quarta-feira 24 2025

Mensagem de Boas Festas dos colaboradores deste espaço


Olá a todos! Neste espírito festivo, nós colaboradores deste seu Ꞙºrtǻlëzä  dȩ  Ṿidrö  Ðĕ  Çriå†uraŝ  Ěspån†aðäs, queremos desejar a cada um de vocês um Natal repleto de alegria, amor e momentos especiais ao lado daqueles que mais estimam. Os valores que defendemos do cuidado (de nós próprios, dos outros, da comunidade e do planeta), estando ao serviço do bem comum, e criando pontes entre nós, são exatamente valores desta época festiva! Que este tempo de celebração nos inspire a compartilhar bondade, gratidão e compaixão e que o próximo ano traga sucesso e realizações para todos nós. Um Feliz Natal e um próspero Ano Novo para toda a nossa comunidade de amigos. Felicidades!

Fernando Neto
João Manuel

Mensagem de Boas Festas do amigo João Marques

 


Sei que repito este cartão e arrisco ser tomado por saudosista do tempo a que imagens se referem.

Mas, não! elas representam, apenas, o que considero essencial do espírito natalício:
A amizade autêntica;
A união e solidariedade;
A multirracialidade.
Aceitem todos, os votos de Feliz Natal.

𝐌𝐞𝐧𝐬𝐚𝐠𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐁𝐨𝐚𝐬 𝐅𝐞𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐏𝐫𝐞𝐬𝐢𝐝𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐚 𝐂â𝐦𝐚𝐫𝐚 𝐌𝐮𝐧𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐍𝐞𝐥𝐚𝐬, 𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐦 𝐀𝐦𝐚𝐫𝐚𝐥.

 



Mensagem de Boas Festas do amigo Fernando Neto


Nasci, vim ao mundo vim à terra, vim viver;  Libertei-me finalmente da minha prisão!

Nasci, alguém sofreu e chorou! E riu! De dor? Ou alegria? Não sei! Apenas sei que nasci. Para amar! Ou odiar? Para sofrer ou rir? Não sei também. Mas sei que nasci!

Que estou aqui que sou gente. De resto, não sei mais nada, nem importa. Porque afinal...

Eu sei amar, sei dar, sei receber, Não quero saber de mais nada, sei que se lutar pelo que acredito encontrarei alguém que me ame, me apoie, me conforte, me dê tudo aquilo

que um ser humano pode dar..

Se esse ser aparece em nossas vidas, o mal é de quem o deixa escapar... Oportunidades são poucas e quem não as agarra perde... tudo... fica sem nada.

Um Feliz Natal e um 2026 cheio daquilo que mais desejam.

Joaquim Amaral · FESTAS FELIZES!

 


A Família Amaral - Gil, Diogo, Gonçalo, Sandra e Joaquim - deseja a todos vós um Santo e Feliz Natal, na companhia de todos os que vocês mais gostam e estimam, em Família, com muito Amor, Paz, com muita Luz à vossa volta e com o Coração Cheio.

Boas Festas e um Ano Novo repleto de prosperidade, sucessos pessoais, profissionais e familiares, e muita, muita saúde e felicidade.

'Oliveira do Hospital, Capela de Santa Ana, Portugal,' watercolor by Júlio F Rodrigues (2025)

 


terça-feira 23 2025

Mensagem de Boas Festas da amiga Vera Neto (visite a sua página)




Vera Neto __ Beauty & Nails 

Mensagem de Boas Festas da página “NELAS Vista por mim”


— "Boas Festas a todos os meus seguidores. Que a paz e a esperança do Natal renovem seus sonhos.

Que este Natal seja cheio de luz, harmonia e muitas alegrias para vocês todos e vossas famílias !"

CHEGA - Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Nelas 22.12.2025: Orçamento 2026

 


O CHEGA, enquanto força política de oposição, optou, de forma consciente e responsável, por não intervir nas discussões dos pontos constantes da Ordem do Dia, incluindo na análise e aprovação do Orçamento Municipal e das Grandes Opções do Plano para 2026, tendo, ainda assim, votado favoravelmente as propostas apresentadas, a maioria das quais em linha com o programa do CHEGA previsto para Nelas.

O voto favorável do CHEGA deve ser entendido como um ato de confiança institucional e inicial, que não configura qualquer alinhamento político com o executivo em funções, mas antes um sinal de responsabilidade democrática e de respeito pelo normal funcionamento dos órgãos autárquicos.
Sem prejuízo deste sentido de voto, o CHEGA, através dos seus deputados, exercerá, de forma firme e contínua, o seu papel de oposição, acompanhando atentamente a execução orçamental, a concretização das deliberações aprovadas e a atuação do executivo municipal, recorrendo a todos os instrumentos legais de fiscalização sempre que os interesses do concelho de Nelas assim o exigirem.
Relativamente ao ponto 2.14 – Designação de três membros da Assembleia Municipal de Nelas para integração, em modalidade alargada, da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Nelas. Ficou acordado, por unanimidade, proceder à nomeação de um representante de cada partido com assento na Assembleia Municipal, designadamente do PSD, do PS e do CHEGA.
Igualmente importante de realçar que será constituída uma comissão composta por membros dos diversos partidos com assento na Assembleia Municipal, bem como por convidados especiais, com o objetivo de colaborar na elaboração de um programa de iniciativas que assinalem os 50 anos da democracia no poder local. Esta comissão terá como missão propor atividades que valorizem a participação cívica, a história autárquica e o fortalecimento das instituições locais.

Comunicado PSD

 


A Concelhia do PSD de Nelas manifesta a sua total solidariedade para com as funcionárias da Unidade de Saúde Familiar Estrela do Dão, em Nelas , que foram alvo de agressões inaceitáveis enquanto exerciam, com profissionalismo, as suas funções ao serviço da população.

Condenamos de forma veemente qualquer ato de violência, em especial quando dirigido a profissionais que diariamente garantem cuidados de saúde essenciais à nossa comunidade.
Situações como esta são absolutamente intoleráveis e não podem, em circunstância alguma, ser normalizadas ou relativizadas.
Reafirmamos o nosso total respeito e reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde e defendemos que o exercício das suas funções deve ocorrer num ambiente de segurança, dignidade e respeito.
Às funcionárias da USF de Nelas, deixamos uma palavra de apoio e reconhecimento.

Paula Campos no Natal em Viseu - II

 






Carlos Silva no Submarino Barracuda. (Almada, Distrito de Setúbal ) III

 








A todos os sportinguistas do concelho de Nelas e a todos os leões espalhados pelo mundo … um santo e Feliz Natal !

 


Carlos Alves · A GERAÇÃO MAIS IGNORANTE

 


Há dias ouvi o Sr. Marques Mendes dizer que Portugal tem obrigação de aproveitar esta geração que é a geração mais bem preparada de sempre, mas eu penso que ele e quem o acompanha nesta opinião deve andar a consumir alguma coisa que lhes turva o pensamento ou então só conhecem rapaziada que foi formada no IMT, ou então jovens formados no estrangeiro em grandes escolas internacionais, mas que os pais são grandes defensores do nosso ensino público para os outros, mas para os filhos deles escolhem o ensino particular como parece ser o caso de RAP ou de Rui Tavares, sim senhor o público é o melhor mas os filhos deles são sacrificados e vão para o privado, para haverem mais vagas para os pobrezinhos. Os filhos dos pobres portugueses vão para os cursos superiores, saem de lá com um diploma de doutor ou engenheiro mas poucos são os que são capazes de interpretar um texto, fazer umas contas de multiplicar e até de somar. Atrevo-me a dizer que se não tiverem bateria no iPhone, sem gps nem sequer sabem o caminho para casa. Não tenho dúvidas que o telemóvel foi a pior máquina que o ser humano alguma vez inventou e Portugal terá muitas dificuldades no futuro se não conseguir proibir o uso do telemóvel particular em todos os estabelecimentos de ensino e de todos os trabalhadores durante as horas laborais, basta ir a um serviço público, para ver um polícia de serviço que o que ele está a fazer é ver vídeos, até eu próprio já assisti num hospital público um médico a colocar uma cola num utente que tinha feito um pequeno corte na cabeça e a ver um jogo do SLB no telemóvel que estava em cima da marquesa onde estava onde estava sentado o utente
.

𝐂𝐚𝐫𝐯𝐚𝐥𝐡𝐚𝐥 𝐑𝐞𝐝𝐨𝐧𝐝𝐨 𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐚𝐥𝐚 𝐫𝐞𝐪𝐮𝐚𝐥𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐨 𝐄𝐬𝐩𝐚𝐜̧𝐨 𝐌𝐮𝐥𝐭𝐢𝐮𝐬𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐆𝐚𝐥𝐚 𝐝𝐞 𝐍𝐚𝐭𝐚𝐥

 


Anseio antigo, de há muitos anos, dos Carvalhenses, mas também das instituições, a requalificação do palco, camarins e espaço envolvente do espaço Multiusos de Carvalhal Redondo é hoje uma realidade.

Com o cenário da IV Gala de Natal da Associação "Os Carvalhenses" como pano de fundo, evento que contou com a participação das associações de Carvalhal Redondo e do talento incomensurável dos seus protagonistas,
a obra foi inaugurada este sábado, dia 20 de dezembro.
A inauguração contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Nelas, Joaquim Amaral, do Presidente da União de Freguesias de Carvalhal Redondo e Aguieira, António Andrade, e do Presidente da Associação Recreativa e Cultural “Os Carvalhenses”, Marco Figueiredo, evidenciando a articulação entre o Município, a Freguesia e o movimento associativo local.
Na ocasião, o Presidente da Câmara Municipal de Nelas salientou a importância do forte movimento associativo de Carvalhal Redondo na dinamização cultural e social da localidade, sublinhando o papel ativo da associação na promoção de iniciativas culturais e comunitárias.
A intervenção incidiu nas condições técnicas e funcionais para o palco e envolvente, permitindo uma maior diversidade de eventos e uma melhor resposta às necessidades da comunidade.
O Município de Nelas reafirma, assim, o seu compromisso com a valorização dos equipamentos de proximidade e com o apoio ao associativismo local, enquanto pilar essencial da coesão social e da dinâmica cultural do concelho.

ADRC Cimo do Povo Nelas · FOGUEIRA DE NATAL


 A ADRC Cimo do Povo, prima por recrear as nossas tradições, para que perpetuem na memória de todos. Assim, no dia 24 de Dezembro, iremos realizar à semelhança do ano passado, uma fogueira para aquecer o corpo e o coração dos Nelenses e todos sócios simpatizantes do Cimo do Povo. Com um ambiente acolhedor e familiar, contamos com a presença de todos no largo de São Pedro.

Esperamos por si

Ucc Nelas Mais Saúde · Chorámos e rimos juntos...

 


Aprendemos sempre tanto em cada batalha pela dignidade de vida.

Vocês ensinam-nos tanto em cada conversa sem pressa...
A visita que começa com lágrima e termina com um abraço.
Nós recebemos de vós muito mais do que damos.
Cada um de vós marca e faz a diferença da vida desta equipa.
Que tenham um Natal Quentinho, em família e repleto de memórias de afetos, partidas e chegadas.
Porque no fim deste jogo o que ficam são as memórias que ficam gravadas no coração de cada de um nós.

José Poço – O Olhar do Fotógrafo

 




segunda-feira 22 2025

“Estórias” da história Canense – CONTO DE NATAL


NOITE SILENCIOSA



   As duas senhoras idosas iam distraídas, prestes a transpor a porta lateral da Igreja, quando uma delas travou o braço da outra, impedindo-a de prosseguir.
-          Que é isso, Alzira? – Que é que se passa?
-          Schh!!- Escuta!- Não estás a ouvir?
-          Ambas prestaram melhor atenção aos sons que provinham do interior do templo, e que estiveram na origem da hesitação da Alzira. A sobrepor-se ao som do velho órgão que tão bem conheciam, ouvia-se distintamente o som de uma flauta que, passados momentos, se extinguiu.
-          Olha…já acabaram...! – Não se ouve mais música!
-          Iam a entrar de novo na Igreja, mas ouviram a voz do Padre Manuel, que se dirigia a alguém que, segundo entenderam, com ele ensaiava.
-          Tens que esperar pelo órgão, João, não podes ir mais depressa do que eu, senão ficamos desafinados, compreendes?
-          Sim, senhor Padre, mas como é a primeira vez que toco junto com alguém, preciso de um pouco mais de prática, e eu hoje não tenho mais tempo, tenho que levar as ovelhas para a serra, senão...se o meu Pai descobre...já sabe como elas “cantam”!
-          O velho pároco sorriu com benevolência e enquanto passava a mão enrugada por sobre a cabeça do rapazito, foi dizendo; - eu compreendo, João, mas se o teu Pai não fosse tão casmurro, mandava-te era para uma escola de música, em vez de te mandar apascentar ovelhas para a serra!
-          O miúdo sorriu com ar sonhador, e foi murmurando, enquanto saía pela porta da sacristia:-  “aquele”, só por milagre é que muda de opinião, senhor Padre!, - e, dito isto, saíu, correndo, na direcção do curral, fora do povoado, onde a meia dúzia de ovelhas que a família possuía, o aguardava , ansiosa para se saciar na erva fresca e tenrinha  que naquele altura do ano abundava por toda a encosta que se estendia até á zona escarpada onde a família possuía os terrenos de pasto.
-           
-            Olhe lá, senhor abade, aquele miúdo não é o filho do... do... - Zé Mota, é sim senhora,- atalhou o Padre. – Porquê? – ele fez-lhe alguma?- Olhe, eu sei que ele é um bocadinho travesso,  mas é um bom rapazinho!
-          Qual quê?- não é nada disso! – É que nós vínhamos a entrar, e…- e ouviram o nosso ensaio, não é isso? – Pois posso dizer-vos que aquele miúdo, com toda a sua traquinice, é um grande artista! Ouviu uma música de Natal pela primeira vez há dois dias, e já é capaz de a tocar na flauta de cana, que faria se fosse num instrumento a valer!...
-          As velhotas olharam-se em completa surpresa, murmurando:- e esta? Quem havia de dizer?
-          Digo-vos eu, que estive a ensaiar com ele, - ajuntou rindo, o Padre; - e se Deus quiser, vai tocar aqui, com o organista, amanhã, na noite da Consoada!
-          Bem, mas o que é que as traz por cá?

                                                          

                    João, corria a bom correr, na esperança que o pai não tivesse dado pelo seu atraso. Apascentar as ovelhas era a sua obrigação quotidiana, logo após a saída da escola. Porém, o Padre Manuel tinha insistido que viesse ensaiar com ele logo que saísse, e aquela música tinha-o enfeitiçado de tal maneira, que, sempre que tinha um momento, levava a mão á sacola, e da sua flauta de cana começavam a sair os sons que aprendera tão depressa, que até lhe parecia um milagre!
          Um chinfrim de balidos de vários tons, festejou a sua entrada. As “suas” ovelhas aguardavam ansiosamente a sua chegada, pois já passava da hora habitual para a libertação, e consequente pastagem, na erva fresca do caminho.
          João dirigiu-se de imediato para onde se encontrava a  “Môcha”, assim apelidada
por não lhe terem nascido os chifres que todas as outras ostentavam. Era a sua preferida, pela meiguice que sempre mostrou para com ele, seguindo-o para todo o lado desde pequenina. Agora a  Môcha era mãe, pois tinha parido havia uma escassa semana, mas a cria já cabriolava por todo o lado, brincando com os outros borregos e sempre com vantagem nas correrias que entre todos encetavam e competiam. A cria estava deitada ao seu lado, mas assim que João se aproximou, ambas se levantaram de imediato e vieram lamber-lhe as mãos, seguindo-o, num sinal de reconhecimento afectuoso. Pelo caminho, João puxou da sua flauta, monte acima em direcção aos penhascos, para lá dos quais se estendia aquela espécie de promontório onde a erva formava um espesso tapete verde. Ali, não tinha que se preocupar em vigiar o seu parco rebanho. Não havia hortas, nem nada que as ovelhas pudessem danificar, por isso o João não tinha mais que deixá-las comer livremente, enquanto se sentava em qualquer pedra e, anichado da melhor maneira, aproveitava para fazer os trabalhos de casa . De vez em quando erguia os olhos para verificar se tudo corria bem e logo voltava de novo a sua atenção para os livros e cadernos.
      Naquele dia, decidira ficar até um bocadinho mais tarde, para compensar o tempo que demorara no ensaio com o Padre Manuel. O entardecer foi rápido, e quando deu por si, o João ficou alarmado. Era quase noite e ele ainda estava no cimo do monte a uma considerável distância do povoado. Já sabia, o Pai ia ralhar com ele, talvez até dar-lhe um tabefe por chegar tão tarde.
      Pegou nas coisas á pressa e iniciou o regresso, com as ovelhas, obedientemente atrás de si. - De repente, parou! – Tinha a sensação de que algo não estava bem. -A Môcha !
-         Onde estava a “Môcha,” que não se lembrava de a ter visto, nem á cria, quando deixara a pastagem! – Sem pensar duas vezes, deixou que as outras seguissem o seu caminho e voltou para trás a correr, já aflito. Chegado ao local onde estivera, circundou a vista, mas…da Môcha e da cria, nem sinal!
-            Chamou, em altos brados pela ovelha tresmalhada, mas não obteve qualquer reacção. Procurou por detrás dos penhascos, nas fendas, mas…nada! Entretanto, o Sol escondera-se no horizonte e o crepúsculo começava a esconder os contornos dos penhascos, enquanto o entardecer trazia consigo um friozinho cortante, próprio daquele mês de Dezembro. Sentiu um arrepio, porque não tinha vindo prevenido para ficar na serra até aquela hora, mas...não podia deixar a Môcha e a cria para trás, com tantos lobos esfaimados, que, mal caía a noite, saíam das suas tocas para dizimar tudo o que lhes saía ao caminho. Voltou a chamar, cada vez mais alto, e, ao dar a volta a um penhasco, pareceu-lhe ver uma sombra furtiva que se escondia, talvez para atacar logo que as condições lhe fossem favoráveis. Para ter a certeza, João pegou numa pedra e atirou-a na direcção de onde o vulto desaparecera. Com horror, viu os seus receios confirmados. -                                                        
-           

          
      Um lobo!- murmurou para consigo. - Depois, notou, angustiado que tinha o focinho ensanguentado. – A “Môcha!- se calhar matou a “Môcha” e a cria! -pensou angustiado. Como o lobo se afastara momentaneamente da sua vista, resolveu investigar o sítio de onde o lobo surgira. – Um brado de desespero saiu-lhe do peito, ao ver os dois animais metidos numa estreita fenda, o focinho da ovelha ensanguentado, assim como o pelo da cria tingido de sangue. Correu para a ovelha e lançou-lhe os braços ao pescoço, enquanto amaldiçoava a fera. Depois, com imenso cuidado examinou o focinho do animal. Para grande surpresa sua, esta tinha apenas um arranhão fundo, mas era a sua testa sem cornos que mais ensanguentada estava. João procurou, mas não encontrou ferida alguma. De – repente, fez-se luz no seu espírito! O sangue, no focinho do lobo teria sido causado pelas marradas da “Môcha”, que, muito provavelmente lutara para defender a sua cria. Metida naquela estreita fenda, deveria ter esperado o ataque da fera para o atacar, protegida pelas paredes laterais da mesma, e conseguira afastá-lo á marrada! Era provável que acabasse por sucumbir, mas o chamamento do João alarmara o lobo que optara pela fuga.
      Anoitecera. – João não sabia que decisão tomar. Uma coisa era certa. Não podia aventurar-se com a ovelha e a cria serra abaixo, pois era certo e sabido que seria atacado e desta vez, por mais que um lobo. – Eles virão procurar-me!-pensou. E com este pensamento, sentou - se no chão. 
                                                      

     Zé Mota, viu as ovelhas chegar, dirigindo-se ao curral, mas João não estava com elas. Pensou que se teria atrasado ligeiramente, pois também ele notou a falta dos dois animais. – Atrasou-se por causa delas, de certeza,- murmurou consigo mesmo. Mas, quando o tempo de espera lhe pareceu demasiado longo, resolveu subir a um arreto e prescutou o caminho. Á luz difusa do princípio da noite, não conseguiu vislumbrar qualquer vulto que se aproximasse e começou a ficar inquieto e preocupado. Esperou o que lhe pareceu uma eternidade, e como João não aparecesse, resolveu dar o alarme.
     Quim, - vai depressa á Igreja e conta ao senhor Padre Manuel que o João está perdido na serra. Anda, vai depressa!
     O toque da sineta do Campanário, fez acorrer dezenas à Igreja. O Padre Manuel já estava á espera, munido com um gasómetro e conforme foram chegando, foi dando instruções. “Tragam gasómetros das vossas casas, agasalhem-se, e voltem aqui.”- “ Não podemos deixar o miúdo numa serra cheia de lobos, durante uma noite inteira”!
     Foram avançando serra acima, chamando de vez em quando, mas, não obtinham resposta. Cada qual com o seu gasómetro, devidamente espaçados, iam avançando, tentando evitar as fendas e as gargantas que poderiam tornar-se em armadilhas mortais. Conforme o tempo ia passando sem nada suceder, Zé Mota começou a dar sinais de desespero. “Meu rico filho”!, - dizia ele ao Padre Manuel, que seguia a seu lado.-“ Que é que lhe terá sucedido”?- Calma, seu Zé. O João é esperto e não se arriscaria a ser comido por um lobo! Possivelmente estará metido nalgum buraco e não nos ouve! – Estou certo que vamos encontrá-lo! –“ Deus o oiça”!-“ Mas…começo a perder a esperança de o encontrar vivo”, -lamentava-se o pobre pai em desespero. E dispunha-se de novo a gritar pelo nome do filho, quando o Padre Manuel o deteve.- Espere!- Não fale agora! – Pareceu-me ouvir algo, como um toque de flauta! -“Não pode ser”!-retrucou o Zé Mota entre incrédulo e esperançado. – Ouça! -repetiu o Padre Manuel.




 E ambos, como que fascinados, começaram a ouvir como se viesse das entranhas da terra, uma estranha melodia, entoada por uma flauta de cana que o padre imediatamente reconheceu. – Noite Silenciosa!- murmurou o padre. – é a flauta do João! -gritou com alegria. -Venham!- venham! -encontrámo-lo! - Gritava o Padre Manuel no auge do entusiasmo. E todos acorreram, dirigindo-se ao local de onde emanava aquela música suave. Guiados por ela, não lhes foi difícil chegar á entrada daquela espécie de gruta onde João se protegera. A “Môcha e a cria, estavam deitadas a seu lado, aquecendo-o com o seu calor. O Padre fez sinal para que avançassem silenciosamente, e a um sinal seu, entoaram em coro aquela melodia, dando graças a Deus porque o João estava são e salvo , junto das suas duas ovelhas preferidas.
        Na noite seguinte, com a Igreja cheia, Alzira e Ermelinda limpavam os olhos cheios de comoção. E a sua voz juntou-se á de todos os fieis, acompanhando o velho órgão, acima do qual se elevava  o som de uma flauta de cana, tocada por um pequeno e talentoso traquinas. No altar, o Padre Manuel enxugou disfarçadamente a humidade súbita dos seus olhos, enquanto ouvia deliciado os acordes daquela “Noite Silenciosa”!

                                                                                               Por João Rosa Pinto

Bombeiros de Canas de Senhorim Favoritos · ✨ Mensagem de Natal do Presidente da Direção

 


Nesta época Natalícia, não posso deixar de manifestar um sentimento de sincera gratidão a toda a nossa comunidade. Expresso o nosso reconhecimento, às famílias, parceiros e cidadãos, em que, ao longo do ano, caminhámos juntos, unidos pelo espírito de solidariedade, entreajuda e confiança mútua, em prol de uma casa que é de todos nós.

Aos bombeiros, voluntários e profissionais, expresso o meu profundo reconhecimento pela coragem, altruísmo, dedicação e espírito de missão, num serviço diário incansável em prol da vida e da segurança de todos.
Que esta época festiva seja um tempo de paz, esperança e união, e que o novo ano nos traga saúde, força, alegria e renovada vontade de continuar a servir o próximo, com compromisso e humanidade.
Em nome da Direção, desejo a todos um Santo e Feliz Natal, bem como um Ano Novo cheio de solidariedade e esperança.
Com estima e consideração,
António Dias
Presidente da Direção

Mensagem de Boas Festas do amigo Américo Santos


Desejo um Santo e Feliz Natal a todos os habitantes do concelho em especial a todos os Canenses e pessoal das Caldas da Felgueira, com muita Paz alegria e o principal que é a saúde de todos, um abraço para os administradores desta página, em especial para o amigo Neto que 2026 lhe sorria mais que o atual

Américo Santos

O efetivo da GNR de 𝗖𝗮𝗻𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗦𝗲𝗻𝗵𝗼𝗿𝗶𝗺 deseja a todos um Feliz Natal e um Bom Ano Novo e, em especial, a todos os canenses. Boas Festas!

 


Paula Campos no Natal em Viseu - I

 






Mensagem de Boas Festas da Concelhia CHEGA

 


Mensagem de Boas Festas da Concelhia do PSD


CPMU - Evento Fim de Ano!