7/23/2024

Protecção aos idosos, novos desafios para todos



O desaparecimento de um idoso em Nelas, que felizmente apareceu com vida, mostra o quanto é importante repensar o cuidado a este grupo etário. Não adianta levantar as estribeiras e dizer que os mais novos precisam cuidar dos mais velhos. É uma verdade absoluta, mas não esgota o tema, que precisa de políticas nas diversas escalas. 

A escala do cuidado tem pelo menos três patamares: i) o cuidado com a saúde, alimentação e higiene; ii) o cuidado na integração e sociabilidades; e as medidas de vigilância. O primeiro e o segundo patamar têm sido assegurados por familiares, cuidadores, lares e centros de dia, sempre em cooperação com as delegações da Segurança Social e instituições públicas de saúde. 

O terceiro patamar é mais exigente. Algumas doenças associadas à velhice reflectem-se no comportamento dos idosos, que no impulso de saírem têm dificuldades de orientação. Um ligeiro desviar de olhos pode ser fatal. Todos os dias as redes sociais e a comunicação social relatam desaparecimentos, alguns sem final feliz. As pulseiras electrónicas aparecem como uma opção para mitigar o problema. Tudo requer investimento e sem um amplo programa público dificilmente as famílias podem avançar por conta própria. Mesmo na política será preciso definir prioridades, pois a idade nem sempre é a variável determinante.

Além dos citados lares e centros de dia, com um contributo notável no acolhimento dos idosos, de destacar o trabalho das forças de segurança no recenseamento dos casos de maior vulnerabilidade, assim como o acompanhamento sistemático. Do mesmo modo, os bombeiros e associações locais estão sempre prontos a activar os meios de busca. Em tudo é necessário prevenir, a pulseira é importante, mas requer acompanhamento das autoridades. 

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