O que colhe o nosso olhar ao longe?
Não serão flores que a estas, a atmosfera
faminta destempera;
Não serão pássaros que estes ao longe são
lentas formiguinhas subindo pelas paredes do ar;
Não serão cores que remotas abdicam de
colorir;
Não serão linhas que pela distância têm os
ossos desconjuntados;
Não serão nomes que os muros do olhar não têm
ouvidos;
Não serão pedras que estas aos pés é que são
sólidas;
Talvez os nossos olhos ao longe nada busquem,
Quem sabe projectem algo que sobre nada
incide?
Projectem o quê? Isso: o “quê?"
©Fernando Neto
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