8/14/2024

História e memória

 Albânia – território cobiçado e encontro de culturas


O país, localizado na Península Balcânica, tem origem no antigo Reino da Ilíria. Foi conquistado pelos romanos em 168 a.C. e incorporado no Império Bizantino em 395. No século XV, foi conquistado pelos turcos otomanos, que converteram a população ao islamismo e governaram de forma autoritária, o que despertou o nacionalismo albanês, duramente reprimido. Com um passado sob constante domínio estrangeiro, tornou-se independente em 1912, durante a Primeira Guerra dos Balcãs, permaneceu independente após a Primeira Grande Guerra, devido à intervenção do Presidente Americano Wilson na Conferência de Paz de Paris (1919). Em 1939 Mussolini anexou o país, e em 1943, após a rendição da Itália, a Alemanha ocupou-o. Em 1944, o Partido comunista do operariado albanês, com apoio da Jugoslávia de Tito, tomou o controlo e Enver Hoxha governou a Albânia durante cerca de 40 anos numa política isolacionista e firmemente marxista. A partir de 1990 as mudanças no bloco comunista começaram a influenciar o pensamento na Albânia, que procurou estabelecer laços com o Ocidente para melhorar as condições económicas no país.

O Partido Democrata, em 1992, sob o governo do presidente Berisha, começou um programa de reformas económicas e democráticas. Mas este programa de modernização estagnou em 1995, resultando na perda da confiança no governo e numa crise económica que desencadeou o colapso financeiro. As eleições antecipadas realizadas em 1997, deram a vitória à aliança de partidos liderados pelos socialistas, que encetaram medidas de desenvolvimento democrático, no entanto persistem sérias deficiências e urge a necessidade de reformas estruturais. É membro da NATO desde 2009 e candidato à União Europeia.

A população albanesa é de cerca de 3 milhões de habitantes, dos quais ½ milhão se concentra na capital, Tirana. Sob uma economia de mercado, as atividades terciárias, nomeadamente o turismo, e a agropecuária são de grande importância para o país. Na indústria, podem-se destacar os setores petroquímico, metalúrgico e de energia, mas ainda tem um longo caminho a percorrer. O seu relevo é muito montanhoso, por isso, a população concentra-se no litoral adriático, onde se localizam belas praias de águas quentes muito procuradas (Riviera Albanesa).

O ordenado médio é, ainda, muito baixo (cerca de 400/500 €), pelo que o povo albanês, na sua maioria, tem um baixo nível de vida, por consequência a pobreza tem levado à  forte emigração. Apesar de possuir petróleo, os combustíveis são mais caros do que em Portugal, porque a exploração petrolífera ficou obsoleta e foi abandonada, estando agora a ser revitalizada por grupos estrangeiros.


A cultura albanesa é resultado da pluralidade étnica, de albaneses, gregos, romenos, macedónios, montenegrinos e outras nacionalidades, além do seu passado de influência das diversas outras culturas, bem visível no seu Património Cultural, muitas classificações como Património da Humanidade, pela UNESCO. A religião maioritária é o islamismo, mas existem várias outras religiões numa harmoniosa convivência e tolerância. A figura icónica do país é a Madre Teresa de Calcutá, considerada heroína nacional.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Alb%C3%A2nia



Dores do Carmo 

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