Em tempos em que o país enfrenta desafios cruciais, o impasse político em torno do Orçamento de Estado surge como uma sombra que ameaça o progresso e o bem-estar de todos os portugueses.
O cenário atual, em que o Primeiro-Ministro e o líder da
oposição endurecem as suas posições, é um claro sinal de que a política tem de
reencontrar o seu caminho.
É um momento em que mais do que nunca, precisamos de líderes
que coloquem o país à frente dos interesses partidários, e parece-nos que isso
não está acontecer.
Com tantos desafios por resolver, na saúde, educação,
economia, e justiça social, Portugal não
pode ficar refém de jogos políticos.
O Orçamento de Estado é mais do que um documento técnico; é
o reflexo das prioridades da nação e da capacidade dos governantes de trabalhar
para o bem comum.
A falta de consenso não afeta apenas os políticos, mas sim milhões de portugueses que esperam
respostas concretas para as suas vidas.
O chumbo do orçamento de estado representa uma crise
política, mas não só, também económica, não podemos esquecer que vivemos numa
conjuntura de exceção e de grande importância para o país, que é o PRR.
Mesmo assim, o sinal que nos expressam e anunciam neste
momento, é de que o orçamento não será viabilizado.
A política deve ser um ato de cedência, de responsabilidade,
de compromisso. A oposição e o governo têm de demonstrar seriedade, encontrar
pontos comuns e avançar com as reformas necessárias, inspirando-se nos exemplos
de maturidade política que vemos em outros países europeus.
Afinal, não podemos continuar num ciclo de eleições
sucessivas que, longe de resolverem os problemas, apenas alimentam a desilusão
dos cidadãos com o sistema democrático.
Portugal precisa de um orçamento, de estabilidade, de
soluções. É imperativo que o debate parlamentar seja conduzido com
responsabilidade e que a democracia mostre a sua força através do diálogo, da
negociação, e não da imposição ou da estagnação.
O apelo é claro: é tempo de agir com seriedade, de colocar
os portugueses e o país em primeiro lugar.
Este é um apelo a todos: façamos da política uma ferramenta
de progresso, não de divisão. Seja na bancada do governo ou da oposição, a
responsabilidade é de todos.
Que se faça política com a dignidade que ela merece.
João Manuel
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