A chuva tem tardado
Espraia-se na ausência
Como o amor maduro
E a crença de ateu
A chuva tem tardado
Apesar dos ossos rijos
E da marcha dos algoritmos
Alguns até fantasiam verdade
Andamos a mando das profissões
As próprias ideias dispersam
Seguimos alienados com novas drogas
Permitimos tudo às tecnologias
As corporações é que riem
Mobilizam novos peritos para o engano
Que manipulam os nossos futuros possíveis
Usam mão-de-obra que julga dominar a técnica
O fascínio pelos aparelhos parece poder
Competências para além do que é normal
Quando afinal são novas bíblias
E novos profetas para evangelhos cibernéticos
José Gomes Ferreira
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