A 1ª travessia aérea do Atlântico Sul (Lisboa-Rio de
Janeiro) realizou-se de 30 de Março a 17 de Junho de 1922. Constituiu um
importante acontecimento nos anais da navegação aérea. O paralelismo entre
caravelas e hidroavião, entre Pedro Álvares Cabral (1467-1520) e Gago Coutinho
e Sacadura Cabral (1922), entre o quadrante náutico e o sextante aéreo, criado
por Gago Coutinho, utilizado na viagem. Esta navegação aérea astronómica,
consistia num horizonte artificial adaptado a um sextante, a fim de medir a
altura dos astros, invenção que revolucionou a navegação aérea à época.
Sextante, de 1922, utilizado por Gago Coutinho Carlos Viegas Gago Coutinho,
(Lisboa, 17 de Fevereiro de 1869 - Lisboa, 18 de Fevereiro de 1959), à direita
na foto e Artur de Sacadura Freire Cabral (Celorico da Beira, 23 de Maio de
1881 - Mar do Norte, Novembro de 1924) à esquerda da mesma. Sacadura Cabral e
Gago Coutinho Partindo de Lisboa no hidroavião Lusitânia - um monomotor Fairey
F III-D MkII, especialmente concebido para a viagem, equipado com motor
Rolls-Royce - o piloto Sacadura Cabral (1881-1924) e o navegador Gago Coutinho
(1869-1959) percorreram 8.383 km em 62h 26m de voo, fazendo escala em Las
Palmas, S.Vicente no arquipélago de Cabo Verde, Cidade da Praia na ilha de
S.Tiago também em Cabo Verde, em Penedos no arquipélago de S.Pedro e S.Paulo já
no Brasil , Fernando de Noronha, Recife, Baía, Porto Seguro, Vitória e Rio de
Janeiro. Monomotor Fairey III D-Mk.2 na doca do Bom Sucesso no Centro de
Aviação Naval nos preparativos para a partida 30 de Março de 1922 a partida de
Belém, em Lisboa Percurso numa publicação alusiva ao acontecimento… “Por ares
nunca dantes navegados” A chegada ao Brasil e o regresso a Portugal foram
motivo de grandes apoteoses. O postal ilustrado e os diversos editores e
empresários não podiam ficar indiferentes a tão importantes momentos da
navegação aérea, até porque não era habitual grandes viagens sobre mar e sem
pontos de referência na água ou em terra. A navegação astronômica tornou-se a
partir desta data uma condição básica para os progressos da aviação Chegada à
Baía de Guanabara no Rio de Janeiro a 17 de Junho de 1922 às 17h e 32m. 3 Fotos
anteriores in: Ex-Ogma Embora a viagem tenha consumido setenta e nove dias
dias, o tempo de vôo foi de apenas sessenta e duas horas e vinte e seis
minutos, tendo percorrido um total de 7.950 Kms equivalentes a 4.293 milhas.
In Pinterest
Sem comentários:
Enviar um comentário