8/24/2024

A Serra não está aqui



A Serra não está aqui, mas é como se estivesse

O olhar cortante é como o sopro do vento

A amplitude da imaginação é como a paisagem no retoque da linha do horizonte 

A saudade é como lágrima que desce no rosto em felicidade

A partida é como simbiose do fim do dia e da ternura

A emoção enche o coração de lembranças e estímulo

A calmaria relembra o lugar de partida e a beleza da existência

Assim como a fixidez do que nos encanta

A Serra não está aqui, mas ladeio as margens do rio

Espreito o pôr-do-sol entre cada pedra e fresta 

Encho o peito de coragem como quem abraça 

Observo o povo na história quotidiana que compõe o lugar


José Gomes Ferreira

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