8/06/2024

URGÊNCIAS DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA EM CRISE: UM APELO À AÇÃO URGENTE

 


No dia 5 de agosto de 2024, as urgências de obstetrícia enfrentam uma crise alarmante. Com cinco serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia encerrados, e no fim de semana foram 13, a Grande Lisboa é a região mais afetada pela falta de médicos.

O Hospital de Santa Maria teve que acolher três mães e seus recém-nascidos durante a noite de domingo para libertar camas noutras unidades, revelando a fragilidade do nosso Sistema Nacional de Saúde (SNS).

O plano de verão, criado para mitigar tais situações, falhou gravemente. O legado pesado deixado pelo PS é reconhecido, assim como a complexidade e o tempo necessário  para resolver essas questões.

No entanto, é inaceitável que o SNS atinja um estado tão preocupante e crítico, especialmente nas urgências de obstetrícia e ginecologia. Mulheres sendo forçadas a viajar quase 200 km para dar à luz é algo que, infelizmente só se espera em países de terceiro mundo, não em Portugal.

Este problema não se resolve apenas com palavras, é um problema estrutural, mas também de organização, precisamos de médicos e necessitamos de ação imediata e essencialmente planeamento a longo prazo, tópico que nunca foi resolvido.

Não podemos andar ao sabor dos caprichos de cores políticas, estamos nesta situação, não só por inércia política, mas também por meras  politiquices e razões ideológicas, que só prejudicam os cidadãos, sabemos todos do que falo, esta é uma questão basilar.

Neste pais é difícil planear, delinear, elaborar e finalmente por em ação, pelos motivos e motivações que todos sabemos e observamos.

Assim é difícil progredirmos e melhorarmos.

Compreendemos que anos de hesitação, lentidão e inércia trouxeram-nos até aqui, mas agora é imperativo agir.

A situação não pode ser ignorada por mais tempo. As mães e os seus bebés merecem ser tratados com dignidade e segurança.

Apelamos ao Ministério da Saúde, ao governo e a todas as entidades competentes para que abordem esta questão com a seriedade que ela exige.

A saúde das mães e recém-nascidos está em jogo, e a resposta deve ser rápida e eficaz.

João Manuel

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