No dia 5 de agosto de 2024, as urgências de obstetrícia
enfrentam uma crise alarmante. Com cinco serviços de urgência de obstetrícia e
ginecologia encerrados, e no fim de semana foram 13, a Grande Lisboa é a região
mais afetada pela falta de médicos.
O Hospital de Santa Maria teve que acolher três mães e seus
recém-nascidos durante a noite de domingo para libertar camas noutras unidades,
revelando a fragilidade do nosso Sistema Nacional de Saúde (SNS).
O plano de verão, criado para mitigar tais situações, falhou
gravemente. O legado pesado deixado pelo PS é reconhecido, assim como a
complexidade e o tempo necessário para
resolver essas questões.
No entanto, é inaceitável que o SNS atinja um estado tão
preocupante e crítico, especialmente nas urgências de obstetrícia e
ginecologia. Mulheres sendo forçadas a viajar quase 200 km para dar à luz é
algo que, infelizmente só se espera em países de terceiro mundo, não em
Portugal.
Este problema não se resolve apenas com palavras, é um
problema estrutural, mas também de organização, precisamos de médicos e
necessitamos de ação imediata e essencialmente planeamento a longo prazo,
tópico que nunca foi resolvido.
Não podemos andar ao sabor dos caprichos de cores políticas,
estamos nesta situação, não só por inércia política, mas também por meras politiquices e razões ideológicas, que só
prejudicam os cidadãos, sabemos todos do que falo, esta é uma questão basilar.
Neste pais é difícil planear, delinear, elaborar e
finalmente por em ação, pelos motivos e motivações que todos sabemos e
observamos.
Assim é difícil progredirmos e melhorarmos.
Compreendemos que anos de hesitação, lentidão e inércia
trouxeram-nos até aqui, mas agora é imperativo agir.
A situação não pode ser ignorada por mais tempo. As mães e
os seus bebés merecem ser tratados com dignidade e segurança.
Apelamos ao Ministério da Saúde, ao governo e a todas as
entidades competentes para que abordem esta questão com a seriedade que ela
exige.
A saúde das mães e recém-nascidos está em jogo, e a resposta
deve ser rápida e eficaz.
João Manuel
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