser
substituído por caixas automáticas. Não é ouvindo os gritos na assembleia dos
pequenos partidos que apenas o fazem para continuarem a comer as migalhas do
tacho que o problema é resolvido, tem que ser o PS e o PSD a entenderem-se e
implementarem novas políticas de educação e não fazerem alterações de cada vez
que chegam à governação. Se não mudarmos rapidamente e radicalmente as
políticas de educação, corremos o risco de estarmos a imprimir diplomas para os
nossos jovens imigrarem e irem por essa Europa fora procurar emprego e não vale
a pena dizer que os nossos jovens chegam a esses países e arranjam logo
trabalho e ordenado compatível porque teem boa formação, porque isso não passa
de balelas, até porque já nos anos 60/70/80 ou 90, os portugueses apenas com a
quarta classe lá chegavam e tinham empregos e ordenados compatíveis, não é por
terem o dito canudo. Até à próxima…
Carlos Alves
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