Em Nelas, onde o queijo Serra da Estrela ainda é símbolo de identidade e orgulho, os pastores continuam a desaparecer — e com eles, desaparece também uma das ferramentas mais eficazes de prevenção de incêndios: o pastoreio.
Cada ovelha que
pasta é combustível a menos no verão.
Cada pastor é um
vigilante natural da paisagem.
Cada rebanho é um
aliado contra o fogo.
Mas, em vez de
serem reconhecidos, os pastores são esquecidos.
Recebem apoios
simbólicos, de vez em quando, mas enfrentam uma burocracia absurda para aceder
a fundos, pedir pastos, ou até legalizar a sua atividade.
É um labirinto de
papelada que mata a vontade de continuar e afasta quem gostaria de começar.
Enquanto
isso, o mato cresce. Os incêndios voltam. E os políticos aparecem, uma vez por
ano, a tirar fotos com queijo.
Está na hora de
meter Nelas na Linha:
Com menos
burocracia e mais ação direta;
Com apoios técnicos
e financeiros a sério;
Com acesso fácil à
terra para quem quer produzir;
Com respeito por
quem, todos os dias, protege a terra com o seu rebanho.
CHEGA de discursos
e regulamentos impossíveis.
Se querem combater
incêndios, começar por apoiar os pastores é a primeira linha de defesa.
Porque quem
abandona os pastores, alimenta os incêndios.
E quem escolhe
ignorá-los, escolhe arriscar tudo.
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