9/06/2024

O VERDADEIRO ALVO DA INVESTIGAÇÃO: PROCURANDO JUSTIÇA, NÃO BODES EXPIATÓRIOS


A recente tragédia no Douro, envolvendo um acidente com um helicóptero, deixou-nos a todos em choque e luto.

Neste momento de dor, é crucial que se procure a verdade com rigor e imparcialidade, sem transformar o único sobrevivente em bode expiatório.

O piloto, que também sofreu as consequências deste terrível acidente, merece ser tratado com o respeito e a dignidade que qualquer ser humano merece, especialmente quando ele próprio é uma vítima.

É compreensível que, em casos como este, onde a perda de vidas é tão significativa, a pressão por respostas seja imensa.

No entanto, é essencial que essa procura pela justiça não se transforme em uma caça às bruxas. A experiência mostra-nos que, por vezes, há uma tendência de apontar culpados antes mesmo que todos os factos sejam apurados. E, muitas vezes, esse peso recai sobre quem sobrevive, mesmo que as causas possam ser muito mais complexas do que se aparentam à primeira vista.

A justiça deve ser feita com base em acontecimentos e evidências, não em suposições ou pressões externas.

Se a causa do acidente foi uma avaria mecânica, é fundamental que todas as aeronaves semelhantes sejam rigorosamente inspecionadas para evitar que outra tragédia ocorra.

Mas se houver qualquer dúvida sobre o que realmente aconteceu, o piloto não pode ser sacrificado no altar da opinião pública.            

Este é um apelo à sensatez e à justiça. Não podemos permitir que a dor e o sofrimento de uma tragédia se multipliquem por um julgamento precipitado.

O piloto, assim como as outras vítimas, merece uma investigação justa, sem preconceitos ou suposições infundadas.

Que a verdade prevaleça, que a justiça seja feita de forma íntegra, e que todos nós possamos aprender e prevenir futuras tragédias.

O caminho para a verdade pode ser longo e doloroso, mas é o único que realmente honra as vidas que foram perdidas.

Em jeito de conclusão, à semelhança de Albano Cunha, advogado do piloto, também considero muito estranho, até hoje, nenhuma entidade oficial ter ido visitar o piloto, não podemos esquecer, mais uma vez, que o piloto é uma vítima e que está a sofrer, principalmente a nível psicológico.

O grande apoio de Luís Rebelo tem vindo dos profissionais de saúde, aliás têm sido incansáveis e efetuado um trabalho extraordinário, e de grande dedicação.

João Manuel Magalhães Rodrigues Fernandes

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