9/27/2024

Amarelo Silvestre


Uma parte da Amarelo Silvestre está em Ponte de Sor, mas juntou-se a pessoas de outros pontos no país, neste meio privilégio, meio armadilha, que é o digital, para falar sobre o trabalho, no âmbito da apresentação do Diário de uma República II, no próximo Sábado, no Teatro Cinema de Ponte de Sor. Falamos sobre essa discussão depois, que até de férias falámos e ainda haveremos de falar de férias também aqui, nas nossas redes. Mas lá iremos.

Para já, porque trazemos todo o teatro que fazemos no peito e todo o peito no teatro que fazemos, vamos às ultimas notas da residência artística do Diário de uma República que virá, o terceiro. Ainda vemos sapos, ainda os fotografamos, já não os engolimos.

Ao centro da mesa: flores impossíveis de regar e a questão da habitação.

As últimas notas do Fernando:

Ela leva o balde com flores à cabeça.

Ele diz as pessoas pensam que têm paredes de ouro, nas casas, por isso pedem muito dinheiro.

Ele diz elas estiveram a fazer restauro no hotel durante dois anos e meio, o hotel abriu e passado um ano fechou.

Já há um hotel de 5 estrelas e vem outro de 4 estrelas.

A cara dele está por todo o lado.

Ele diz isto é do Conde.

Ele diz isto era de dois ou três senhores.

Ele pergunta querem almoçar sardinhas?

A cara dele está por todo o lado.

Eles dizem hoje era para vir pessoal para as obras desta casa, mas as pessoas foram para as vindimas.

Ele não sabe como é que o Cristo Rei veio aqui parar.

Ele diz a casa é do meu irmão, que está no lar.

Ele diz se fosse hoje a Câmara não permitia essa obra.

Esta casa tem três placas de três imobiliárias diferentes.

Ela diz eles encaram a morte de uma forma assustadoramente natural.

A cara dele está por todo o lado.

Deixaram um folheto no café: URGENTE! Procuramos imóveis.

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