A economia familiar e o bem-estar das empresas portuguesas enfrentam agora uma encruzilhada crítica: a possível retirada dos apoios aos combustíveis.
Após dois anos de alívio fiscal, que suavizou o peso
crescente dos preços, o Governo pondera pôr fim a estas medidas, deixando os
cidadãos à mercê de uma nova escalada nos custos de vida.
Sabemos que, quando o preço dos combustíveis sobe, tudo à
nossa volta é afetado. Desde o pão que chega à mesa até às mercadorias que
movem a economia, cada centavo a mais no litro de combustível traduz-se num
peso elevadíssimo nos orçamentos familiares e empresariais.
A vida já se encontra numa corda bamba e instável, com a
inflação e as dificuldades financeiras a apertarem de todos os lados.
Este é um momento que exige reflexão e responsabilidade. Os
portugueses depositaram a sua confiança no Governo, acreditando que seriam
protegidos contra os impactos mais duros da crise energética.
Retirar os apoios sem uma solução alternativa, como a
redução do ISP, seria não apenas um retrocesso, mas um golpe severo na vida de
milhões de cidadãos.
A decisão que se avizinha é, portanto, muito mais do que uma
questão económica: é uma questão de justiça social.
Pedimos que, ates de tomar alguma decisão, se lembrem dos
cidadãos que lutam diariamente com muitas dificuldades para equilibrar as suas
contas, e que enfrentam a incerteza e o medo de um futuro ainda mais difícil.
Não nos desiludam. Esta é uma oportunidade para demonstrar
que o bem-estar do povo está, de facto, em primeiro lugar.
João Manuel Magalhães Rodrigues Fernandes
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