CONTRA OS BOMBEIROS VOTAR, TRAIÇÃO À PÁTRIA
O que aconteceu no plenário da Assembleia
da República é vergonhoso e inaceitável. PSD, PS, IL e CDS voltaram a
demonstrar, de forma inequívoca, que estão de costas voltadas para com os
verdadeiros heróis deste país: os Bombeiros. Ao votarem contra as propostas do
CHEGA que visavam reconhecer a profissão como de risco e de desgaste rápido,
atribuir subsídio de risco, proteger os povoamentos florestais após incêndios e
endurecer as penas contra incendiários – chegando ao ponto de os equiparar a
terroristas –, estes partidos deixaram bem claro de que lado estão: e não é do
lado de quem dá a vida pelos portugueses.
É do lado da indiferença, do cálculo
político, da cobardia legislativa e, pior ainda, da proteção indireta dos
criminosos que todos os anos semeiam o terror, transformam aldeias em cinzas,
matam cidadãos indefesos e sacrificam bombeiros abandonados por um Estado que
nada faz por eles.
Ao chumbar propostas que dignificavam e
protegiam os bombeiros, PSD, PS, IL e CDS preferiram continuar a empurrar para
a miséria, homens e mulheres que arriscam a vida em cada verão para salvar
casas, florestas e vidas humanas. É uma afronta à memória dos que tombaram nas
chamas, aos que ficaram marcados para sempre por queimaduras, doenças
respiratórias e traumas psicológicos, enquanto estes partidos se entretêm em
gabinetes climatizados, discutindo interesses partidários em vez de defenderem
os verdadeiros interesses de Portugal.
Recusar medidas que penalizam com mão
pesada os incendiários é, na prática, defender os criminosos que todos os anos
destroem a floresta portuguesa. Recusar medidas que reforçam carreiras e
direitos dos bombeiros é condenar ao abandono aqueles que o povo mais respeita
e confia. E isto, sim, é um ato de traição nacional.
Quem vota contra os bombeiros, vota contra
Portugal. Quem recusa proteger os nossos heróis, escolhe proteger os bandidos.
E PSD, PS, IL e CDS terão de carregar para sempre essa responsabilidade, e o
fardo das mortes nas suas consciências, isto se a tiverem.
Paulo Seco
(Deputado na Assembleia da República)
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