Para mim, o marco quilométrico número 34 da Estrada Nacional
16, passou a ser especial.
Ladeado de frondosas laranjeiras, instalado no Pessegueiro,
a quem o rio Vouga dá sobrenome e refresca, apadrinhou a minha estreia como
espetador duma prova de ciclismo feminino.
Encontrei-o porque, já sem noção exata da sinuosidade
daquela estrada que desde a abertura do IP5 (40 anos?) não percorria a partir
de Oliveira de Frades, optei por segui-la na esperança de beneficiar das suas
sombras, atenuando os efeitos da canícula.
Atrasei-me e, em consequência, não consegui aproximar-me da meta, em Sever do Vouga, da segunda etapa da 4.ª Volta a Portugal Feminina, a primeira com estatuto internacional.
Estacionei junto a esse sinal indicativo, a quatro
quilómetros da chegada, fruindo de breves minutos da aprazível sombra e da
verde e cativante paisagem, entretido com a alegre brincadeira dumas crianças
na praia fluvial na outra margem do rio (Paradela?).
Passadas as mais de 120 graciosas heroínas da estrada, a
foto para a posteridade, com um dos dois bidons com que me presentearam.
Tentei mais tarde ver nalguma das televisões notícias da
prova, mas nada! Só notícias de assassinatos e pancada, programas com muitos
“piiiii” a esconder obscenidades verbais, guerras, ou negócios da bola.
Até ao próximo evento, na Serra da Estrela.
João Marques
Sem comentários:
Enviar um comentário