Um guardanapo branco na mesa da esplanada
Um prato de barro e um copo vazio.
Vinho sim, para quem aprecia.
Sem o calor que se esvai nos fins de dia,
o azul-céu é rosa pálido entre o cantar dos pássaros.
Eu, dormia ainda,
mesmo já de pé e olhos quase abertos.
Quase prosa,
quase verso,
na perdida rima,
dormia ainda.
Espreito, insegura
o calor nas pernas na manhã de verão
pensando não chegar tarde à primavera.
E eu, quem era?
Quase quadra
Quase solta.
Para as flores do caminho, guardo memória e,por cautela,escrevo
poesia,
mas só para quem aprecia.
Um guardanapo branco,
uma esplanada .
Um prato de barro.
Para quem aprecia.
Catarina Fonseca
Julho 2024, 17
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