8/23/2024

SOLIDARIEDADE EM CHAMAS: ONDE ESTAVAM OS LÍDERES QUANDO A MADEIRA PRECISOU?

 


A Madeira vive um dos seus momentos mais difíceis, com um incêndio devastador que consome não só a vegetação, mas também a tranquilidade e a segurança do seu povo.

Em tempos como estes, é esperado que os líderes do país estejam presentes, oferecendo palavras de apoio e gestos concretos de solidariedade.

No entanto, tanto o Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, como o seu secretário regional, optaram por um infeliz "entra e sai" de férias, num momento em que a ilha ardia e o povo clamava por liderança.                        

Mas não foram apenas eles que falharam. O silêncio ensurdecedor vindo de Lisboa, onde o Primeiro-Ministro e o Presidente da República continuaram as suas férias, como se nada se fosse, também é profundamente lamentável. Não se esperava que interrompessem as suas férias para viajar até à Madeira, algo que poderia até atrapalhar as operações no terreno, mas uma simples palavra de apoio, um gesto simbólico de empatia, era o mínimo que a situação exigia.     

No entanto, essa palavra amiga nunca chegou. É impossível não questionar a razão deste silêncio. Noutras crises, noutras catástrofes, a solidariedade e a presença foram imediatas. O que mudou desta vez?

Será que o descanso se tornou mais importante do que o dever? É uma pergunta que fica no ar, sem resposta, mas que certamente refletira na memória dos madeirenses.          

Em tempos de crise, as atitudes ficam para quem as pratica, e a ausência de palavras de apoio por parte dos líderes nacionais e regionais marca um momento de desilusão.

O povo madeirense, conhecido pela sua resiliência e coragem, continua a lutar contra as chamas com a ajuda dos operacionais no terreno, sem esquecer aqueles que deveriam estar ao seu lado, mas optaram por ficar em silêncio.                   

Este é um convite para refletirmos sobre a importância da liderança e da solidariedade em tempos de crise.

O povo da Madeira merece mais do que indiferença; merece reconhecimento, apoio e, acima de tudo, respeito.

Que este episódio sirva de lição para todos nós, para que nunca mais nos falte a voz da empatia e da solidariedade quando mais precisamos dela.

Que todos possamos aprender com este momento e estar sempre prontos para apoiar, seja com ações ou palavras, aqueles que enfrentam as adversidades.

Os timoneiros, líderes e representantes, nunca abandonam a tripulação!

Confesso que tenho enorme dificuldade em encontrar adjetivos para caraterizar e retratar a postura de esta gente!

São estes os Timoneiros de uma Região e de um País?

A Madeira continuará a resistir, mas que fique bem claro: a solidariedade nunca deve entrar de férias.

Que Deus Proteja e Ajude este Povo resiliente, que bem merece!

João Manuel

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