Poesia é um
pouco indecência
É talvez a
inconsciência que o mundo tem razão
É como uma
sombra, uma prece que inverte o dom do ar
De ser do
dia o que tange a incandescência
E que
pormenoriza a fome de voar.
Sabe-se que
um verso é uma espécie de cais
Que nos
traz a dor da compaixão
E o ódio
que em fé se faz vítima e vinga o medo da razão.
Qual razão
que concebe incertezas e transcende impaciências
Poesia
transmuta-se em olhar
E qual um
urro despede-se
De um peito
que derrete quando deita-se no mar.
©Fernando Neto
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