Não preciso virar o mundo do avesso para manter na minha vida pessoas que não querem estar nela. Aprender a não me importar com o medo de perder pessoas é uma lição que me fortalece. A verdade é que, por mais que às vezes doa, nem todos têm que ficar. Forçar presenças, lutar para segurar quem não quer, só traz desgaste e um vazio maior do que a própria ausência.
Deixar ir quem quer ir não é fraqueza, é autossuficiência.
Significa valorizar quem eu sou e reconhecer que, assim como os outros podem
ser importantes, eu também sou uma grande perda. Se alguém decide partir, que
vá. Não sou uma âncora para segurar o que já não faz sentido. Ao aceitar isso,
compreendo que quem realmente quer estar comigo ficará, sem esforço, sem
batalhas.
Porque, no final, manter a tranquilidade vale mais do que
qualquer tentativa de manter alguém que já não quer ficar. E quem parte leva
consigo uma perda, mas o que fica em mim é mais valioso: a certeza de que não
preciso de permissão de ninguém para me sentir completo. Eu sou suficiente. Eu
sou uma grande perda.
Miguel Marques
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